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Instituto de Longevidade oferece cursos gratuitos para quem deseja cuidar do físico e do mental durante a pandemia

Você certamente já ouviu muitas vezes o ditado “mens sana in corpore sano” ou, traduzindo, “mente sã, corpo são”. A famosa citação latina, derivada da “Sátira X”, foi escrita pelo poeta romano Juvenal como resposta à questão sobre o que as pessoas deveriam desejar na vida: “Deve-se pedir em oração que a mente seja sã num corpo são”.

 

Embora o poeta tenha vivido entre os anos 60 e 127 d.C., a frase ainda se mostra bastante atual, principalmente em época de pandemia provocada pelo novo coronavírus e seu consequente isolamento social.

 

“Não se trata de um único sentimento, mas de um conjunto de emoções que requer um tempo para ser elaborado”, afirma a psicóloga e hipnoterapeuta da Epopeia Desenvolvimento Humano, Sabrina Amaral. De acordo com a especialista, todas as pessoas passam pelas etapas do luto, que são: negação (achar que não é nada demais, por exemplo), raiva (sentir revolta e buscar culpados), barganha (procurar um meio-termo e alguma recompensa), depressão (angustiar-se, desanimar e chorar) e aceitação (reagir e ir atrás de alternativas para recuperar o equilíbrio emocional).

 

A questão principal é que, para muitos, a fase da aceitação demora a chegar. E aí os problemas podem ser muitos, como aumento dos casos de violência doméstica e de divórcios. Por isso, o Instituto de Longevidade Mongeral Aegon está oferecendo uma série de cursos gratuitos para ajudar você a manter a saúde do seu corpo e da sua mente durante a quarentena. Confira abaixo a lista disponibilizada para você.

 

Cursos gratuitos para você cuidar do corpo e da mente

 

Ginástica laboral

 

O curso é baseado na metodologia desenvolvida por Paula Girardi e Dayana Furtado e tem como objetivo identificar o que é, na prática, a ginástica laboral, trazendo uma série de exercícios e alongamentos. O programa também apresenta os benefícios da atividade para as empresas.

 

Introdução às técnicas de concentração e relaxamento

 

Desenvolvido pelo jornalista e especialista no tema Mauro Alessi, o programa explica como funciona o cérebro em momentos de relaxamento e dá dicas de como aumentar a capacidade de concentração.

 

Motivação: nós sabemos onde ela está

 

O curso apresenta uma nova dimensão da motivação. O que é, o que é preciso ser feito e os mitos da motivação são alguns dos tópicos abordados. O programa também aborda questões como o que é um estímulo e apresenta os modelos que algumas pessoas usam para ficarem motivadas, além dos princípios que impulsionam e os que dificultam a motivação.

 

Nutrição

 

Você já ouviu a expressão “Você é o que você come”? A boa nutrição depende de uma dieta regular e equilibrada, ou seja, é preciso fornecer às células do corpo não somente a quantidade, mas também a variedade adequada de nutrientes importantes para seu bom funcionamento. Uma boa alimentação é garantia de uma vida saudável, e este curso ajuda na busca por essa qualidade de vida.

 

Os benefícios dos exercícios físicos para o seu coração

 

Você sabe o que é preciso fazer para começar um programa de exercícios físicos? Neste curso, o fisioterapeuta e professor de educação física Rafael Macedo, do Hospital Constantini, aponta os cuidados necessários antes da realização de qualquer prática de exercícios físicos, além de abordar os benefícios desses exercícios para o seu coração.

 

Resiliência: uma competência essencial

 

Resiliência é um tema que tem despertado a curiosidade devido à sua crescente presença no mundo organizacional. Neste estudo será trabalhado o conceito de resiliência, situando-o a partir de sua origem na Física e sua transformação para ser pensado como uma competência na área organizacional e de desenvolvimento humano. A atitude pró-ativa será trabalhada em oposição às formas submissa e reativa como um dos pilares da resiliência.

