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Plano de saúde tem recorde de centenários com programas de prevenção

Brasília – Idosos colecionam histórias de vida, ensinam e compartilham, sobretudo, experiências. Vivências anteriores são exemplos, que passam às gerações. A relação do idoso com um plano de saúde é valiosa e a união, ao longo de décadas, ajuda a representar avanços nos índices de expectativa e qualidade de vida. Em 2060, um quarto da população brasileira (25,5%) deverá ter mais de 65 anos, segundo o IBGE. Destes, os centenários representam uma pequena parcela ainda mais atenta à prevenção e assistência médica.  

Maria Aparecida tem 79 anos e é assistida pela Geap Saúde, em São Paulo (SP). A idosa compara a operadora à sua “segunda casa”, ao participar de um programa gratuito oferecido a beneficiários da terceira idade. “Entrei no ‘Idoso Bem Cuidado’ no ano 2000, quando começou. E não falto as atividades. Sou assídua”, disse, orgulhosa.

A iniciativa a que Maria se refere acontece numa parceria entre a Autogestão e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A Geap é a operadora brasileira que soma mais da metade da carteira de beneficiários com idade superior a 59 anos. O número total, de todas as faixas etárias, gira em torno dos 450 mil, no país inteiro. “Das crianças aos idosos, todos são acolhidos com atenção. Um diferencial é o trabalho dos nossos programas de promoção à saúde e prevenção de riscos e doenças, como o ‘Idoso Bem Cuidado’, no qual os participantes são estimulados a desenvolver a capacidade funcional, a autonomia, a autoestima e, ainda, o bem-estar físico e mental”, comentou o diretor-executivo da Geap Saúde, Leopoldo Jorge Alves Neto.

A linha de cuidado praticada pela Autogestão, que atende, exclusivamente, servidores públicos e seus dependentes, garante a longevidade saudável. Por isso que, em números atuais, de todos os assistidos, 538 são idosos centenários. Pessoas que ultrapassaram os cem anos e que confiam no serviço de saúde, especialmente nessa fase da vida.

O relacionamento é confirmado pelas beneficiárias Mirna do Rosário e Artemis Rodrigues. “Nesses mais de 40 anos, a Geap nunca me faltou”, falou Mirna, de Goiânia (GO). “Sou assistida há 33 anos e sempre que precisei, fui muito bem atendida”, confirmou Artemis, de Campo Grande (MS).

Em 2018, a Autogestão projetava investimentos de R$ 95 milhões para a área da política de incentivo à saúde e prevenção de riscos e doenças. “Em 2019, não pouparemos esforços no aprimoramento dos nossos serviços”, concluiu Leopoldo.

Quase 80% aprovam os planos de saúde

Dados da Pesquisa de Satisfação de Beneficiários de Planos de Saúde, que faz parte do Programa de Qualificação de Operadoras (PQO), da ANS, indicam que a Geap é aprovada pela maior parcela de beneficiários. Diversos pontos foram abordados, como: utilização do plano, canais de atendimento, acesso a informações, comunicação e rede credenciada. A maior parte dos entrevistados indicou conseguir um pronto atendimento na maioria das vezes. A atenção em saúde recebida foi avaliada como “boa” ou “muito boa” pela maioria.

“Acredito nessa confiança que os milhares de beneficiários têm conosco. É reflexo do trabalho. Conseguimos assisti-los de maneira satisfatória e mantê-los saudáveis”, avaliou o Diretor-Executivo da Operadora.

Como participar do Idoso Bem Cuidado

O programa Idoso Bem Cuidado é isento de coparticipação e estabelece, como linha de cuidado, a identificação de fragilidades, o monitoramento de agravos e o acompanhamento de saúde realizado por Médico Vinculador Assistencial (MVA), nutricionista e psicólogo. Oferece também saúde integral, com foco na atenção primária e no atendimento continuado, além de oficinas e palestras educativas e acesso a atividades culturais, integrativas, esportivas e de lazer.

Para participar das atividades, o beneficiário da Geap Saúde acima de 59 anos, ou um familiar responsável, pode realizar a inscrição na sede da Operadora, localizada em todas as capitais brasileiras, ou pela Central Nacional de Teleatendimento.

Fonte: http://jornaljoseensenews.com.br

LOAS – 10 Dicas sobre o Benefício Assistencial

O chamado Benefício de Prestação Continuada (BPC), popularmente conhecido como LOAS, é um benefício ao idoso e ao deficiente.

