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Guru do movimento anti-ostentação ensina como viver com menos

O americano Joshua Becker reduziu em 60% o seu patrimônio ao abrir mão de status social e aderir ao minimalismo. Acompanhe a entrevista concedida à EXAME

São Paulo – O americano Joshua Becker era um pastor há seis anos. Mas os ideais que pregava na igreja, relativos à humildade, simplicidade e doação, não o impediram de ser contagiado por sentimentos negativos, como a necessidade de status social e a inveja.

“Vivemos em uma cultura de acumulação. As pessoas ao nosso redor estão consumindo mais e mais, e cada vez mais somos alvos da publicidade, de todas as formas. Estamos afundando nesse oceano e nem percebemos. Essa cultura permeia todas as esferas da sociedade, até a igreja”, conta.

Para Becker, a sociedade exalta o excesso, que acaba se tornando um objetivo de vida: ter uma grande casa, ter um carro a mais, boas roupas. “Mas isso não nos torna mais felizes”, conclui.

Mesmo com condições de manter o seu estilo de vida, apesar de não conseguir guardar dinheiro, Becker resolveu dar um basta: se desapegou de 60% das coisas que tinha acumulado por anos. E, principalmente, passou a comprar menos.

O americano resolveu mudar o seu pensamento sobre o consumo quando conheceu o minimalismo, movimento que prega que viver com menos posses dá liberdade, principalmente financeira, para se ter uma vida com mais propósito e focar no que realmente importa, como passar mais tempo com a família ou buscar um emprego que pague menos, mas no qual é possível ter maior satisfação. A corrente de pensamento, com um forte apelo sustentável, ganha força em diversos países, conforme mostra um documentário disponível na Netflix.

O pastor se encantou de tal maneira com o movimento que largou o seu emprego para dar palestras sobre como ser feliz com menos bens materiais. Escreveu um livro “The More of Less: Finding the Life You Want Under Everything You Own” (O mais do menos: encontrando a vida que você quer sob tudo o que você tem, em tradução livre) e mantém um blog, o Becoming Minimalist.

Becker vem ao Brasil em setembro para contar a sua experiência em um evento sobre organização. Abaixo, ele conta um pouco da sua história à EXAME:

Você diz que escolheu o minimalismo, mas você sabe que, na maioria das vezes, as pessoas são forçadas a viver com menos. Aqui no Brasil nós estamos passando por uma grande crise econômica, na qual muitas pessoas estão perdendo seus empregos. Nesses casos, como podem tornar essa transição mais leve e não tão traumática?

É sempre trágico perder um emprego. Quando perdemos um trabalho, se temos esse pensamento de que ter mais coisas traz felicidade, ficaremos deprimidos. Ninguém para e pensa: não precisamos de todas essas coisas. Quem perdeu o emprego tem de verificar se já não tem tudo o que quer.

Por outro lado, quem não perdeu o emprego e criou o pensamento de que não precisa ter muito para ser feliz consegue encarar melhor a tempestade da demissão.

Qual foi a coisa mais difícil de desapegar do seu antigo estilo de vida?

A coisa mais difícil de desapegar varia muito de pessoa para pessoa. Honestamente, não foi muito difícil me desapegar de tudo. O que foi mais difícil foi entender por que eu acumulei tanta coisa. Foi um processo que durou nove meses, e envolveu toda a minha família: eu, minha esposa e meus dois filhos. Eu olhava para tudo e dizia: olha quanto dinheiro eu desperdicei.

Um exemplo de um excesso que cometi é que chegou uma hora que eu tinha cinco relógios. Me perguntei por que eu precisava daquilo. Eu olho as horas no celular! Aí descobri que era apenas um símbolo de status. Eu sentia inveja, ciúmes e, na época, provavelmente queria impressionar pessoas.

Você diz que o minimalismo, naturalmente, te dá mais dinheiro. Quanto você economizou ao passar a ter menos coisas? E o que você fez com esse dinheiro extra?