 

Talk-show: Nutrição e cuidados com obesidade

 

Nesta entrevista, a nutricionista Carolina Neiva explica os malefícios causados pela falta de uma alimentação saudável, conjugados com o uso desenfreado de elevadores, controles remotos e outros confortos proporcionados pela tecnologia. Estes e outros hábitos, como trabalho em excesso, vêm gerando pessoas sedentárias, inativas, obesas e estressadas. Ela encerra a entrevista com dicas de nutrição para uma boa qualidade de vida.

 

Ficou interessados nos cursos gratuitos oferecidos pelo Instituto de Longevidade? Então clique aqui e se inscreva para ter acesso aos conteúdos.

 

Fonte: Instituto da Longevidade.

Cuidados com os pés: os erros mais comuns ao escolher um sapato

Quais são os erros mais comuns ao escolher um sapato? Para responder a essa pergunta, o portal do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon conversou com dois especialistas em cuidados com os pés, o ortopedista José Antônio Veiga Sanhudo, vice-presidente da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia de Tornozelo e Pé (ABTPé), e a podologista Karina Silva Barros, coordenadora técnica da Doctor Feet.

 

Na hora da compra, dizem os especialistas, conforto deve ser a palavra de ordem. “Tem que ter espaço para movimentar o pé ao levantar e ser confortável tanto no calcanhar quanto no meio do pé”, pontua Karina.

 

Um dos equívocos mais comuns, segundo ela, “é optar por um sapato apertado, com a expectativa de que ele ‘folgue’ com o uso”. Ou o contrário, escolher um maior para durar mais e colocar jornal ou algodão na ponta. “Por ser um volume a mais, pode causar trauma nas lâminas das unhas e deformação dos artelhos, além de favorecer o surgimento de micoses”, adverte.

 

Cuidados com os pés ao escolher o calçado

 

Tipo de pisada

 

São três tipos de pisada: normal, em que a pessoa pisa com o pé alinhado, distribuindo equilibradamente o peso corporal; supinada, quando se pisa mais com a borda externa do pé e impulso no dedinho; e pronada, em que a pessoa joga o peso para a parte interna do pé, tomando impulso com o dedão.

 

“Quem tem pisada neutra acomoda-se bem em uma variabilidade maior de calçados, mas não podemos extrapolar e dizer que se adaptam a qualquer tipo de calçado”, explica o ortopedista. “Já quem tem pisada supinada ou pronada precisa de mais estabilidade, portanto não é indicado utilizar sapatos e sandálias macios demais”.

 

“Na verdade, não existe um sapato específico para cada tipo de pisada, mas sim sapatos que acomodam melhor cada tipo pé”, complementa a podóloga. Ao escolher o calçado, “a pessoa tem que observar se o pé dela se encaixa direitinho no calçado”.

 

E exemplifica: “Para um pé mais fino e cavo, o salto não é indicado, pois não dá apoio no arco do pé, o que provoca calos e pode causar queda. Já um pé plano precisa de um calçado mais largo e de sola rígida para dar sustentação ao pé e não danificar facilmente, porém com palmilha confortável”.

 

Segurança e conforto

 

Para as mulheres

 

Sapatos e sandálias com salto meia pata são mais seguros do que os de salto alto. Isso porque acabam “diminuindo” o salto, ao reduzir a diferença de altura entre ele e a parte frontal do calçado. Ou seja, se o salto tiver sete centímetros e a meia pata três, é como se o salto tivesse apenas quatro centímetros. “O salto grosso é mais confortável, mas não deve ser usado com frequência”, sugere a podóloga. “Quanto mais apoio nos pés, melhor.”

 

Rasteirinhas, independentemente do modelo, “nunca são totalmente seguras”, diz Karina. “Elas possuem solados duros – uns modelos mais e outros menos –, geralmente são escorregadias e não possuem algo essencial que é a elevação do calcanhar, sendo, assim, um tipo de calçado que não dá estabilidade ao pé e faz com que a pessoa force demais a musculatura na hora da marcha.”