Ele possui alguns requisitos básicos. Vamos conferir na sequência as 10 dicas essenciais sobre o benefício e que você precisa saber:

1 – O que é o benefício?

É um benefício assistencial. É pago o valor de um salário mínimo vigente na data do pagamento.

Tal benefício é uma garantia constitucional, podendo ser encontrado no art. 203, inciso V da Constituição Federal. Quem dita as regras é sua Lei 8.743/1993 – Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS).

Cabe destacar que, apesar de popularmente conhecido como “LOAS”, esse não é seu verdadeiro nome. O correto é chamar de BPC – Benefício de Prestação Continuada.

2 – Quem pode receber o BPC?

O idoso acima de 65 anos ou o deficiente que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família. É o chamado estado de pobreza ou necessidade.

3 – Requisitos do Benefício

IDOSO: deverá ter mais de 65 anos e comprovar o estado de necessidade ou pobreza.

DEFICIENTE: Em relação ao deficiente, deve comprovar o estado de necessidade ou pobreza; sua deficiência e também se ela gera barreiras na sua participação na sociedade.

Utilizando a Lei .13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência), em seu art. 66-A, § 2º, podemos ver uma melhor definição para o deficiente que necessita do benefício:

Para efeito de concessão do benefício de prestação continuada, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

O deficiente, para concessão do benefício, está sujeito à prévia avaliação do grau de impedimento, a cargo do INSS, feitas por seus médicos e também avaliação social, através de seus assistentes sociais; (art. 20, § 6º, da LOAS).

4 – A renda máxima familiar

Legalmente, (art. 20, § 3º, Lei 8.742/1993), para ter direito ao benefício assistencial, é necessário que a renda per capita do grupo familiar não ultrapasse 1/4 do salário mínimo (salário mínimo em 2019 é de R$ 998,00, ou seja, 1/4 equivale a R$ 249,50).

Antes de esclarecer como funciona essa questão da renda, é necessário definir grupo familiar: composto por cônjuge, companheiro, pais, irmãos solteiros, filhos solteiros, enteados solteiros e menores tutelados. O requisito principal é que todos devem viver sob o mesmo teto.

Voltando à renda familiar, mesmo na Lei estando disposto que a renda deve ser limitada a 1/4 per capita das pessoas que residem sob o mesmo teto, a análise vem sendo feita de forma diversa. Afinal, é difícil saber das necessidades de cada ente familiar apenas pautando a sua situação financeira.

Pensando nisso, várias decisões judicias já vêm tomando a linha que é imprescindível analisar também a questão social da família, deixando a parte financeira relativa.

5 – Quanto é pago de benefício assistencial?

O valor de um salário mínimo vigente ao tempo do pagamento. Como possui natureza assistencial, não há o pagamento do 13º salário e sim restrito aos 12 meses do ano.

6 – É necessário ter contribuído para a Previdência?

Não há necessidade de contribuições previdenciárias para ter direito ao benefício, não exigindo assim a chamada carência para dar entrada no pedido.

7 – Como entrar com o pedido?

Antes de requerer o benefício, é necessário ter o cadastro no CadÚnico (Cadastro Único do Cidadão). Ele é feito de forma presencial, ou seja, sem cadastro pela internet.

O interessado deverá procurar o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) da sua cidade, munido dos seguintes documentos:

  • Documentos de identidade (seus e dos seus dependentes);
  • Título de eleitor (de todos os membros da família maiores de 18 anos

Após tal cadastramento, o interessado pode realizar o agendamento pela internet, no site do INSS, Telefone 135, Aplicativo Meu INSS ou mesmo na agência da Previdência Social.

Além disso, poderá solicitar que um advogado faça sua representação durante todo o processo de pedido administrativo, ou necessitando recurso, na via judicial.

8 – Qual a documentação necessária?

Segue lista de documentos, retirado do site do INSS:

  • Documento de identificação e CPF do titular (ao requerente maior de 16 anos de idade será solicitado documento de identificação oficial com fotografia);
  • Termo de Tutela, no caso de menores de 18 anos filhos de pais falecidos ou desaparecidos ou que tenham sido destituídos do poder familiar;
  • Documento que comprove regime de semiliberdade, liberdade assistida ou outra medida em meio aberto, emitido pelo órgão competente de Segurança Pública estadual ou federal, no caso de adolescentes com deficiência em cumprimento de medida socioeducativa;
  • Documento de identificação e procuração no caso de Representante Legal do requerente (familiar ou advogado).

