É cada vez mais comum em casas de repouso nos EUA o uso de bonecas no tratamento de pessoas com Alzheimer.
Chamada de “Terapia de Abraços”, a técnica devolve aos velhinhos a alegria, alivia o estresse, reduz a depressão, a agitação, a ansiedade e resgata memórias sobre a maternidade/paternidade.
Atualmente, a terapia é aplicada nas Comunidades de Tratamento do Poet’s Walk Memory Care Communities, em oito localidades: nas cidades de Leesburg, Fredericksburg e Warrenton, Virgínia; Cedar Park, Round Rock e San Antonio, Texas; em Henderson, Nevada, e na cidade de Sarasota, Flórida, segundo informações do Só Notícia Boa.
A Terapia de Abraços funciona assim: o boneco é dado aos idosos para “cuidar” como parte de sua programação. Como se fosse um bebê de verdade, eles seguram, balançam e acariciam a boneca. Tudo isso faz aflorar um sentimento de amor e autoestima, fundamentais para a qualidade de vida do paciente.
“Minha mãe ganha vida quando ela abraça esses bonecos”, disse April Hannewald.
A mãe dela vive na Comunidade de Cuidados com a Memória em Nevada. April conta que a idosa fala pouco, mas isso muda “quando estou empurrando-a na cadeira de rodas, ela começa a falar frases inteiras quando passamos as bonecas [dizendo coisas como]: “Oh, olha! O que os bebês estão fazendo?”.
“Entre as várias formas de terapia recreativa que nossos cuidadores oferecem, descobrimos que a “terapia de abraços” é uma das mais simples e mais terapêuticas. É também uma das mais bem sucedidas, pois dá aos nossos residentes um propósito que eles desejam”, conta a diretora executiva da Poent’s Walk Warrenton, na Virginia, Terra Brown.
“Quando me sento com a minha mãe e ela fica inquieta e distraída, tudo o que tenho a fazer é dar-lhe uma boneca e colocar um sorriso no rosto. Ela fala com o bebê e beija a testa dele com frequência”, diz Hannewald.
Para quem tem interesse em aplicar a Terapia, uma dica importante: deve-se usar apenas bonecas que não chorem, para não estressar os pacientes. As bonecas também devem ser tratadas como se fossem bebês reais, ao invés de brinquedos.