Desapegar da maior parte das minhas coisas me permitiu começar a guardar dinheiro. Antes eu vivia apenas com o salário mensal.

Com o dinheiro que economizei eu fiz mais viagens com a minha família e vivi experiências que nunca havia vivido. Também consegui mudar de carreira porque tinha menos contas para pagar e eu queria um emprego que pagava menos, mas do qual eu gostava mais. Vi que estava no lugar errado sendo pastor. Me tornei escritor.

Acabei me livrando da maioria das coisas que eu tinha vendendo algumas delas e doando outras. Além disso, passei a comprar menos roupas, objetos de decoração, utensílios para a cozinha e aparelhos eletrônicos, além de equipamentos esportivos. Contas básicas, como alimentação, não mudaram.

Quando passamos a comprar menos, ganhamos espaço para comprar coisas melhores, com mais qualidade. Não preciso ter nove calças no armário, apenas três boas.

Nos mudamos para uma casa menor, já que não precisávamos mais de quartos extras para guardar coisas acumuladas. Dessa forma, consegui reduzir o financiamento do meu imóvel pela metade.

Comecei também a fazer doações para a caridade. Se você doa, isso pode ser deduzido do seu Imposto de Renda. Também economizei com isso.

O trabalho doméstico é um problema moderno, principalmente quando a gente encara uma jornada de trabalho extensa. Ter menos coisas, inclusive uma casa menor, dá menos trabalho em um cenário em que o tempo é cada vez mais precioso. Você sentiu esse benefício?

Com certeza. Com menos trabalho doméstico para fazer e menos coisas para cuidar, eu comecei um hobby: escrever um blog. Comecei a encarar isso como um segundo emprego, algo divertido de fazer. Ou seja, quando ganhei tempo, ganhei indiretamente mais dinheiro.

Acredito que não podemos separar a vida financeira da emoção. Se estamos bem emocionalmente, estamos bem financeiramente. Comecei a fazer coisas que gosto, passar mais tempo com a minha família, relaxando e fazendo exercícios físicos e isso se refletiu na minha vida financeira.

Eu deixei de viver estressado o tempo todo, passei a fazer melhor o meu trabalho e produzir mais valor para a empresa e a sociedade.

Mostrar o minimalismo como um exemplo para os seus filhos parece algo importante, ainda mais quando vemos casos de pais que “compram” o afeto de crianças com presentes, pois não conseguem passar muito tempo com elas. Como você lida com o consumismo típico dessa fase, tanto com os pedidos de compras deles baseados no que os amigos têm, como a necessidade de criarem uma personalidade ao usarem roupas de marcas, etc.?

Meus filhos têm hoje 16 anos e 12 anos. Sei bem do que você está falando. Não acho que os filhos são diferentes de adultos: muitos adultos agem como crianças ou adolescentes. Mas tem duas coisas importantes que devem ser ensinadas. Uma delas é que não se pode curar a inveja. Se o seu filho está com inveja do videogame do amigo, se ele compra-lo, isso não irá curá-la. Ele logo vai querer outra coisa.

Colocar limites é uma habilidade importante para os pais. Os problemas começam quando não há limites. Devemos ensinar que temos dinheiro, tempo e espaço limitados. A vida consiste em aprender onde colocar o dinheiro.

Uma maneira que encontramos de falar de forma suave sobre esses limites para eles é que eles não podem ter mais brinquedos do que caibam no armário. Para ter mais brinquedos, eles sempre devem tomar antes a decisão de manter ou doar os que já têm.

Qual a sua visão sobre crédito? No Brasil as pessoas geralmente se superendividam por conta dos altos juros cobrados pelos bancos. Como você lidava com o crédito antes de conhecer o minimalismo? E agora?

Eu uso cartão de crédito, mas pago o valor total da fatura todos os meses. Não carrego dívida além do financiamento do imóvel. Não compro nada que não posso pagar. Sempre foi assim.