9 – Revisão e cessação

Conforme Lei, a pessoa deixa de receber o pagamento quando:

a) a pessoa com deficiência exercer atividade remunerada;

b) superar as condições que deram origem ao benefício;

c) quando houver constatada irregularidade na sua concessão;

d) com a morte do beneficiário (lembrando que o benefício assistencial não gera pensão para outros familiares dependentes após o falecimento);

10 – Cumulação do Benefício Assistencial com outros benefícios

O BPC não poderá ser acumulado com outro benefício previdenciário ou prestação continuada.

O Benefício de Prestação Continuada é um benefício vital para muitas pessoas. Importante, com as dicas acima, desvendar alguns mitos e tomar alguns cuidados ao requerer o benefício.

Sabendo disso, indique esse texto para alguém que se enquadra nos requisitos ou mesmo se interessa pelo tema.

Formulário: Quer saber se você ou algum parente possui direito ao BPC? Preencha o formulário e receba a resposta de um especialista!

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Fonte: https://leonardopetro.jusbrasil.com.br

Os desejos dos velhos

Vó Nazareth, 80, saltou de paraglider, do alto de um morro, lá em Caraguá, no litoral paulista. Viu em outra perspectiva o mar, as ondas e a areia da praia. Experimentou o vento batendo forte no rosto e as emoções misturadas. Relou no dedo Deus. Ela fez o que quis, o que deu na telha, o que tinha vontade.

Na realidade, ela não é bem minha avó, mas uma leitora de primeira hora que acabou se tornando amiga de toda hora. Cosmopolita, atualizada e inquieta, vó Nazareth me alerta diuturnamente que certas maneiras de interpretar a velhice estão em desuso, são démodés e cheias de estigmas.

Minha mãe vive reclamando de que eu e meus irmãos interferimos demais em seus desejos, que não consegue ser velha a sua maneira, realizando a seu bel-prazer suas vontades. Por ela, o sofá seria reformado a cada seis meses e sempre haveria uma nova reforminha na casa já mexida dezenas de vezes. Teria 13 cachorros. Jamais visitaria um médico.

Parece que sempre a vontade de proteger, de evitar que o velho se exponha a riscos passa à frente de sua personalidade, tal qual a de uma criança indefesa e inconsequente. Mesmo quando há necessidade flagrante de amparo, seja pela condição física frágil, seja pela mente em desordem, me parece haver excessos, ou pouco cuidado no tutelar dos mais velhos.

Mas há também avanços, exemplos inspiradores. Nesta semana, começou a ser propagado nas ‘internets’, como dizia o magistral Cony, um vídeo em que um homem de 91 anos conta sua experiência como aluno novato de uma faculdade de arquitetura.

Em dado momento Carlos Augusto diz assim: ‘Não sei quem foi que fez um comentário na internet achando que eu tô perdendo tempo. O tempo não é o dele, é o meu. Mas o meu que eu tô perdendo, é aprendendo’.

Em outra situação, anos atrás, eu e minha mulher estávamos em Amsterdã, na Holanda, e escolhemos um bar superdescolado, na ponta de um canal, para tomarmos umas biritas. Enquanto bebericávamos um vinho qualquer, em um clima meio bucólico, na mesa ao lado, um casal de idosos se divertia como se não se houvesse amanhã, enquanto fumava um cigarrinho do capeta aparentemente muito prazeroso e libertador.

Claro que também é muito necessário que se compreenda que, às vezes, o velho quer apenas o prazer do tempo vagaroso, da companhia do gato, do silêncio das tardes de domingo. Embora a tendência natural seja ver apenas melancolia e solidão nesses movimentos, pode também haver desejo legítimo.

Desejo do corpo cansado que quer refúgio na cadeira da varanda vazia, desejo da cabeça fumegante que não quer pensar em nada. Desejo de se retirar das regras de ter sempre de fazer algo e deixar o sossego tomar conta dos poros.

É fundamental que haja mentes mais abertas para a compreensão e abrigo de uma realidade cada vez mais povoada por cãs. Assim como abertas devem estar as portas de universidades, de escolas, de academias, de baladas, de picos de salto de paraglider.

Mais que tudo isso, porém, é necessário ter maturidade para entender que os desejos dos velhos precisam, algumas vezes, do amparo do neto, da compreensão do filho, do apoio da sociedade, do trato do médico, da elegância de um vizinho.

