Na semana passada, relatamos os principais riscos de acontecimentos adversos durante e após uma cirurgia. Neste artigo, abordaremos o tratamento pós-operatório.
Os pacientes de idade mais avançada podem precisar de um período de reabilitação variável. Muitas vezes, o ideal é se recuperar com atenção multi-profissional em casa ou em clínicas especializadas.
Dependendo do tipo de cirurgia e do estado de saúde, o cuidado pós-operatório precisa ser feito, além de acompanhamento médico, por enfermeiros, fisioterapeutas, etc.
O médico que acompanha o paciente deve orientar a família sobre os cuidados necessários em cada caso.
Algumas vezes, o idoso pode apresentar delírio pós-operatório. As causas mais comuns deste fenômeno são medicamentos usados, desequilíbrios eletrolíticos e/ ou desidratação, anemia, pneumonia ou infecção urinária. Na grande maioria dos casos, este delírio é reversível assim que as causas são eliminadas. Porém, pessoas que sofrem de demência podem apresentar quadros mais graves e mais difícil de reverter.
Os medicamentos a serem evitados ou minimizados em caso de delírio pós-operatório são os anticolinérgicos (comuns no tratamento da doença de Alzheimer), benzodiazepinas (medicamentos de uso psiquiátrico) e anti-histamínicos (anti-alérgicos). Porém, a equipe médica deve avaliar constantemente a necessidade de um tratamento anti-psicótico.
A avaliação diária do estado cognitivo ajuda a controlar os pacientes durante o período pós-operatório. Desta maneira, é possível identificar as alterações cognitivas mais sutis e possibilitar ações mais rápidas e eficientes.
Outros problemas comuns no pós-operatório é a trombose venosa profunda e a embolia pulmonar. Os maiores fatores de risco são já ter sofrido uma troboembolia venosa, a imobilização ou falta de movimentação, a obesidade, a presença de neoplasias, a fibrilação atrial e/ ou insuficiência cardíaca. Por isso, entre outras ações de prevenção, recomenda-se que os pacientes comecem a caminhar nos corredores do hospital assim que possível. Existem medicas de profilaxias trombóticas que devem ser realizadas de acordo com as avaliações médicas de risco.
Dores relacionadas à cirurgia devem ser controladas convenientemente com analgésicos e anti-inflamatórios necessários.
A função intestinal também deve ser acompanhada pela equipe multi-profissional de saúde pois é comum haver constirpação.
As infecções mais comuns no pós-operatório são pneumonia e infecção urinária. Quando acontecem, o paciente necessita de maior atenção médica e tratamento rápido e adequado.
Fonte: https://idosos.com.br