Acredito que se endividar por questões médicas ou um acidente é compreensível. Mas para comprar uma televisão, não faz sentido.

Você diz em seu blog que você aprendeu a deixar de comparar o que você tem com o que as pessoas ao seu redor têm. Como conseguiu isso? E, quando se desapegou da maior parte de suas coisas, como a sociedade viu você?

Eu passei a não comparar mais o que eu tinha com o que outras pessoas têm quando me tornei mais grato pelo que eu tenho.

Quando me desapeguei de tudo, poucas pessoas acharam estranho e tentaram mudar a minha cabeça. Sempre tive a oportunidade de explicar os benefícios que tive e por que eu entrei nessa. A partir daí, poucos discordaram. Mas é um fato: nem todos abraçam a ideia.

Com menos coisas, podemos nos ver melhor. Isso não é fácil para algumas pessoas, não é?

Nosso descontentamento é evidenciado no excesso. Estamos infelizes com a vida e corremos para comprar a felicidade. Isso não vai dar certo. Começamos a trabalhar muito para manter essa “felicidade”. E esquecemos que o mais importante é resolver o motivo do descontentamento.

Fonte: https://exame.abril.com.br

Ginástica cerebral: você já ouviu falar?

Aqui no blog do lar de idosos Residencial em Família você já viu muitos posts que falam sobre a importância de praticar exercícios, etc. Mas você já ouviu falar em Ginástica Cerebral? Pois é, assim como o corpo, é possível estimular e exercitar o seu cérebro. Continue lendo e saiba como!

O que é Ginástica Cerebral?

A Ginástica Cerebral é uma ferramenta que estimula os neurônios, trabalhando as mais diversas habilidades e estimulando as muitas áreas do cérebro. Seu objetivo vai desde o favorecimento da memorização, da criatividade até o estímulo de um melhor aprendizado.

Como acontece?

A tal ginástica pode ser feita por meio de jogos de tabuleiro, exercícios de raciocínio lógico e neuróbicos, dinâmicas, etc.

Quando o cérebro é estimulado, ele ativa novas conexões entre os neurônios aumentando ainda mais sua capacidade, melhorando a memória, a criatividade, a concentração e o raciocínio, além das habilidades socioemocionais (aquelas que definem o seu comportamento consigo mesmo e com as outras pessoas).Ao praticar esse tipo de exercício, o idoso tem mais facilidade nos estudos, na socialização com outras pessoas ao seu redor, seu raciocínio fica mais rápido, a qualidade de vida aumenta e muito mais!

Como praticar

Os exercícios são bem fáceis de se aplicar em nossas rotinas diárias. Os mais simples são:

  • Tentar aprender um novo idioma;
  • Tocar um instrumento que não conhecia;
  • Usar o mouse do computador com a mão inversa;
  • Tomar banho de olhos fechados ou no escuro;
  • Jogar xadrez;
  • Trocar o relógio do pulso que você costuma utilizar;
  • Desenhar de cabeça para baixo (a folha) e assim por diante.

São exemplos de neuróbicas que podem ser facilmente inseridas na rotina de casa ou no trabalho.

Um outro estímulo muito importante é variar as atividades. Experimente sempre coisas novas. Caso faça alguma atividade repetida, tente fazer de uma forma diferente da que está acostumado. Assim o seu cérebro não fica acomodado e você fica mais esperto.

Fonte: https://www.casaderepousoemfamilia.com.br

7 Sintomas de estresse em idosos

O estresse ou os sintomas de estresse é algo que todo mundo já teve ou vai ter, mas com o passar dos anos, a presença desta “enfermidade” tem sido muito recorrente em idosos.

As origens podem ter diferentes causas, mas dentre as situações mais comuns estão a necessidade do idoso de conviver com problemas que chegam com a terceira idade, doenças crônicas, pouca adaptação ao novo estilo de vida de aposentado (especialmente para aqueles que costumavam fazer do trabalho um motivo para viver), perda da esposa/marido, problemas financeiros, problemas para dormir, etc.