Naturalizando a maneira como é a relação com o velho: indistintamente, sem eufemismos, exageros e empáfia-,  abre-se um caminho facilitador para que toda diferença faça sentido, emocione, e seja apoiada, em seus desejos e vontades.

Fonte: https://terceiraidadeconectada.com

Fazendo as pazes com o Verão

No verão a vida se manifesta em sua plenitude. A semente que cresceu na primavera está soltando os botões, flores e frutos. Os dias ensolarados são mais longos para encher nosso sorriso de alegria e aquecer o nosso coração com luminosidade.

A filosofia chinesa nos ensina a contemplar o sol nascendo, pensando em tudo que desejamos, e apreciar o pôr do sol, deixando sair o peso do coração.

O ideograma chinês que simboliza o verão, indica um camponês andando com as mãos para baixo, após um árduo período de trabalho, deixando as plantas agora crescerem e desabrocharem por si mesmas.

Se observarmos a natureza por alguns instantes, podemos sentir que o verão é a época do ano mais exuberante, expansiva e cheia de vida. Ele nos convida a sentir esse sol em nós e a perceber o afeto em nossas palavras, olhares e através do nosso toque.

Na Medicina Tradicional Chinesa o fogo é a representação máxima desta estação. E se você está sofrendo por causa desse calor: mais água, sombra e alimentos fresquinhos vão deixar o seu verão com muito mais amor.

Evite o sol das 11h até as 15h e aproveite as frutas frescas, suculentas e desta estação, principalmente cítricas e as azedinhas.

Este é um momento bem gostoso para escolher sucos de abacaxi, maracujá, carambola, laranja ou limão – que além de elevar a energia vital, refrescam e hidratam.

Outros alimentos que ajudam a equilibrar os desconfortos deste calor incluem a manga, melancia, uva, maçã, pera, assim como a hortelã, abóbora, abobrinha, o tomate, quiabo, jiló, a berinjela, chicória e o alface.

E que tal preparar um chá gelado, convidar os amigos para contar boas histórias e fazer de um pôr do sol ainda mais especial?

Chá gelado de abacaxi

Ferva 1 litro de água com 01 casca de abacaxi bem lavada e cortada em pequenas fatias (com pedacinhos da fruta!), por 10 minutos. Em seguida coar e reservar. Após esfriar, acrescente folhas de hortelã, o suco de 01 limão e algumas pedrinhas de gelo.

Convido você, querido leitor, a emitir esse brilho do seu verão. Sinta a sua vitalidade, conecte-se com a alegria de viver, e espalhe palavras que alentam a alma com toda essa energia que vêm do seu coração.

Fonte: https://terceiraidadeconectada.com

Sesc Avenida Paulista promove cursos de Graffiti, e oficinas

Entre os meses de fevereiro e maio o Sesc Avenida Paulista promove curso e oficinas voltados para a terceira idade: ‘Graffiti – Intervenções Urbanas’, ‘Idosos, Parkour e a Cidade’ e ‘Bateroterapia’. As atividades buscam fornecer opções de contato com o ambiente urbano, a atividade física e a arte, como forma de combater o sedentarismo e estimular a convivência. As modalidades oferecidas propiciam aos participantes a vivência de práticas geralmente voltadas para jovens, dando a oportunidade de experimentar algo inusitado, incorporando novas habilidades e diversificando seu repertório cultural e físico.

O curso de Graffiti é ministrado por Rui Amaral, responsável por um dos maiores painéis da cidade, e acontece de 13 de fevereiro a 03 de abril, com inscrições a partir do dia 01/02. Já a oficina de Parkour, tem sessões de 06 de fevereiro a 13 de março, com retirada de ingressos com meia hora de antecedência, e é ministrada pelo bailarino e poeta Jeronimo Bittencour e a bacharela em dança Danielli Mendes. O músico Gus Conde é responsável pela oficina de Bateroterapia, que acontece de 08 de março a 03 de maio, também com retirada de ingressos trinta minutos antes. Para participar do curso e oficinas é preciso ter 60 anos ou mais.

GRAFFITI – INTERVENÇÕES URBANAS

No cenário atual, a degradação ambiental urbana incomoda e é visível a todos. Sendo assim o curso ‘Graffiti: Intervenções Urbanas’ visa ampliar a consciência cidadã e sensibilizar as/os participantes sobre a importância da preservação ambiental nos centros urbanos.

