Educação e Envelhecimento: como uma coisa ajuda a outra?

Aos poucos, os vários segmentos da sociedade vão tomando consciência da importância da inclusão do idoso nos diversos setores.

Aos poucos, os vários segmentos da sociedade vão tomando consciência da importância da inclusão do idoso nos diversos setores. Destaco a inclusão do idoso aos serviços informatizados. Essa é uma forma de colocá-lo na economia de mercado. São milhões de novos consumidores, incentivando o crescimento econômico do país. E o mais importante: trabalhando o exercício da cidadania através da educação e do acesso à informação.

“Os avanços tecnológicos trazidos pela modernidade, em vez de propiciarem maior aproximação entre as pessoas e as comunidades, paradoxalmente, criaram uma legião de indivíduos isolados nesse novo mundo. Até mesmo dentro da família, o acesso à informática criou núcleos que não se comunicam. Jovens que conversam com computadores e não com os pais, irmão, e avós. Ficam isolados os idosos dentro de suas famílias”. (Roberto Mendes de Freitas Junior – Direitos e Garantias do Idoso).

Assim, chegamos a um impasse. Na mesma proporção da colocação e interesse do idoso em se inserir na sociedade, há a falta de conhecimento da sociedade em lidar com esse nova pessoa que foi criada num mundo e agora se vê à frente de outro mais vibrante  porém, mais solitário. Digo isso porque observo que a sociedade em geral está mais reclusa e interiorizada.

Como lidar com isso? Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2060, o Brasil terá mais de 58 milhões de pessoas na terceira idade. Na pesquisa do órgão, a expectativa de vida dos brasileiros também aumentará. Hoje, as mulheres vivem em média 78,5 anos, contra 71,5 anos dos homens. Os estudos do IBGE apontam que em 2060, as mulheres viverão, em média, 84 anos e os homens 78 anos.

Portanto, já é hora de nos preocuparmos em orientar crianças e jovens no  processo de envelhecimento das pessoas, ao longo da vida. A educação é chave para a promoção do envelhecimento saudável e para a inclusão do idoso na sociedade.

Não é possível, porém, obrigar o Poder Público criar uma disciplina específica sobre o envelhecimento nas escolas. Esse assunto é discutido na política educacional de cada Estado, através da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei número 9394/1996).

Nesse sentido, tramita na Comissão de Educação, Cultura e Esporte, o Projeto de Lei do Senado (PLS) número 501/2015, de autoria do Senador Omar Aziz, do Amazonas, modificando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Este projeto determina que o tema de envelhecimento, envolvendo os cuidados e o respeito aos idosos, integrará currículos da educação básica e será ministrado por profissionais habilitados em gerontologia.

Para o parlamentar:

“ a escola pode ajudar a sociedade a aprender lidar com a população idosa. A escola precisa  ser chamada a colaborar na ação educativa das novas gerações para a compreensão das virtudes e vicissitudes da terceira idade, com vistas a permitir uma convivência intergeracional mais harmônica em benefício de todos “.

Esse Projeto está na Comissão de Educação, Cultura e Esporte , do Senado Federal, desde 20/09/2017, para emissão de Relatório.

Os idosos que recebem apoio (no sentido amplo) beneficiam-se das trocas mútuas. Tendo em vista que a troca de experiências nos relacionamentos melhora os dois lados. Trata-se do bem-estar psicológico e alta qualidade do mesmo. Acredito que os idosos querem pertencer a um grupo que dá e recebe. Quando o idoso transmite alguma experiência, esse ato é mais importante para ele do que tudo. De toda maneira, o importante é a interação.

Fonte: https://idosos.com.br

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