O Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, faz um alerta sobre a importância de saber identificar, de forma rápida, as diferenças básicas entre as duas doenças.
Com a queda nas temperaturas começa o período de maior incidência de gripe e resfriado no país, os males típicos da temporada. Mas, você sabe diferenciar um do outro? O Instituto de Infectologia Emílio Ribas, referência no tratamento de doenças infectocontagiosas em São Paulo, faz um alerta à população sobre a importância de saber identificar, de forma rápida, as diferenças básicas entre gripes e resfriados.
De acordo com os profissionais do hospital, um “pré-diagnóstico” do próprio paciente pode ser determinante para que ele tome a decisão de procurar atendimento e seja medicado de forma adequada ainda nas primeiras 72 horas do início dos sintomas. Tanto gripes quanto resfriados são doenças infecciosas. A gripe é causada pelo vírus Influenza e o resfriado, principalmente, pelo Rhinovírus. As diferenças giram em torno da agressividade dos sintomas, que são muito mais fortes nos casos de gripe.
A gripe, por exemplo, pode gerar pneumonia e até levar ao óbito, o que torna imprescindível a visita a um médico. “É muito importante que o paciente tenha uma noção das diferenças e, caso desconfie de que esteja gripado, procure um médico e jamais ignore a doença. A gripe é uma doença tão séria que possui um tratamento e uma vacina específicos, enquanto o resfriado, não”, diz o infectologista Ralcyon Teixeira, supervisor do pronto-socorro do Instituto Emílio Ribas.
Segundo o médico, o resfriado costuma surgir lenta e gradativamente, enquanto os sintomas da gripe surgem sempre de forma repentina, “derrubando” a pessoa. Outro aspecto importante é que sintomas como espirro e coriza são quadros típicos de resfriados, e não de gripe.
Em pessoas saudáveis, a gripe se caracteriza pela combinação de tosse seca, febre com mais de 38ºC e mais um sintoma (veja lista abaixo). Já os resfriados são mais brandos, dificilmente geram complicações graves como a pneumonia e não possuem tratamento específico. Quem fica resfriado pode se tratar em casa com repouso, boa hidratação, alimentação saudável, além de antitérmicos e analgésicos de costume, quando necessário.
Resfriados e gripes têm prevenção parecida: lavar bem as mãos com água e sabão, uso de álcool gel para higienização, manter ambientes ventilados e evitar o contato com pessoas gripadas ou resfriadas. No caso da gripe, há ainda a vacina disponível na rede pública para os grupos considerados mais vulneráveis, como gestantes, idosos e crianças menores de cinco anos de idade. Ela previne contra os três tipos principais de vírus Influenza em circulação.
Cinco perguntas básicas para identificar se você tem gripe ou resfriado:
1- Tenho febre: qual a temperatura?
Pode estar relacionada tanto à gripe quanto ao resfriado, mas a diferença fica por conta da intensidade. Resfriados causam febres de no máximo 38 graus, enquanto temperaturas que vão além disso podem ser entendidas como um sintoma claro de gripe;
2- Como começou?
O resfriado se instala de forma lenta e gradativa, enquanto a gripe sempre acontece de forma repentina e rápida, “derrubando” o paciente “de uma hora para outra”.
3- Estou tossindo: como é a tosse?
É um sintoma marcante da gripe, especialmente a tosse seca. Se for este o caso, fique em alerta! Resfriados não causam tosse ou apresentam o sintoma apenas na reta final da doença;
4- Estou espirrando?
O espirro, a coriza e o nariz vermelho, ao contrário do que se imagina, são características bem peculiares do resfriado e não da gripe. Quadros de gripe quase não apresentam irritação relacionada às narinas (vias respiratórias altas);
5- Há quanto tempo estou assim?
Resfriados duram em média de três a quatro dias. Gripes duram em média sete dias.