O curso prevê a realização de atividades de rua nos entornos do Sesc, que propiciam a prática dos conhecimentos discutidos sobre esta arte urbana. A ação tem o foco na transformação do ambiente em que vivemos num lugar criativo e interessante, onde o protagonista é o participante. A prática do graffiti estimula a reflexão sobre a estética urbana, o papel da educação e da arte contemporânea, com o objetivo de valorizar os movimentos artísticos no espaço público e privado.

Rui Amaral é artista plástico multimídia, ativista cultural, 58 anos, paulista. É um dos pioneiros do movimento do graffiti brasileiro, tendo um dos maiores murais na cidade de São Paulo. Trabalha com desenho animado, murais, instalações.

IDOSOS, PARKOUR E A CIDADE

A oficina discute a relação do idoso com os espaços públicos urbanos, mostrando novas possibilidades de interação com seus ritmos e sua arquitetura. Na atividade, a potência desse corpo é estimulada a partir de uma experiência direta de reaproximação com a cidade, integrando os participantes com o ambiente ao seu redor.

Jerônimo Bittencourt é bailarino, performer, professor e praticante de Parkour. Pratica parkour há 11 anos e é Co-fundador do grupo Le Parkour Brasil. Desde 2008 pesquisa a intersecção entre dança, parkour e arquitetura.

Danielli Mendes é graduada em Bacharelado e Licenciatura em Dança pela Universidade Estadual de Campinas. Integra a Cia.Perversos Polimorfos e já trabalhou com nomes como

Marta Soares, Elisabete Finger, Carolina Bianchi e Morena Nascimento.

BATEROTERAPIA

No curso de Bateroterapia (fusão de bateria e fisioterapia) são combinados exercícios rítmicos, com conotações fisioterapêuticas e lúdicas, com exercícios físicos, alongamentos funcionais para aumentar a consciência corporal e o nível de concentração mental. A Bateroterapia pretende expandir a coordenação e a habilidade motora, melhorar a cognição mental, bem como o ritmo, os movimentos corporais e a qualidade de vida de modo geral.

Gus Conde é baterista, percussionista, instrutor e fundador da banda ODUM. Pesquisa desde 2006 técnicas que aliem a prática da bateria e o desenvolvimento de memória muscular, tendo apresentado seus workshops em diversas cidades dos EUA e Brasil.

Fonte: https://terceiraidadeconectada.com

Músico faz serenatas para esposa diagnosticada com a doença

Todas as tardes, o músico Lúcio Yanel, de 72 anos, entoa serenatas para a esposa. Entre uma canção e outra, o artista busca tranquilizar o olhar perdido e acalentar o choro de Sueli de Fátima Teixeira, que atualmente enfrenta a fase mais grave da doença de Alzheimer.

O violonista, que é uma das principais referências da música gaúcha, encontrou nas apresentações uma forma de se aproximar da mulher, que, segundo o artista, tem vivido em um mundo distante.

Casado há 25 anos com Sueli, ele conta que tem enfrentado períodos difíceis. A esposa do artista não consegue mais andar, falar ou se alimentar sozinha. “Ela precisa de ajuda para tudo e passa o dia inteiro na cama”, conta à BBC News Brasil.

Na última quarta-feira (23), o artista, sempre discreto em relação à companheira, publicou a primeira foto dos dois juntos desde que a doença da mulher atingiu o nível mais grave.

“Para que me sinta ao seu lado, minhas serenatas diárias”

Ele postou uma foto na qual se apresentava com seu violão para a companheira. Junto com a imagem, fez um desabafo. “Já faz alguns anos que o maldito Alzheimer vai me roubando a minha amada companheira. E para que me sinta ao seu lado, minhas serenatas diárias. Tu és o meu melhor público”, escreveu.

A publicação de Lúcio viralizou nas redes sociais. No Facebook, teve mais de 50 mil reações e 59 mil compartilhamentos.

Nos comentários, internautas parabenizaram o artista. “O amor sempre vai superar as intempéries da vida”, escreveu um homem. “A emoção ao ler isso é imensa e quase não cabe no peito”, disse uma mulher.

A repercussão surpreendeu Lúcio. “Publiquei meio que sem querer, não imaginei que tantas pessoas fossem ver. Eu sempre vivia ocultando a situação da minha mulher, porque é muito melindroso para um artista fazer esse tipo de publicação. As pessoas podem pensar que é algo piegas”, comenta.