 

E as sapatilhas, segundo ela, também não devem ser usadas regularmente. “Por não dar sustentação ao pé e ser aberta no dorso, ela aperta os dedos e o calcanhar para não sair do pé. Pelo ponto de vista postural, esse tipo de calçado também é péssimo. Outro detalhe é que as mulheres usam sem meia, o que pode provocar odores causados por microrganismos do suor e infecções nas unhas.”

 

Para os homens

 

Os calçados masculinos, por não terem salto alto, não apresentam os distúrbios de pressão e as alterações biomecânicas da marcha dos femininos. “Calçados com solado emborrachados e com a câmera anterior alargada costumam ser os mais confortáveis”, pontua Sanhudo. Dê preferência a calçados de couro natural, “pois permitem uma maior ventilação do que os de material sintético”.

 

“Já os chinelos apresentam as vantagens de serem calçados abertos, que permitem mobilidade dos artelhos, mas habitualmente apresentam solados com baixa absorção de impacto e, por não terem fixação na parte de trás do pé, não conferem grande estabilidade durante a marcha”, adverte.

 

Para ambos

 

O solado deve ser antiderrapante, de preferência, para dar mais segurança. E isso vale para todo tipo de pisada.

 

Cuidados com os pés: escolha do tênis

 

Alguns cuidados devem ser tomados, especialmente para os praticantes de corrida, explica o ortopedista: se você exercita-se diariamente, procure alternar o tênis que usa, “porque a resiliência do calçado [capacidade de recuperar as suas características originais, especialmente as relacionadas à absorção de impacto] costuma ser superior a 24 horas”.

 

Além disso, evite lavá-lo, “porque a umidade enfraquece as costuras e diminui a vida útil”; e respeite a validade, que, “suporta bem 500 quilômetros de uso, mas depende do peso do corredor e do tipo de terreno, entre outros fatores”.

 

Cuidados com os pés ao experimentar o calçado

 

Tamanho

 

O tamanho dos calçados varia entre marcas e estilos. “Não escolha um calçado pelo número impresso, sem experimentá-lo”, afirma Sanhudo. Também não compre um que esteja apertado, com a esperança que ceda com o uso, “pois isso pode ocorrer às custas de bolhas, calosidades ou outras lesões mais graves”.

 

Também é necessário prestar atenção à ponta dos dedos. “É preciso uma folga na extremidade, para que eles não se deformem em garra. Deve haver ainda um espaço acima dos dedos, para que consigam se movimentar um pouco, pelo menos.”

 

Habitualmente, explica o ortopedista, temos um pé maior do que o outro. “Experimente os dois pés e certifique-se de que ambos estejam confortavelmente vestidos.” Por fim, lembre que, com o tempo, “o tamanho do seu pé pode mudar e você pode precisar de um calçado maior do que você usava anteriormente”.

 

Horário da compra

 

O melhor momento para experimentar calçados é no final da tarde ou à noite. “Os pés incham em maior ou menor proporção durante o dia, por isso procure comprar calçados no final do dia, quando seus pés estão mais inchados”, finaliza o médico.

 

Palmilhas

 

Existem dois tipos de palmilhas: as de silicone e as ortopédicas. No primeiro caso, elas são fabricadas com materiais que amortecem o impacto sobre as articulações. Já as ortopédicas, segundo a podóloga, “são produzidas sob medida com a principal finalidade de modificar a inclinação corporal e amenizar a tensão sobre os músculos responsáveis pelo equilíbrio do corpo” – e, com isso, ajudam no tratamento de dores e problemas que acometem todo o sistema locomotor: pés, pernas, joelhos, calcanhares, quadris, costas e tornozelos.

 

Consequências de uma escolha inadequada

 

“A escolha inadequada de um calçado pode ocasionar sérios danos à saúde”, segundo Karina. Os primeiros sintomas são a formação de bolhas e calos, principalmente nos dedos e no calcanhar, dor na face plantar do pé e desconforto ao caminhar. “Ao insistir no modelo, a pessoa pode enfrentar a formação de neuromas [tumor nos nervos], calosidade nas regiões interdigitais e plantares, acentuação e desenvolvimento de joanete e fascite plantar [inflamação na sola do pé].”