Diante dessas novas situações do dia-a-dia, o idoso acaba por se sentir inútil e abandonado, uma vez que ele já não trabalha todos os dias e muitos acabam morando sozinhos, ficando um tanto isolados.

O estresse crônico aumenta as chances de o idoso ter uma doença cardíaca, pode provocar azia, piorar a diabetes, elevar a pressão arterial e tornar o idoso mais ansioso, preocupado e, consequentemente, frustrado.

Infelizmente poucas pessoas sabem como ajudar o idoso no controle das reações geradas pelo estresse, tão pouco identificar quais são os seus sintomas principais.

Sendo assim, neste post você saberá quais são os 7 sintomas de estresse em idosos, de forma que possa identificá-los e saber a melhor maneira de se comportar diante de situações assim.

Os principais sintomas de estresse em idosos

Baixa concentração

Veja se o idoso está com dificuldades para se concentrar em coisas simples da rotina diária, como por exemplo, assistir um filme, ler um livro, cozinhar, etc.

Dores de cabeça

Sentir dores de cabeça é normal, todos nós sentimos isso após um dia um tanto quanto cansativo. Mas as dores de cabeça frequentes podem ser um sinal de estresse. Vale a pena consultar um médico para descobrir a causa.

Indigestão

Perda de apetite e problemas na digestão de alimentos também podem ser um sintoma de estresse. É como se a pessoa sentisse o estômago “embrulhado” a todo momento.

Palpitações cardíacas

A presença de palpitações cardíacas estão ligadas totalmente ao sistema nervoso, que quando sob situações de estresse, acelera e causa palpitações.

Irritabilidade

Se o idoso é uma pessoa calma e serena, e de repente, se torna uma pessoa que fica facilmente irritada, este também é um sinal de estresse. Tente conversar com o mesmo e descobrir o que o está deixando dessa forma, em muitos casos a pessoa apenas precisa desabafar.

Indecisão

Nem todos nós, seres humanos, somos capazes de tomar decisões rápidas, isso é fato. Mas a frequente falta de capacidade de decidir significa que há alguma coisa errada, vale a pena investigar.

Dores na coluna

Dores recorrentes na coluna também podem ser causadas por estresse, uma vez que esse sentimento afeta todo o nosso organismo e o corpo responde com dores nessa região.

Fonte: https://www.casaderepousoemfamilia.com.br

Como a capacidade de cuidar pode tornar a vida mais feliz

O cuidado no cotidiano se apresenta nas mais variadas relações, como entre um casal, entre irmãos, com os animais de estimação, entre mãe e filhos, etc. Pode ser algo natural e fácil, mas não necessariamente. Nem todo mundo se sente apto a cuidar de alguém, pois exercer isso exige a capacidade de voltar a atenção e a energia para algo fora de si e algumas pessoas não estão dispostas, porque dá trabalho.

Acontece que o cuidado faz parte da vida de todos nós, se estamos aqui hoje é porque fomos cuidados, talvez não da maneira que desejávamos, mas fomos. Alguém nos alimentou, embalou, limpou e vestiu, voltou a sua energia e a atenção para nós, nos salvou de perigos. Da mesma forma a vida pede que cuidemos também em algum momento: seja no nascimento de um filho, quando os pais envelhecem, no tratamento com as plantas e com os animais.

O cuidado é altamente benéfico para a nossa saúde emocional, tanto aquele que recebemos quanto o que conseguimos oferecer aos outros.

Quando uma criança se sente cuidada, ela se sente amparada, protegida, apoiada. São aspectos muito importantes para um bom desenvolvimento psíquico e, consequentemente, para a formação de um adulto seguro e feliz.

Ter a capacidade de cuidar de algo ou alguém, nos ajuda a prestar mais atenção no que acontece fora de nós, a perceber a necessidade do outro, a nos esforçar para sermos um pouco melhores, nos mobilizando em direção ao coletivo.

