A atividade física e saúde na melhor idade

O aumento da expectativa de vida do cidadão brasileiro traz muitas questões à tona, dentre elas “o que levou o país a aumentar sua população idosa?”.

Com o passar das décadas, a população do Brasil aumentou exponencialmente. Os números que, há 50 anos, beiravam os 94 milhões de habitantes mais do que dobrou e, em pleno 2019, somos mais de 200 milhões de brasileiros. O aumento da população do nosso país interfere diretamente nos números dos indicadores sociais, ou seja, na qualidade de vida do cidadão. Esta qualidade de vida também leva em conta a longevidade dos nativos – aspecto esse que só vem crescendo no Brasil.

O aumento da expectativa de vida do cidadão brasileiro traz muitas questões à tona, dentre elas “o que levou o país a aumentar sua população idosa?”. As respostas são várias; a melhoria do sistema de saúde, por exemplo, pode ser vista como o principal motivo pelo qual o país “envelheceu” tanto. Mas alguns outros aspectos chamam a atenção do porque os brasileiros têm vivido tanto. O processo de envelhecimento do cidadão traz algumas consequências e transformações progressivas irreversíveis no que diz respeito à questões de saúde e/ou estética. Buscando evitar, ao menos, com que sua saúde não se degrade com o passar dos anos.

ATIVIDADE FÍSICA

É de suma importância a conscientização de que a atividade física na terceira idade é imprescindível. Além de colaborar com benefícios para a saúde, ela age contra o envelhecimento, o que pode, a longo prazo, evitar a limitação funcional do cidadão. A princípio, com uma rotina básica de atividades físicas, o corpo já tem sua pressão arterial controlada, se melhora a capacidade cardiovascular, respiratória e os movimentos mecânicos não são comprometidos.

A longo prazo, a atividade física na melhor idade é capaz de reduzir o risco de doenças pulmonares, cardíacas e sanguíneas em geral. Mudanças como estas promovem a autonomia e independência nas mais variadas tarefas cotidianas, aumentando drasticamente na qualidade de vida do idoso que, cada dia mais, tem sua expectativa de vida aumentada.

Angela Dias, aposentada de 65 anos, conta que sua vida mudou após começar a se movimentar mesmo depois de deixar de trabalhar. “Trabalhava em um restaurante, fiquei lá por muitos anos e, como era distante de casa, sempre acabava caminhando algumas ruas e me sentia muito bem com isso. Mas quando me aposentei, em 2015, passei um bom tempo sem me exercitar. Voltei no começo desse ano, faço academia com uma colega duas vezes por semana, além da caminhada todos os dias e já sinto as mudanças no meu corpo”, conta ela, que diz sentir as dores da idade, mas também afirma que todo esse processo é muito prazeroso. Ela já perdeu sete quilos, se sente mais disposta, alerta e dorme melhor todos os dias.

Angela relata, também, que pretende continuar praticando suas atividades, além de não estar 100% satisfeita com sua rotina de exercícios. “Estou gostando muito, sim, mas já estou achando dois dias de ginástica muito pouco. Pretendo, em breve, começar a praticar pilates e yoga, para assim, ocupar toda a minha semana”.

Dentre os benefícios da atividade física na terceira idade temos a melhoria do bem-estar geral, a melhora da condição da saúde física e mais importante, a preservação da independência, lembrando que a atividade física é uma das intervenções mais eficientes quanto à melhora da qualidade de vida dos idosos, pois auxilia no controle das mudanças ocorridas pelo processo de envelhecimento, promovendo a independência e autonomia nas atividades do cotidiano.

SAÚDE E ALIMENTAÇÃO

De acordo com o Ministério da Saúde, na legislação brasileira, é considerada idosa a pessoa que tenha 60 anos ou mais de idade. As medidas tomadas pelo Ministério para proteger a integridade do idoso englobam desde o Estatuto do Idoso – que garante o direito à vida, à liberdade, ao respeito, à dignidade, à alimentação, à saúde e à convivência familiar, até as ações específicas tomadas por eles para a obtenção de uma qualidade de vida melhor pelo acompanhamento longitudinal das condições de saúde do idoso.

Além da prática esportiva, o Ministério da Saúde pontua algumas questões que dizem respeito à alimentação saudável, como por exemplo, fazer três refeições por dia (no mínimo); dar preferência aos grãos integrais; incluir frutas, verduras e/ou legumes em todas as refeições; sempre que possível, consumir arroz e feijão e evitar a utilização de óleos e gorduras o máximo possível.

É vero que não são todos os espaços destinados à atividades físicas que estão capacitados para receberem atividades voltados ao público da melhor idade, e isso pode causar um certo desânimo entre os idosos que, porventura, se sentissem interessados em atividades físicas. Porém, algumas instituições e academias possuem grupos e atividades específicos para este nicho que, pelo que tudo indica, só tende a crescer.

Fonte: http://www.folhadaregiao.com.br

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