 

Fonte: instituto da Longevidade.

Pesquisa revela a importância da atividade física para idosos

Em uma das pesquisas mais amplas sobre o tema já realizadas em todo o mundo e publicada no periódico científico European Journal, pesquisadores da Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul, jogaram luz sobre a importância da atividade física para prevenir doenças cardíacas entre pessoas com mais de 60 anos.

 

Analisando 1,1 milhões milhão de idosos, descobriram que os que reduziram a intensidade da prática de exercício à medida que envelheciam tinham um risco 27% maior de desenvolver problemas cardiovasculares. Por outro lado, os que aumentaram seus níveis de atividade física conseguiram reduzir esse risco em até 11%.

 

Além de manter ou intensificar a frequência de exercícios para prevenir doenças cardiovasculares, Kyuwoong Kim, coordenador do estudo, sugere que, do ponto de vista clínico, os médicos prescrevam a atividade física junto com outros tratamentos recomendados para pessoas com alto risco de doença cardiovascular.

 

Juliana Soares, cardiologista do Hospital Israelita Albert Einstein, corrobora: “As terapias tanto preventivas quanto de tratamento de doenças cardiovasculares contemplam exercícios físicos, mesmo com o uso de medicações”.

 

E ressalta a importância da atividade física. “As que contemplem cerca de 150 minutos semanais são extremamente benéficas. Desta forma, aumentar a frequência e/ou duração dos treinos, com adequada orientação, é o ideal”, sugere.

 

Recomendações da OMS

 

A Organização Mundial de Saúde traçou algumas diretrizes para orientar programas de promoção à atividade física por faixa etária.

 

A partir dos 65 anos, ela recomenda:

atividades de lazer (como caminhadas, dança, jardinagem e natação)

locomoção (a pé ou pedalando)

ocupacionais (se a pessoa estiver trabalhando)

tarefas domésticas

jogos, esportes e exercícios, de preferência na companhia de amigos, grupos ou família

 

“A atividade física traz uma série de benefícios, como o incremento da capacidade física e mental, contribuindo para manutenção da força muscular, da função cognitiva, da redução da depressão e de eventos cardiovasculares, além de contribuir para a interação social”, observa a cardiologista.

 

Assim, reforça, “ela deve contemplar exercícios aeróbicos e de flexibilidade, equilíbrio e força muscular”. A OMS sugere 150 minutos semanais de atividade aeróbica de intensidade moderada ou 75 minutos de alta intensidade, sendo possível combinar os dois tipos para atingir essa meta mínima.

 

Segundo a cardiologista, a frequência cardíaca é um parâmetro da intensidade cardiovascular da atividade física: “No entanto, é fundamental atentar-se para a sensação de cansaço e tolerância à atividade, que deve ser individualizada”.

 

Da mesma forma que os adultos mais jovens, a OMS indica exercícios de fortalecimento dos músculos, envolvendo os grandes grupos musculares, praticados em dois ou mais dias da semana.

 

Para os idosos que estiverem em boa condição física, sugere aumentar o tempo dedicado para 300 minutos por semana, no caso de atividades de intensidade moderada, ou 150 minutos, no de alta intensidade. Mas a cardiologista adverte: “É fundamental, nestes casos, supervisão médica”.

 

A importância da atividade física dos idosos na quarentena

 

Em tempos de pandemia e isolamento social, Carla Gutschov, fisioterapeuta especialista em gerontologia e reabilitação pós-Covid, sugere que idosos que já estavam realizando exercícios físicos continuem em programas on-line.

 

“Para os que estavam totalmente sedentários, o aconselhável é caminhar dentro de casa, movimentar pernas e braços, mas nada muito intenso e nem brusco.” Isso porque há maior risco de quedas.