Muitas vezes sentimos um vazio enorme por não termos recebido o cuidado de um pai ou de uma mãe e ficamos parado nesse ponto, tentando encontrar algo ou alguém que preencha essa lacuna. O duro é que em algum momento percebemos que ninguém é capaz de preencher isso. Aceitarmos a falta e ressignificá-la, nos ajuda a seguir em frente e a perceber que quem melhor pode nos ajudar nesse processo somos nós mesmos, através do auto cuidado. Esse processo não é simples, por isso, a psicoterapia é uma grande aliada na conscientização e na mudança de um padrão antigo.

Se observe sempre

Caso se sentir cuidado e amparado é vital pra você neste momento da vida, perceba primeiro como é que você está cuidando de si, em todos os aspectos. No visual, na saúde, se está se preservando de situações difíceis, etc. Como diz a frase da Clarice Lispector “Cuide-se como se você fosse de ouro, ponha-se você mesma de vez em quando numa redoma e poupe-se”.

Depois perceba como você está cuidando das coisas que estão ao seu entorno, da sua casa, das suas plantas, da sua família, da sua cidade. Muitos querem receber cuidado, mas poucos estão dispostos a oferecer. A vida pessoal e coletiva se enriquece quando incorporamos a habilidade do cuidar no nosso cotidiano. O mundo está precisando de pessoas capazes de cuidar. Dentro das nossas possibilidade podemos aproveitar pequenas e significativas maneiras de cuidar de nós mesmos e dos outros. Essas atitudes estimulam que os outros também nos tratem com carinho, tornando a vida mais leve e mais feliz!

Fonte: https://www.agrandeartedeserfeliz.com

Prevenção do alzheimer: confira essas 4 dicas

Se você acompanha o nosso blog semanalmente, sabe que frequentemente trazemos posts que falam sobre o Alzheimer. Já explicamos como ele surge, como cuidar de alguém que possua tal diagnóstico, e assim por diante. No post de hoje nós falaremos sobre a prevenção do alzheimer, ou seja, como você pode evitar seu surgimento por meio de bons hábitos. Confira!

4 dicas para prevenir o Alzheimer

Praticar atividades físicas regularmente, acostumar o seu corpo a comer de forma saudável, mantendo uma dieta equilibrada e manter a mente sempre em funcionamento, são algumas das medidas mais básicas. Porém, são muito importantes para retardar e, em muitos casos, evitar o Alzheimer e o Parkinson.

Por mais que isso não seja surpresa para ninguém, há alguns anos o Relatório Global de Alzheimer, divulgado anualmente pela ONG Alzheimer’s Disease Internacional, mostrou que isso é realmente verídico.

Segundo os estudos feitos naquele ano, existem evidências científicas que comprovam que, possuir hábitos alimentares ruins, sofrer de hipertensão ou ter vício em cigarros são alguns dos fatores diretamente associados ao aparecimento de doenças neurodegenerativas nos idosos.

Sendo assim, ficou claro que existem alguns bons hábitos e mudanças de comportamento que pode combater a doença, ou fazer com que ela chegue bem mais tarde do que o normal.

Veja a seguir 4 dicas principais para prevenção do Alzheimer!

Mente ativa é sempre bem vinda

Nós sempre fazemos posts falando do quão importante é manter a mente de um idoso bem ativa. Ler, estudar, aprender novos talentos, fazer novos amigos e conviver com pessoas diferentes, são algumas das atividades que ajudam a estimular os nossos neurônios a criar melhores conexões.

Para que você possa ter uma noção maior, se o sistema cognitivo do idoso estiver inativo, as chances de ter Alzheimer sobem para 19%, segundo os estudos do neurologista da Universidade Federal de São Paulo, Paulo Bertolucci. Então, adote esse hábito na sua vida para garantir a prevenção do alzheimer.