“Estou acompanhando minha esposa sofrer com o Alzheimer”

“Mas cansei de aparentar uma alegria. Estou sempre, digamos, fingindo uma alegria que não existe na minha atual fase da vida. Estou acompanhando minha esposa sofrer com o Alzheimer e não tenho muito o que fazer para evitar isso”, lamenta.

O Alzheimer é considerado o tipo mais comum de demência que existe no mundo. Conforme estudos sobre o tema, estima-se que 5% da população acima dos 65 anos possa desenvolver a doença. Após os 80 anos, a estimativa sobe para 30%.

As causas da doença não são completamente conhecidas. Os tratamentos disponíveis ajudam a aliviar os sintomas, mas não impedem a evolução do Alzheimer.

Imagem mostra o músico Lúcio Yanel e a mulher, Sueli, que tem Alzheimer. Na foto, eles aparecem em 1996

A família

Lúcio nasceu na Argentina e vive no Brasil há 40 anos. Ele conheceu a esposa no início dos anos 90. O artista conta que havia ficado viúvo há um ano quando se apresentou em uma casa de shows em Porto Alegre (RS). Sueli era chef de cozinha do estabelecimento. O músico relata que se encantou com a esposa desde a primeira vez em que a viu.

“Eu gostei muito dela. Além disso, queria uma pessoa que me desse segurança e um suporte emocional, porque havia ficado viúvo. Logo fomos morar juntos, com os nossos filhos”, relembra.

Lúcio tinha cinco filhos e Sueli tinha três. Um ano após se conhecerem, nasceu o caçula e único filho deles juntos. Na época, eles se mudaram para Caxias do Sul (RS), onde vivem até hoje.

Antes do Alzheimer, o músico diz que a forma que Sueli encontrava para agradar a família era por meio das comidas. “Ela sempre fazia as receitas que aprendia. Era uma ótima chef de cozinha”, diz o artista.

Sintomas de Alzheimer

Foram justamente as comidas que indicaram os primeiros sinais do Alzheimer de Sueli. “A minha mãe começou a esquecer receitas. No início, parecia que era algo comum, mas depois foi se intensificando. explica Pedro Giles, de 24 anos, filho caçula do casal.

“O humor dela mudou muito e ela passou a ficar nervosa com frequência. Em razão disso, ela foi procurar ajuda médica”, diz ele.

Em 2008, após diversos exames, um neurologista apontou o diagnóstico de Sueli: Alzheimer. A doença se manifestou de modo precoce na mulher, que na época tinha 52 anos. “O mais comum é que a doença comece a se manifestar a partir dos 65 anos”, explica a psiquiatra Regiane Garrido.

Foto de 1996 de Sueli de Fátima Teixeira, brasileira que atualmente enfrenta a fase mais grave da doença de Alzheimer

Segundo a médica, o Alzheimer de início precoce costuma evoluir mais rapidamente. “Supõe-se que as alterações neuroquímicas levem anos para se manifestar como sintomas, por isso comumente acontece em idades mais avançadas. Mas quando é um paciente mais novo, ele perde as funções neurológicas em um curto espaço de tempo”, pontua.

Assim como outros casos de Alzheimer precoce, Sueli teve um avanço rápido da doença. Logo ela começou a se esquecer de pessoas e de cuidados básicos. “Em cinco anos depois da descoberta da doença, ela não sabia mais como tomar banho e esqueceu até mesmo como fazer as necessidades mais básicas. Foi muito difícil para a gente lidar com isso”, diz Pedro.

Sueli fez tratamento e recebeu ajuda médica. Mas os sintomas não diminuíram. Ela foi perdendo a coordenação, não conseguiu mais falar e, em 2015, parou de andar. Hoje, não tem mais os movimentos sobre o corpo. “Ela não tem mais domínio sobre si”, diz Lúcio. Em razão disso, ela passa os dias deitada na cama de um quarto da residência em que mora com o marido e o caçula.

A rotina com a doença

Desde o início do Alzheimer, Lúcio e Pedro estiveram ao lado de Sueli. “Eu costumo dizer que não vivi o que outras pessoas da minha idade viveram, porque quase sempre não podia sair, para ajudar a cuidar da minha mãe. Mas não me arrependo de nada disso”, conta o caçula.

