Outubro Rosa – O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima 59.700 novos casos no país em 2018. O Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) registrou 14.388 mortes por esse tumor em 2013, sendo 181 homem e 14.206 mulheres.
A POSSIBILIDADE DE DIAGNÓSTICO DE CÂNCER DE MAMA AUMENTA COM A IDADE. QUANTO MAIOR A IDADE, MAIOR O RISCO DA DOENÇA, QUE APARECE COM MAIS FREQUÊNCIA ACIMA DOS 50 ANOS. MAS AQUI CABE UM ALERTA, O NUMERO DE JOVENS DIAGNOSTICADAS TEM AUMENTADO GRADATIVAMENTE.
Mesmo nesse cenário de aumento de incidência, há boas notícias. “A cura nos tumores iniciais de mama é bastante alta e estamos melhorando muito no tratamento do câncer de mama avançado”, avisa o oncologista Antonio Buzaid, um dos fundadores do Instituto Vencer o Câncer (IVOC). Conhecer o que há de novo sobre a doença ajuda pacientes e médicos a buscarem melhores soluções para cada caso.
O oncologista comentou sobre alguns desses importantes avanços no tratamento em entrevista durante o VII Simpósio Internacional Multidisciplinar de Câncer de Mama, realizado no final de setembro, em São Paulo. “O nosso congresso de mama tem a finalidade de atualizar os médicos e permitir um debate amplo, livre, onde se pode gerar consensos e apresentar os novos paradigmas do tratamento do câncer de mama”.
Entre os avanços, Buzaid destaca os inibidores de CDK4/6 e as assinaturas genéticas: “Eles mudam o modo como tratamos o câncer, permitindo reduzir o uso de quimioterapia nos tratamentos”, diz.
Quanto aos inibidores, ele explica que temos dois aprovados: Palbociclibe e Ribociclibe. Eles são indicados para pacientes com neoplasia de mama avançada, pois melhoram o tempo livre de progressão em combinação com hormonioterapia. Os inibidores de CDK4/6 permitem adiar o uso de quimioterapia nos tratamentos.
OUTUBRO ROSA É CONSAGRADO COMO MÊS DE CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE CÂNCER DE MAMA E A IMPORTÂNCIA DE TER UMA MELHOR QUALIDADE DE VIDA E DO AUTO CUIDADO.
Grande parte dos casos diagnosticados de câncer de mama são classificados como receptores de estrogênio positivo (RE+), com base na presença desses receptores. Quando os hormônios se ligam a esses receptores, acabam estimulando o crescimento do câncer. O tratamento pode ser feito com terapia hormonal, que reduz os níveis ou bloqueiam os receptores de estrogênio. Mas quando aparece uma resistência ao bloqueio desse hormônio, as células tumorais voltam a se multiplicar.
A multiplicação das células do câncer de mama RE+ é regulada por um processo de comunicação entre as células – cadeia de transdução de sinal chamada Cyclin D/cyclin-dependent-kinase (CDK) 4/6-retinoblastoma (Rb), estimulada pela ligação do estrogênio com o receptor de estrogênio. O inibidor CDK4/6 ajuda a reverter a resistência celular ao bloqueio hormonal.
“As assinaturas genéticas também são importantes para diminuir as aplicações de quimioterapia”, avisa Buzaid. Ele cita o estudo TAILORX, FASE III, que demonstrou que para alguns tipos de tumores em estágio inicial, em muitos casos, após a cirurgia não é necessário o uso de quimioterapia. Com um exame genético os médicos podem avaliar a possibilidade de tratar a paciente com terapia hormonal, que apresenta menos efeitos colaterais. Segundo o estudo, a quimioterapia pode ser evitada em cerca de 70% dos casos, considerando uma análise de 21 genes do tumor.
O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. O Instituto Nacional de Câncer quase 60 mil casos novos da doença no país em 2018. A Agência Internacional para pesquisa em Câncer estima mais de 18 mil mortes no Brasil neste ano. Outubro é o mês de conscientização sobre o Câncer de Mama e uma época importante para criar mais ecos sobre a saúde da mulher.
Nesta semana, na abertura do World Cancer Congress 2018, realizado na Malásia, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tendros Adhanon, fez uma provocação aos participantes, questionando qual era a motivação de cada pessoa envolvida na prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer. “É papel de toda a sociedade buscar informação e educação sobre as questões de Saúde, vigiar para que leis sejam cumpridas e as responsabilidades cobradas”, afirma um dos fundadores do Instituto Vencer o Câncer, oncologista Fernando Maluf.
A estratégia de controle da doença indica a realização do exame clínico anual das mamas em mulheres de 40 a 49 anos. Segundo as diretrizes do ministério da Saúde, os médicos devem recomendar a mamografia de rastreamento para mulheres entre 50 e 69 anos, para o diagnóstico precoce de possíveis casos da doença. “A cura nos tumores iniciais de mama é bastante alta e estamos melhorando muito no tratamento do câncer de mama avançado”, destaca o oncologista Antonio Buzaid, do Instituto Vencer o Câncer.
Conhecer o que há de novo sobre a doença ajuda pacientes e médicos a buscarem melhores soluções para cada caso. Entre os avanços, o Buzaid destaca os inibidores hormonais – que aumentam a eficácia da hormonioterapia – e as assinaturas genéticas: “Eles mudam o modo como tratamos o câncer, permitindo reduzir o uso de quimioterapia nos tratamentos. As assinaturas genéticas também são importantes para diminuir as aplicações de quimioterapia”, explica.
Ele cita o estudo TAILORx, que demonstrou que para o tipo mais comum de câncer de mama em estágio inicial, a quimioterapia não é necessária após a cirurgia. Com um exame genético os médicos podem avaliar a possibilidade de tratar a paciente com terapia hormonal, que apresenta menos efeitos colaterais. Segundo o estudo, apresentado em junho no Congresso Americano de Oncologia, a quimioterapia pode ser evitada em cerca de 70% dos casos, considerando uma análise de 21 genes do tumor.
Fonte: https://www.vencerocancer.org
Em outubro de 2018 o Instituto Pinheiro, em parceria com o Centro de Oncologia e Hematologia do Hospital Albert Einstein – Sociedade Beneficente Isarelita Brasileira, realizou uma palestra pela conscientização sobre o câncer de mama – “Outubro Rosa”. Veja.