Dormir é bom e todo mundo gosta

Não existe nada mais gostoso do que dormir, né? Pois é, além de prazeroso, ter uma boa noite de sono é indispensável para manter a nossa cabeça nos trilhos, uma vez que é durante o sono que os nossos conhecimentos adquiridos durante o dia são gravados.

Relaxe bem antes de deitar e durma sem interrupções, pois assim o ciclo do sono será concluído completamente.

Exercícios

As atividades físicas, como já falamos aqui, trazem inúmeros benefícios, dentre eles, a proteção do indivíduo contra demências, e consequentemente a prevenção do Alzheimer, uma vez que durante a prática, nosso corpo libera neurotrofinas, que nada mais são do que substâncias que ajudam a nossa memória.

Você é o que você come

Por último, mas não menos importante, alimentação. Comer equilibradamente e de maneira saudável é importante para deixar o nosso corpo funcionando da melhor forma.

Inclua frutas, verduras, peixes, cereais e azeite em sua dieta. O ômega-3, por exemplo, que é encontrada em peixes, reduz os riscos de diminuição da capacidade cognitiva.

Fonte: https://www.casaderepousoemfamilia.com.br

“A minha idade é meu maior ativo”

A frase foi dita pela milionária Tricia Cusden, 68 anos, dona de uma marca de beleza, que descobriu que sua idade poderia ser seu grande trunfo.

Tricia Cusden tinha 68 anos quando em 2013 criou a Look Fabulous Forever, uma marca de cosméticos para mulheres mais velhas. Sentir-se ignorada pela indústria da beleza por ser mais velha e pela falta de sentido de vida depois de ter se aposentado, foram suas principais motivações.

“Eu tinha 65 anos e passava muito tempo assistindo TV durante o dia e pensando que não podia apenas assistir TV ao longo dos próximos 30 anos. Eu senti que minha vida não tinha propósito e direção”, disse Cusden.”

Tricia diz ainda: “Eu sou o meu cliente-alvo, então eu sei como falar com as mulheres mais velhas sem ser paternalista. Quando eu apareço na televisão ou falo no rádio, a minha voz e meu rosto são reais, e minha idade é o meu maior trunfo. O negócio tem me dado um grande senso de propósito. Gosto de enfrentar o envelhecimento na sociedade e ver meu rosto se tornar uma voz para as mulheres mais velhas em todos os lugares que se sentem invisíveis, marginalizadas e ignoradas “.

Nenhuma das marcas de maquiagem existentes estava interessada em mostrar como seus produtos poderiam funcionar em um rosto mais velho. “Se eles tivessem uma celebridade mais madura, a imagem seria tão retocada que seria quase irreconhecível. Achei que isso era um insulto e fiquei me perguntando: Eles realmente acham que sou ingênua?”

Esse foi o grande motivo que a levou a fazer algo a respeito e abordá-lo de uma maneira radicalmente diferente. Ela queria mostrar que os rostos mais velhos também são bonitos e que as rugas não diminuem a beleza, pelo contrário, a realçam.

Tricia não tinha experiência em empresas de cosméticos. Sua experiência no mundo dos negócios era de treinamento em administração. Mas isso não foi problema, como ela estava praticamente aposentada, teve tempo para se dedicar e conhecer esse novo negócio. Tinha algumas economias que poderia arriscar, energia ilimitada e um espírito empreendedor. Ela se reconhece como uma pessoa otimista que adora vencer limites e desafiar a si mesma.

Sabia que sua experiência pessoal era exatamente o que era necessário, então tudo que precisava fazer era encontrar alguém para fazer os produtos de acordo com suas especificações e apoiar suas ideias. O que aconteceu.

Então chamou suas amigas para não apenas testar os produtos, mas também serem fotografadas para o site. Ela queria mostrar rostos de mulheres de verdade, mais velhas, sem qualquer tratamento digital, de uma forma que raramente é vista em anúncios de beleza tradicionais. Também fez dois vídeos tutoriais de maquiagem e os colocou no site e no YouTube. Em três meses, os vídeos foram vistos por mais de 1.000 mulheres por dia e as encomendas começaram a surgir de todo o mundo. De repente, ela se viu administrando uma empresa de varejo on-line muito bem-sucedida.