Imagem mostra Pedro Giles, de 24 anos, a mãe, Sueli, e o pai, o músico Lúcio Yanel sentados em poltronas de avião. Sueli tem Alzheimer e o marido faz serenatas para ela todos os dias

Lúcio deixou parte da carreira como músico para se dedicar à mulher, uma carreira consagrada em que já tocou com Mercedes Sosa, Astor Piazzola e gravou disco com seu discípulo, o violonista Yamandu Costa.

Ele continua fazendo apresentações pelo Brasil, mas em menor quantidade. “Preciso cuidar dela, então não posso deixá-la sozinha”, explica o artista. Quando o pai tem que viajar, Pedro pede licença no serviço ou na universidade, para cuidar da mãe integralmente. Eles também contam com uma cuidadora, que os auxilia no período da tarde.

Antes de Sueli perder totalmente os sentidos, chegou a manifestar que não se recordava do marido e do filho. O esquecimento não os incomodava. “Muitas vezes, ela apontava para a janela de casa e dizia que o “Pedro” estava andando de bicicleta na rua. A lembrança que ela tinha de mim era quando eu era criança”, relata o estudante.

Apesar do Alzheimer, Lúcio prefere acreditar que a esposa se recorda deles, mesmo que não tenha manifestado isso nos últimos anos. “Tenho pra mim que ela me reconhece, porque eu peço um beijo, me aproximo e ela me beija. Ela também beija nosso filho na bochecha”, diz o músico.

“Eu penso que ela se lembra da gente. Ao longo dos anos, somente nós cuidamos dela. Ela só enxergou a gente e ouviu a nossa voz. Ela só sentiu o nosso abraço”, acrescenta.

As serenatas

Em meio à ausência de medicamentos que possam evitar a evolução do Alzheimer, Lúcio conta que optou por ter atitudes carinhosas com a mulher, que possam fazer com que esse período da vida dela seja mais tranquilo. “Desde que a minha esposa descobriu o Alzheimer, faço serenatas para ela praticamente todos os dias. Fiz isso de forma intuitiva, para alegrá-la. Depois, descobri que é uma boa alternativa para aliviar os sintomas da doença”, comenta.

Ele conta que a esposa costuma chorar em grande parte do dia, mas fica em silêncio quando o marido se apresenta para ela. “Os médicos disseram que choro é uma das características que podem ser apresentadas por pacientes com Alzheimer avançado. Em alguns momentos, ela chora porque algo a incomoda e logo resolvemos o problema. Em outros, não há nenhum motivo”, comenta Lúcio.

Imagem mostra o músico Lúcio Yanel e a mulher, Sueli, que tem Alzheimer, em 1994

“Mas sempre que ouve as serenatas, ela para de chorar. Por isso posso dizer que ela gosta das minhas canções”, diz o artista.

Com o violão, ele costuma cantar músicas do folclore pampeano – pertencente à cultura sulista— e clássicos do sertanejo, como Joâo de Barro, uma das preferidas de Yanel. “São músicas que sei que ela sempre gostou”, explica Lúcio.

O artista também costuma fazer brincadeiras bem-humoradas para a esposa. “Eu sempre faço palhaçadas, para alegrá-la. Ela não demonstra reação, mas ao menos fica mais tranquila.”

Regiane Garrido ressalta que as serenatas de Lúcio não trarão a cura para a doença da esposa. No entanto, são importantes alternativas para confortar a mulher. “É comum que os pacientes gostem das músicas, principalmente aquelas que ouviam na mocidade. A memória afetiva é uma das últimas a se perder. Ninguém vai melhorar por causa disso. Mas todo conforto a esses pacientes é bem-vindo”, diz.

As serenatas para a esposa costumam ser feitas no quarto dela. “Sento em uma cadeira ou na cama e canto”, diz. Lúcio comenta que não tem forças para levar Sueli para o pátio de casa, por isso, na maioria das vezes, faz as apresentações dentro da residência. “Somente canto fora do quarto quando meu filho está em casa no período da tarde e consegue levá-la para fora.”

Em uma das recentes vezes em que levou a mãe para fora de casa, Pedro fotografou a serenata do pai. Foi então que Lúcio decidiu fazer a publicação que viralizou. “Eu não imaginei que ele fosse usar aquela imagem, porque meu pai é artista, sempre está arrumado nas fotos e naquela estava sem camisa. Mas ele me disse que não tinha problema estar daquele jeito, porque queria compartilhar aquele momento”, relata o jovem.

