A qualidade do sono tende a cair com o passar dos anos. Aquele sono profundo e revigorante, de 12 horas seguidas, fica só na lembrança. Segundo a National Sleep Foundation, entidade norte-americana de pesquisa do sono, o ideal acima de 65 anos é dormir de 7 a 8 horas. Algo não muito diferente do recomendável para pessoas dos 26 aos 64 anos: que é de 7 a 9 horas.
O que muda, na verdade, é o padrão do sono, que se torna mais superficial na terceira idade. O indivíduo tende a se despertar muitas vezes durante a noite: tem o chamado “sono mais leve”. Além disso, tira muitos cochilos ao longo do dia.
Já existem estudos que comprovam que o processo de envelhecimento leva a modificações qualitativas e quantitativas do sono. Por meio da polissonografia (exame do sono), pesquisadores descobriram que a partir dos 60 anos a duração do sono passa de 6,5 a 8 horas para 5 a 7 horas por noite.
Esses despertares à noite podem se originar de problemas urinários ou respiratórios., como a apneia (distúrbio do sono grave em que a respiração para e volta diversas vezes). Doenças como diabetes, cardiopatias e menopausa/andropausa não tratadas também podem levar à dificuldade de dormir. Nesses casos, é preciso fazer uma investigação minuciosa para tratar a causa. Acordar sempre cansado e sem energia não é normal. O sono deve ser restaurador.
É frequente também o caso dos idosos que reclamam não conseguir “pegar no sono”. Geralmente, essa dificuldade está associada à rotina do indivíduo. A completa ausência de atividades físicas, por exemplo, faz com que o corpo canse menos e demore mais para entrar em estado de sonolência.
Confira um check-list para garantir uma boa noite de sono:
- Pratique exercícios físicos regularmente. Dez minutos diários de atividade aeróbica já são benéficos. Mas nada de pegar pesado antes de dormir, porque o efeito pode ser o inverso.
- Nada de comida gordurosa e pesada antes de dormir, pois causa problemas de indigestão e prejudica o sono.
- Exponha-se ao sol com frequência, mas sem esquecer do protetor solar.
- Estabeleça um horário fixo para acordar e dormir, inclusive nos fins de semana. Isso regula o seu relógio biológico.
- Limite o cochilo diário a apenas 30 minutos.
- Nada de tomar bebidas com cafeína, como café e chá mate na hora de dormir.
- Fique longe de bebidas alcoólicas. Além de interferirem na qualidade do sono, favorecem o ronco.
- Não fume antes de ir dormir porque a nicotina também atrapalha o sono.
- Crie seu próprio ritual relaxante: vale diminuir as luzes da casa, colocar uma música relaxante ou ler um livro.
- Não leve o celular e outros aparelhos eletrônicos para a cama. A luz prejudica a produção de melatonina, hormônio liberado em um ambiente escuro e calmo, que é responsável por regular o sono.
Apesar de muito subjetiva, a experiência do sono deve ser revigorante para assegurar uma boa qualidade de vida. Insônia recorrente não é normal. Evite se automedicar. Busque ajuda.