 

Ela lembra que ter uma rotina é fundamental para manter-se ativo: “Arrumar a cama, tomar banho, lavar louça e fazer atividades simples do dia a dia, que mantêm o corpo e a cabeça sempre em movimento”.

 

Entre os principais benefícios da atividade física para idosos, estão:

 

Redução dos índices gerais de mortalidade, principalmente nos casos decorrentes de doenças cardíacas, pressão alta, derrame, diabetes tipo 2, câncer de cólon e mama;

 

Fortalecimento do desempenho cardiorrespiratório

Manutenção da massa muscular

Incremento na constituição óssea

Redução do risco de quedas

Melhora geral na saúde funcional

Progresso nas funções cognitivas

Mais qualidade de vida

 

Fonte: Instituto de Longevidade. 

Em Curitiba estudantes criam projeto para combater fake News entre idosos

Estudantes de medicina, desenvolveram em Curitiba, um projeto para auxiliar idosos a identificarem falsas notícias sobre o coronavírus. O objetivo é ajudar essas pessoas, que mesmo estando nas redes, sentem dificuldade em obter informações de fontes confiáveis.

 

O trabalho funciona através de um grupo de mensagens que Andressa Martins e Loyse Bohn, idealizadoras do projeto, criaram para acadêmicos ficarem a disposição, para que tirem dúvidas e chequem informações sobre a pandemia,

 

Segundo Loyse Bohn, uma boa oportunidade para os estudantes entenderem as demandas da população. O projeto foi replicado por outros acadêmicos da região sul, envolvendo mais de 300 estudantes.

 

Fonte: XV Curitiba.

Residentes da Asan participam de tarde musical com o Projeto Carinhoso

A tarde dessa quinta-feira, 17, foi de música e alegria para os 75 residentes da Associação de Auxílio aos Necessitados (Asan) de Santa Cruz do Sul. Por volta das 15 horas, o trio elétrico do Projeto Carinhoso estacionou no pátio da instituição, localizada na Rua Padre Luiz Müller, 491, Bairro Bom Jesus. Do alto de uma Kombi adaptada e cumprindo as medidas de segurança e distanciamento, a cantora Juliana Müller e os músicos Billy Vitale (violão e teclado) e Carlos Procat (baixo) apresentaram um repertório de quatro músicas – As Mocinhas da Cidade, Moreninha Linda, Carinhoso e Oh Isabella. Para assistir ao espetáculo, os idosos foram acomodados em bancos sob à sombra das árvores.

 

Impossibilitados desde março de receber visitas e viver experiências fora da Asan, por conta da pandemia, a iniciativa promovida pelo Sesc/RS e Secretaria Municipal de Cultura, com o patrocínio da Kopp Tecnologia, buscou proporcionar momentos de alegria aos idosos, como explica a agente de Cultura e Lazer do Sesc, Lisiane Santos de Vargas Camargo. “Queremos proporcionar lazer, entretenimento e cultura para aquelas pessoas que, muitas vezes, não têm acesso a isso. É uma forma de expressar afeto e carinho a elas”, conta. O projeto, que teve início em janeiro deste ano, teve que ser adaptado em razão da pandemia. “A proposta inicial era fazermos apresentações de dança, teatro e música e oficinas de artesanato. Enfim, uma tarde bem agradável. Mas tivemos que reduzir a apresentação a apenas três músicos em forma de trio elétrico.”

 

Em meio à apresentação, o venâncio-airense Ecildo Schlosser, de 81 anos, que é residente na Asan há três anos, chamou atenção ao retirar de uma pochete uma gaita de boca e tocar junto com os músicos. “Eu gosto muito de música, e as apresentações que são realizadas aqui sempre nos trazem alegria, são muito boas. Quando eu era novo gostava muito de dançar e hoje sinto falta desta época”, diz.

