Idosos mais ativos lançam luz sobre ameaça da catarata

Uma das principais causas perda da visão e bastante comum, a catarata tem levado idosos a procurarem cada vez mais cedo os consultórios oftalmológicos.

Considerada uma das principais causas de perda da visão e bastante comum na terceira idade, a catarata tem levado idosos a procurarem cada vez mais cedo os consultórios oftalmológicos. Mais ativos, eles percebem os sintomas com maior facilidade e, temendo comprometer as atividades de rotina, recorrem ao tratamento para preservar sua autonomia.

“Inicialmente, o paciente começa a notar uma alteração na qualidade da visão. Ele começa a não ver mais as cores com tanto brilho, a não perceber as imagens com tanta nitidez. Num segundo momento, ele começa a notar uma perda também na quantidade da visão”, explica a médica oftalmologista Bruna Ventura, do Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE), sobre os primeiros sintomas do problema. “O tipo mais comum de catarata é a relacionada à idade, chamada de catarata senil, que geralmente se manifesta a partir dos 50 anos”, ela complementa.

O aumento da expectativa de vida em todo o mundo ajuda a explicar dois fenômenos observados atualmente nos consultórios oftalmológicos: o aumento no número de pacientes acometidos pela catarata e uma maior procura por tratamento, já que os idosos estão mais ativos e percebem suas atividades prejudicadas com o comprometimento da visão.

A oftalmologista Bruna Ventura diz que a cirurgia é indicada a partir do momento em que a doença interfere na visão do paciente. Foto: Ademara Thalita/DP

Caracterizada pela opacificação do cristalino do olho, lente natural responsável por propiciar o foco da visão, a doença pode afetar apenas um dos olhos ou ambos. “Todo mundo nasce com uma lente transparente dentro do olho, como se fosse a lente de um óculos. A catarata nada mais é do que o processo pelo qual esse cristalino, que era transparente, começa a sofrer alterações e perder sua transparência”, detalha Bruna Ventura.
Há, além da catarata senil, outros tipos de catarata, com as decorrentes de traumas, do uso prolongado de corticoides, de mudanças metabólicas oriundas de doenças sistêmicas e, ainda, as do tipo congênita. “As crianças que nascem com catarata são identificadas através do teste do olhinho, que deve ser feito na maternidade ou nos primeiros dias de vida. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são muito importantes na população pediátrica, uma vez que a visão está em desenvolvimento”, alerta a médica.
Os prejuízos vão desde o aumento no risco de quedas e acidentes até o desenvolvimento de outras complicações. O tratamento, contudo, através do uso de aparelhos de última geração, é rápido e efetivo. “A cirurgia é indicada a partir do momento em que a doença interfere na visão do paciente. A cirurgia não provoca dor e o paciente já sai da sala de cirurgia enxergando melhor. No pós-operatório, não há restrições ao uso de celulares e computadores. É recomendado evitar contato com muitas pessoas, ambientes externos e pegar peso ou fazer esforço físico”, recomenda Bruna Ventura.

Caracterizada pela opacificação do cristalino do olho, lente natural responsável por propiciar o foco da visão, a catarata pode afetar apenas um dos olhos ou ambos. Foto: Arquivo DP

Fonte: https://www.diariodepernambuco.com.br

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