Respostas

Com o sucesso da publicação, Lúcio espera conseguir respostas que possam auxiliá-lo a melhorar a qualidade de vida da esposa.

“Tudo aponta que essa doença não tem cura. Não posso esperar muita coisa. Espero que a medicina avance e encontre respostas no futuro. Hoje, quero ajudá-la a não sofrer tanto. Mas não quero nenhum medicamento que a deixe ‘grogue’ e, praticamente, morta, porque não quero vê-la assim”, diz.

“Mesmo com todas as dificuldades, eu jamais vou pensar que quero que Deus a leve. Por mais difícil que seja, quero que ele deixe a minha esposa aqui, porque eu me encarrego de cuidar dela.”

Fonte: https://www.bbc.com

O ‘vovô da UTI’, que há 12 anos se voluntaria a dar colo a bebês doentes

Ele está sempre pronto para acalmar um bebê doente. David Detuchman é conhecido como o ‘avô da UTI’, em um hospital de Georgia, nos Estados Unidos.

“Às vezes, eles choram, porque se sentem incomodados: a enfermeira está trocando a fralda deles ou mexendo nos equipamentos”, diz ele.

“Assim que colocam o bebê no meu colo, eu só sinto que por falar com eles suavemente, abrançando aconchegantemente, isso causa um impacto, e dá para ver no rosto da criança.”

Ele é voluntário na UTI há 12 anos, desde que se aposentou. A missão dele é acalentar bebês doentes, na ausência dos pais. E ele diz que não vai parar tão cedo…

“Alguns dos meus amigos me perguntam o que eu faço aqui e eu digo, ‘dou colo a bebês’”, relata David.

“Às vezes eles vomitam em mim, fazem xixi na minha roupa. É ótimo. Eles perguntam: ‘Por que você faz isso?’. Eles simplesmente não entendem como pode ser gratificante carregar um bebê assim.”

Fonte: https://www.revistaprosaversoearte.com

Supermercados criam programa para contratação de idosos

Rio – Nesta quinta-feira, no Dia do Aposentado, o público da terceira idade revela uma necessidade comum: o retorno ao mercado de trabalho, onde visam complementar a baixa renda da aposentadoria. No comércio, para quem está pensando em ter uma nova ocupação, vale a pena recorrer aos programas de incentivo à contratação de candidatos que estão com idade mais avançada. As oportunidades, disponíveis em grandes redes de supermercado, ficam abertas por tempo indeterminado.

No Prezunic, por exemplo, o programa Talentos Experientes faz esse serviço. Do quadro de funcionários, 25% correspondem a pessoas mais maduras. O auxiliar de operações Geraldo Serenário, contratado aos 77 anos, conta que a idade o impedia de conseguir uma nova ocupação.

“Quando ia deixar o currículo, pedia logo para a pessoa abrir o jogo e dizer se havia algum problema em relação a minha idade. Eles acabavam reconhecendo que não contratavam idosos”, lembra Geraldo, que nem pensa em se entregar à aposentadoria.

Interessados podem cadastrar o currículo no Banco de Talentos da empresa, no endereço www.vagas.com.br/cencosudbrasil. O salário é compatível com o mercado, e os benefícios são plano de saúde, plano odontológico, seguro de vida, participação nos lucros, alimentação em loja e vale transporte.

Balconista de hortifruti, fiscal de prevenção, repositor, açougueiro e laticínios são algumas das 15 vagas disponíveis pelo SuperPrix esta semana. Convênios com faculdade, farmácia e cursos de inglês estão entre os benefícios. O processo de seleção é via recrutamento@superprix.com.br.

A operadora de caixa Liete Augusto, 67 anos, justifica o trabalho: aumento de renda. “Mas também gosto de me sentir parte da equipe”, afirma.

A rede do Mundial tem atuação parecida nos processos seletivos com o programa “Todo mundo no mercado”. As lojas estão recebendo currículos de empacotadora, operador de supermercado e operador de serviços gerais. Os candidatos interessados devem enviar o currículo para curriculorh@supermercadosmundial.com.br ou levar diretamente ao SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente) da filial mais próxima da residência.

43% sustentam família

Uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostrou que 21% dos aposentados entrevistados retornaram ao mercado de trabalho, e quase 50% deles têm as finanças como motivo. Além disso, 43% deles são os principais responsáveis pelo sustento da casa.

Fonte: https://odia.ig.com.br