 

Após a apresentação, que durou cerca de 30 minutos, o trio elétrico do Projeto Carinhoso partiu para o Residencial Geriátrico Carinho e Companhia, para uma apresentação no mesmo formato, realizada no pátio da instituição. Logo depois, foi a vez de demonstrar agradecimento em forma de carinho aos funcionários do Hospital Santa Cruz que trabalham na linha de frente contra o coronavírus. Até o fim do ano, o projeto pretende realizar uma apresentação por mês.

 

Doações

 

A Asan necessita de doações para manter o atendimento com qualidade. Segundo o coordenador Marco Moraes, todas as contribuições são bem-vindas. “A comunidade sempre nos auxiliou com muitas doações, mas neste período de pandemia tivemos uma redução significativa. Não estamos ainda com grandes dificuldades, mas a gente percebe que num futuro bem próximo, isso vai acontecer.” Entre os itens que a instituição mais necessita estão gêneros alimentícios, produtos de higiene pessoal e materiais como álcool, álcool em gel e luvas cirúrgicas. As doações podem ser entregues na portaria da instituição de segunda a sexta-feira, das 8 horas às 11h30 e das 13h30 às 17 horas. Informações pelo telefone 3713 3990.

 

Fonte: Gaz.

Idosos: laços sociais para um envelhecimento saudável

No dia 27 de setembro será celebrado o Dia Nacional do Idoso. A data foi estabelecida em 1999 pela Comissão de Educação do Senado Federal e serve para refletir a respeito da situação do idoso no País, seus direitos e dificuldades.

 

A psicóloga geriatra e neuropsicóloga, Lisandra Garcia, comenta que eles desempenham um papel fundamental na história, principalmente ao passar os valores aprendidos ao longo da própria trajetória. “O vínculo com a história, cultura, vivências, faz com que o idoso crie oportunidades para que ele compartilhe com outras pessoas suas memórias, resgatando as boas lembranças da sua vida”, destaca.

 

Assim, nada mais justo uma data específica para aqueles que fazem com que não esqueçamos nossa essência e nos permite a oportunidade de aprender com os que já passaram por tantos anos de vida.

 

Na opinião da psicóloga, há projetos e ações para que os serviços qualificados sejam alcançados por toda a população idosa. No entanto, muito tem se discutido acerca do assunto. “A terceira idade precisa de um olhar clínico mais detalhado e inovador”, enfatiza, citando, ainda, que o número de idosos aumenta gradativamente e, com isso, precisa haver mais recursos. “Penso que um enfoque que ganha espaço é sobre o que é envelhecer com qualidade de vida, respeito e admiração. Contudo, ainda é necessário muita reflexão, estudo e empatia para compreender a Geriatria”, ressalta.

 

Desafios

 

Lisandra pontua que os idosos enfrentam alguns desafios no cotidiano, entre os quais está a falta de interação com outras pessoas. Uma das alternativas para auxiliar na superação é a ajuda dos familiares. “Com esse apoio, eles se sentirão mais amados e dispostos para encarar os problemas do seu dia a dia. Costumo dizer que a família é nossa base”, reitera, acrescentando: “Atuo como psicóloga geriatra há cerca de dez anos e é encantador saber que, ser idoso não significa estar sozinho, mesmo porque há uma diferença entre isolamento e solidão. No entanto, não podemos classificar essa população em uma única maneira, pois há uma multiplicidade de condições que diversos idosos podem e devem vivenciar, definindo suas características”, alerta.

 

Segundo a psicóloga, muitas coisas estruturam a individualidade de cada um de nós, tais como a história de vida e as necessidades de suporte. “Nossos queridos precisam de novos laços sociais para obter um envelhecimento saudável e um autoconhecimento elevado, por meio de atividades que atendam seus repertórios de interesses e gostos, tais como arte, política, história ou dança. Devemos nos importar mais com suas histórias, para que eles possam lidar com seus ganhos, perdas e limitações de maneira natural e saudável”, declara.

 

Envelhecer bem depende de um equilíbrio favorável entre as perdas e os ganhos trazidos por esse processo. “É preciso compreender que, cada um de nós, em diferentes fases da vida, temos desafios e objetivos a serem cumpridos e isso não é diferente na velhice. A terceira idade precisa ser vivida”, reforça.

