TESTAMENTO VITAL: FALAR SOBRE A MORTE NÃO VAI MATAR VOCÊ!

Falar sobre morte é um dos grandes tabus da sociedade. Apesar da morte ser nossa única certeza irrefutável, o tema causa muito desconforto é como se falar.

Falar sobre morte é um dos grandes tabus da sociedade. 
Apesar da morte ser nossa única certeza irrefutável, o tema causa muito desconforto, é como se falar fosse atrai-la! Dá azar! 

Estatísticas americanas mostram que: 
* 90% das pessoas nunca falam sobre sua morte; 
* 80% desejam morrer em casa mas só 20% conseguem; 
Fato é que está na hora de debatermos a morte com a mesma naturalidade que a vida, afinal estamos envelhecendo e como é nossa responsabilidade e direito escolher como viver isso não pode ser diferente para morrer. 
Desde o nosso nascimento até nossa morte e no decorrer de nossa história passamos por uma incontável sucessão de decisões. Decidir é a condição mais original de nossa humanidade e a submissão a mais radical expressão da desumanidade… Assim como viver , morrer com direitos e dignidade preservados deveria ser fundamento de toda prática jurídica, médica e social. O testamento Vital é um documento redigido por uma pessoa, em pleno gozo de suas faculdades mentais, com o objetivo de dispor acerca dos cuidados e tratamento que DESEJA OU NÃO ser submetida quando estiver com uma doença ameaçadora da vida, fora de possibilidade terapêutica e impossibilitado de manifestar livremente sua vontade. Fazer um documento como esse não é assinar sua eutanásia! É ter o direito, a autonomia de dizer como deseja morrer. 
Para uns morrer dignamente é estar em casa com seus familiares para outros é estar no CTI. Não importa! É seu direito! A grande reflexão aqui é entender que cada um tem um entendimento sobre a morte e isso deve ser respeitado. Quantas vezes no cti ouço familiares dizendo “Deus me livre morrer assim, não quero ser ligado em aparelho nenhum” no entanto autoriza que seu familiar seja! Será que, se esta pessoa, pudesse naquele momento falar sua vontade, ela autorizaria? Daí a importância de fazer este documento antes de qualquer diagnóstico. É um documento de vontade. Sem mais. 
E não esqueçam que quando a cura não é possível ainda temos muito a fazer: CUIDAR! Afinal antes de ser uma doença, ali reside um ser humano, com sua história! Isso deve ser honrado! 
Se podemos escolher viver com liberdade que possamos escolher morrer com aquilo que acreditamos ser dignidade… 

Fonte: https://www.cantinhodageriatria.com.br

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