Estudo mostra a relação entre dormir mal e envelhecimento

Não é difícil observar que as pessoas, à medida que se tornam mais velhas, dormem menos e acordam cada vez mais durante a noite.

Maya Santana, 50emais

Eu sempre dormi muito bem até chegar aos 55 anos. Daí em diante, passei a acordar de madrugada, principalmente para ir ao banheiro. Hoje, aos 66, chegando aos 67, durmo bem, mas não mais do que seis horas por noite (Sempre que posso, descanso um pouco à tarde). Para mim, dormir bem é essencial, já que uma noite mal dormida tem efeito devastador no meu dia seguinte. Faço esse preâmbulo para falar do artigo, publicado pelo Zero Hora, que você vai ler abaixo sobre um estudo, feito por uma importante universidade americana, mostrando a relação direta entre dormir mal e envelhecimento. Segundo o estudo, à medida em que envelhecemos, vamos tendo mais dificuldade para atingir um sono profundo, que realmente restaure nossas energias. Noites mal dormidas acabam acelerando nosso próprio envelhecimento.

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Não é difícil observar que as pessoas, à medida que se tornam mais velhas, dormem menos e acordam cada vez mais durante a noite. Para entender as causas desse fenômeno, um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos analisou uma série de estudos científicos e concluiu que, ao envelhecer, se perde gradualmente a capacidade de ter um sono profundo e restaurador – o que provoca consequências físicas e mentais negativas, acelerando o próprio envelhecimento.

O sono muda com o envelhecimento, mas o que os cientistas descobriram é que essas mudanças podem também ser ponto de partida para explicar o próprio envelhecimento, segundo Matthew Walker, um dos autores do estudo, publicado na revista científica Neuron.

Diretor do Laboratório de Sono e Neuroimagem da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, Walker afirma que um dos principais problemas ligados ao envelhecimento e agravados pela perda do sono é a demência.

– Cada uma das principais doenças que estão nos matando nos países desenvolvidos – como diabetes, obesidade, Alzheimer e câncer -, tem uma forte relação causal com a falta de sono. À medida que ficamos mais velhos, a probabilidade de todas essas doenças aumentam consideravelmente, especialmente a demência – afirma.

Segundo Walker, a perda do sono entre as pessoas mais velhas não é causada por uma agenda cheia nem por necessidade menor de sono. O que ocorre é que, conforme o cérebro envelhece, os neurônios e os circuitos nas áreas que regulam o sono se degradam lentamente, resultando em um tempo cada vez menor nos estágios do chamado sono não-REM.

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Segundo os cientistas, o sono REM (movimento ocular rápido, na sigla em inglês), que ocorre com mais frequência na segunda metade da noite de sono, é caracterizado por uma atividade cerebral rápida – quando ocorrem os sonhos – e um relaxamento total do corpo. Enquanto isso, os estágios de sono não-REM são caracterizados por uma atividade cerebral lenta, que garantem um sono restaurador. Com menos horas nesses estágios de sono profundo, os idosos sofrem sequelas.

Fonte: https://www.50emais.com.br

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