 

Fonte: Jornal Bom Dia.

Idosos: mestres da nova ordem

Existem hoje, no Brasil, cerca de 22 milhões de pessoas com mais de 65 anos. Os idosos fazem parte de uma parcela da população que cresceu 20% somente nos últimos seis anos. Para Marcelo Neri, economista da Fundação Getúlio Vargas/RJ e coordenador da pesquisa “Onde estão os idosos – Conhecimento contra a Covid-19”, “a pandemia pega o Brasil num momento que a população de idosos é grande, crescente, mas se fosse daqui a 50 ou 30 anos, o problema seria ainda mais relevante.” Dados mostram que, em 2050, serão cerca de 67 milhões de idosos no país, representando 31% da população.

 

Dona Tuca desabafa: "Essa pandemia tá maltratando a gente que é velho"
Dona Tuca desabafa: “Essa pandemia tá maltratando a gente que é velho”
Desde o início da pandemia da covid-19, especialistas têm alertado para a vulnerabilidade da população idosa em relação ao vírus. A poeta, escritora e compositora Dona Tuca, que vive na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, desabafa: “Essa pandemia tá maltratando a gente que é velho, esse negócio da gente ficar assim só dentro de casa”.

 

O médico e gerontólogo Alexandre Kalache explica que “nós temos, indubitavelmente, uma resposta imunológica, à medida que envelhecemos, mais fraca do que uma pessoa que tenha 30 anos e que não tenha comorbidade.”

 

Nalva Nóbrega tem 92 anos e vivem em Natal, Rio Grande do Norte. Para ela, o importante é ocupar a mente nesta fase da vida. Durante a pandemia ela segue fazendo o que mais gosta: “o piano me prende ultimamente, eu chego a colocar o telefone na estante e toco e ligo para os meus amigos. Pra dizer que estou viva, minha gente, estou aqui em Natal mas to tocando piano pra vocês.”

 

Para Alexandre Silva, médico e gerontólogo, quando hoje se fala do idoso vulnerável, é preferível dizer que ele está em vulnerabilidade: “Se você tem um idoso que consegue chegar cheio de saúde, ele não está exposto aos riscos da Covid-19 da mesma forma que uma pessoa idosa que não tenha uma boa condição de saúde.”

 

No recente estudo da FGV/Rio outro dado chama atenção. A pesquisa mostra que, no Brasil, a proporção de idosos chefes de domicílios é duas vezes maior que a do conjunto da população. “Isso devido às políticas que o Brasil faz de proteção de aposentadoria e políticas de assistência”, explica Marcelo Neri. A aposentada Deyse Diele cuida do neto desde que ele nasceu: “Eu comecei a arcar com todas as despesas do Ben, desde plano de saúde, vestuário, alimentação. Se eu não tivesse a minha aposentadoria ia ser muito difícil manter o nível que eu tenho com o Ben”. Para Alexandre Kalache, com a pandemia do novo coronavírus, a questão econômica ficou mais exacerbada e ele faz um alerta: “Proteja seus velhinhos, porque se ele se for, vocês é que vão sofrer as consequências econômicas daquela perda.”

 

O uso cada vez maior dos recursos tecnológicos por esta parcela da população é outro tema que se tornou extremamente relevante durante a pandemia. Muitos idosos estão descobrindo um mundo novo, como no caso da atriz Suely Franco. Reclusa em sua casa no bairro da zona sul do Rio de Janeiro, ela confessou que ainda tem dificuldade em lidar com a tecnologia. Mas, recentemente, a atriz abriu uma conta no Instagram para postar vídeos: “Uma amiga encheu a minha cabeça porque eu gosto muito de contar piada. Ela que faz tudo, não sou eu. E quando tem alguma outra coisa pra fazer é meu filho que faz.”

