Um dos pontos mais difíceis da vida de quem atinge a terceira idade é o momento em que ele precisa deixar de dirigir. A independência que conduzir um veículo nos traz é insubstituível. Por mais que possamos contar com outras pessoas para nos levar ou trazer, não poder fazer mais isso por conta própria acarreta várias mudanças em nossa rotina social.
O que a legislação diz?
O Código Brasileiro de Trânsito não é específico quanto a esse assunto. Na realidade não há uma idade limite para se conduzir veículos automotores no Brasil. De acordo com a lei, as renovações periódicas da CNH (Carteira nacional de habilitação) que são feitas junto aos órgãos competentes é que irão dizer a hora de parar. Se houver um leve comprometimento pode haver a restrição para rodovias, restringindo a circulação apenas para dentro das cidades.
A preocupação dos familiares
Embora a legislação não estabeleça uma idade limite para aposentar a carteira de motorista, vemos muitas vezes uma grande pressão por parte dos nossos familiares para que diminuamos as saídas ao volante. “Deixa que eu dirijo!” e “Vamos no meu carro!” são as primeiras frases sutis que eles dizem para nos desencorajar.
Na verdade, eles zelam por nossa integridade física, por isso sentem-se responsáveis por nos alertar ao perceberem que há algum risco.
A avaliação médica dirá a hora certa de parar de dirigir
Uma avaliação feita por um médico especialista será a melhor forma de sabermos se há realmente perigo em continuarmos dirigindo ou não. Assim como precisa haver equilíbrio nas sentenças da família em nos tirar as chaves do carro, também é necessário da nossa parte estarmos abertos para aceitar as recomendações médicas para dirigir somente durante o dia, por exemplo, ou até mesmo se, de acordo com ele, seja a hora de parar.
Uma boa relação com os parentes mais próximos e muito diálogo vai com certeza encontrar saídas alternativas que sejam um meio termo entre arriscarmos nossas vidas ao volante e perdermos nossa liberdade e capacidade de locomoção.
Mais uma vez na vida vamos precisar nos adaptar ao novo momento e, se tivermos a postura certa, continuaremos a experimentar o que a vida tem pra nós, integralmente.