A Terapia Ocupacional é o uso de avaliação e intervenção para desenvolver, recuperar ou manter atividades significativas, ou ocupações, de indivíduos, grupos ou comunidades.
O trabalho do terapeuta ocupacional com as pessoas mais velhas está centrado inicialmente na identificação de como essas pessoas organizam sua vida cotidiana.
Compreender a organização do dia a dia e como cada um consegue realizar as atividades cotidianas é o primeiro passo. Todas as atividades que compõe a vida das pessoas, desde as tarefas da vida diária como escovar os dentes, tomar banho, alimentar-se e vestir-se, até as atividades laborais/ profissionais e de lazer devem ser consideradas. O convívio com a família, com amigos, participação em grupos religiosos, voluntariado, academias e centros de atividades e convivências também são partes da rotina e devem ser observados no trabalho.
A ação do terapeuta ocupacional visa, através de um cuidadoso processo de avaliação, identificar desvios. Isto é, quais são as ações da vida cotidiana que precisam de intervenções. É imprescindível conhecer toda a rotina de atividades da pessoa atendida. Depois, junto com ela, identificar e favorecer novas possibilidades. Estamos falando de adaptações, auxílios e dispositivos que permitem novas ações. Estamos falando em possibilitar a retomada de potencialidades, habilidades e interesses. Sempre respeitando a história, hábitos e tradições. As reais condições do paciente, na busca de soluções dos problemas identificados é um fator chave.
O terapeuta ocupacional favorece a organização do dia a dia do sujeito. Cria novos espaços para a estruturação e reconstrução de ações, que por alguma razão, não estão sendo realizadas.
Essas interrupções da realização das atividades cotidianas, podem ser fruto de alguma situação transitória. Por exemplo, uma doença ou acidente de trânsito que apresenta significativas porcentagens de retornar ao estado normal, igual ao anterior deste evento. Também ocorrem situações permanentes e /ou progressivas. Normalmente, por doenças crônicas degenerativas como as Demências, Doença de Alzheimer, Parkinson, entre outras.
Através do planejamento e desenvolvimento de atividades escolhidas de acordo com cada situação o terapeuta ocupacional estabelece um espaço de saúde e expressão, onde o fazer é compartilhado. As atividades em questão podemo ser atividades expressivas, artísticas, artesanais, laborais, etc. Ou ainda atividades da vida diária, adaptações do ambiente e utensílios do dia a dia. Dessa forma, há o fortalecimento do vínculo e a abertura para a conquista de novos saberes e novas ações. A relação terapêutica possibilita “atravessar”, superar dificuldades e propor novos objetivos e a retomada de um novo projeto de vida. No caso de doenças degenerativas, a terapia ocupacional consegue prolongar a autonomia e/ ou independência do idoso.
O terapeuta ocupacional trabalha em estreita relação junto com outros profissionais, especialmente médicos, fisioterapeutas e psicólogos. Dessa forma, compõe com a equipe de cuidados, ampliando as possibilidades de intervenção junto ao paciente. O trabalho em equipe concentra ações que melhoram a qualidade de vida das pessoas e asseguram um suporte capaz de prevenir e retardar as complicações de doenças que possam acometer as pessoas com mais idade.
A presença da família e/ou cuidador torna-se essencial no trabalho do terapeuta ocupacional, garantindo assim, um cuidado integrado e mais completo.
Ao perceberem qualquer alteração ou dificuldade na realização de atividades que seu familiar realizava com total independência e autonomia, procure um terapeuta ocupacional para poder contribuir com os cuidados oferecidos. Lembrando que toda identificação precoce favorece as possibilidades de melhores resultados nos procedimentos. A prevenção é o melhor caminho.
Fonte: https://idosos.com.br