 

Para a antropóloga Mirian Goldenberg há uma falsa percepção de que os idosos são incapazes de usar a tecnologia: “Eu pesquiso pessoas de mais de 90 anos que usam perfeitamente o celular, a internet, aqueles que têm interesse por isso. E outros não. Não porque são idosos, mas porque não gostam. O que não significa que eles estão isolados porque eles podem se comunicar com as pessoas que amam por telefone, como sempre fizeram antes da pandemia.”

 

Sempre com um sorriso largo no rosto, Suely Franco se diverte com suas próprias histórias e completa: “Eu estou sempre falando pelo telefone, porque eu não sei lidar com celular. Celular pra mim é só pra atender. Atender, falar e discar”.

 

FICHA TÉCNICA:
Reportagem e edição de texto: Luciana Góes
Edição de imagens: Eric Gusmão
Produção Executiva: Elisabete Pinto
Produção: Natalia Neves
Imagens: Sandro Tebaldi

 

Fonte: TV Brasil.

Especialistas alertam: cuidados com a saúde mental dos idosos evitam outras doenças

O isolamento ocasionado pelo novo coronavírus está trazendo um alerta para famílias que têm idosos vivendo sozinhos em casa: o reflexo da saúde mental na saúde física. Profissionais da área de saúde que atuam no cuidado destes pacientes relatam o desenvolvimento de doenças que comprometem a saúde mental e podem afetar o restante do organismo, acarretando em um cenário favorável para o adoecimento físico.

 

“Pessoas que enfrentam quadros de estresse, ansiedade e depressão são afetadas. Elas podem apresentar uma redução da imunidade, maior suscetibilidade de infecções, não só do covid-19, mas pneumonias e infecções urinárias que são mais frequentes em idosos”, considera o geriatra Kleber Xavier.

 

A psicóloga Regina Celebrone, doutora em distúrbios da comunicação que atende idosos há quase duas décadas, destaca a importância do afastamento dos corpos para evitar o contágio, mas da aproximação emocional para preservar a saúde física e psicológica. Para ela, as redes de apoio são fundamentais durante o distanciamento social. “A qualidade de pensamentos, de emoções e afetos atingem diretamente o corpo. A saúde mental está ligada ao biopsicossocial. Neste momento, como os relacionamentos sociais estão tolhidos, cerceados, isso vai interferir na qualidade psicológica e física”, explica Regina.

 

ATENÇÃO E CUIDADOS

 

Os familiares dos idosos podem contribuir muito para amenizar os riscos de desenvolvimento de doenças durante a pandemia. Conversas interessantes sobre histórias antigas e inclusão em atividades interativas são exemplos de acolhimento.

 

Para o geriatra, os idosos que estão vivendo o isolamento acompanhados têm apresentado uma resposta melhor aos desafios do que aqueles que estão completamente sozinhos. “A gente observa que idosos que estão em quarentena com outros idosos, casais, familiares e casas de repouso, têm estímulos para contato, estão produzindo e tendo algum tipo de resposta na questão psicossocial”, explica Kleber Xavier.

 

ALTERNATIVA QUE FAZ BEM

 

Para familiares que não podem estar perto dos idosos constantemente, as casas de hospedagem são uma boa opção. Muitas delas adaptaram o atendimento para proteger os seus hóspedes da contaminação contra a covid-19, mas intensificaram as atividades sociais, físicas e a interatividade com amigos e familiares. “Beijos e abraços foram suspensos temporariamente, mas incluímos chamadas de vídeo e áudio diária com os para que eles possam ver e ouvir mães e avós que estão hospedadas conosco”, afirma a fundadora da Solary, Roberta Bombonatto.

 

CUIDADOS ESPECIALIZADOS

 

Atividades físicas também fazem parte do cotidiano das idosas que participam de aulas de dança, música e fazem fisioterapia. “A interação aumenta para espantar a ansiedade, estresse, tristeza e sentimento de abandono. Doenças oportunistas podem ser geradas com idosos fragilizados”, destaca Jane Mendes, responsável técnica da Solary.

 

Fonte: Folha Vitoria