A vida pós-aposentadoria de Jô, como é conhecida, é bem diferente daquela que ela levava até 2016, quando trabalhava como assistente social no sistema prisional do Ceará e vivia uma rotina de ameaças, por causa de sua atuação na defesa de mulheres transexuais.
Divorciada após um relacionamento conturbado, mãe de três filhos e avó de um neto, resolveu se desfazer de casa, móveis e roupas. Tudo o que tem agora cabe dentro de uma bagagem.
“Minha cabeça era um entulho biográfico dos outros”, relembra sobre seu trabalho de ouvir relatos e dar suporte a detentos, familiares e funcionários dos presídios. “Eu brinco e digo que resolvi me autocondenar à liberdade e escrever minha própria história”.
Em 2016, assim que se aposentou, a cearense comunicou à família que planejava deixar Fortaleza para se dedicar ao seu sonho. O resultado da aventura são quase 40 países visitados, divididos entre duas temporadas, uma na Europa e outra entre África e Ásia.
Fonte: https://www.bbc.com