Fonte: https://www.portaldoenvelhecimento.com.br

Velhice – uma doença incurável (?)

Afirmar que a velhice, em pleno século XXI, é uma doença incurável, é superficial e descabido. Ninguém tem certeza alguma sobre o próprio fim, apenas que ele é certo.

Li há alguns dias, um texto que se iniciava com uma frase que ficou (e ainda fica) martelando na minha cabeça: “a velhice é uma doença incurável”.

Sem adentrar ao mérito do texto e olhando para a frase em si, fico pensando em quantas pessoas têm este mesmo pensamento e porque, mundo afora, muito baseada nos comentários que se seguiam ao texto que se iniciava com esta frase à qual me refiro, esta ainda é uma máxima incontestável para muitos.

“Afirmar que a velhice, em pleno século XXI, é uma doença incurável, é superficial e descabido. Reconhecer a finitude como certeza a todo e qualquer ser vivo, é atemporal, independentemente da idade que se tenha e de ser este ser vivo portador ou não de qualquer doença, incurável ou não. Ninguém tem certeza alguma sobre o próprio fim, apenas que ele é certo.”

O conceito de saúde/doença não pode ser categoricamente ou superficialmente definido. Estas questões são inegavelmente de uma subjetividade ímpar, difundidas e discutidas por muitos pensadores e pesquisadores de inúmeras áreas.

De maneira simplista, lembremo-nos de casos de pessoas que fazem uso diário de medicações pesadas para câncer e que afirmam sentirem-se absolutamente saudáveis quando questionadas sobre como estão, fazendo planos para os anos seguintes, e de outras tantas que enfrentando crises de rinites em temperaturas mais amenas e fazendo uso de descongestionantes nasais, dizem estar péssimas e sentindo que a morte está mais próxima a cada dia.

Ao ler frases como “a velhice é uma doença incurável”, penso que ainda vivemos conduzidos por um discurso biológico impositivo, com total ausência de conhecimento e de discussão sobre quem está por debaixo daquele corpo que traz consigo rugas, cabelos brancos, movimentos contidos, usos de andador, de bengala e de tantas outras coisas comuns na medida em que os anos passam, mas que nunca deixa de ser quem é e que está longe de ser portador de qualquer doença incurável.

Por muitos e muitos anos, pensamentos superficiais como este trouxeram consigo o reflexo de uma total ausência de autonomia para cada uma das pessoas que apresentavam características físicas comuns a todo aquele que passa pela senescência, ou, em um português mais simplificado, para todo aquele que envelhece na medida em que os anos passam.

A ausência desta autonomia acabava por impactar em descartes de pessoas que por serem consideradas vividas demais para escolher e decidir eram colocadas em verdadeiros depósitos humanos, longe de convívios sociais ou familiares, ou ainda em centros de reabilitação sem doença alguma.

Mas, diante de frases como esta, eu fico me perguntando se esta realidade e desta restrição incontestável de autonomia, faz mesmo parte do passado.

Este tipo de pensamento faz pensar sobre ser realmente o discurso biológico apenas um dos fatores do envelhecimento, já que aquele que afirma coisas desse tipo se esquece de ponderar os demais aspectos do envelhecimento, quais sejam os aspectos sociais e psicológicos daquele que vive o passar dos anos sem jamais deixar de ser quem é: um ser único e individual exatamente pela somatória destas três premissas.

A ausência de reflexões sobre este tipo de afirmativa e a indiferença de tantas pessoas que caminham para o mesmo processo de envelhecimento gera, em contrapartida, uma realidade que quando se torna próxima, desperta uma necessidade iminente de mudança.

Até o momento em que o velho era o outro, tudo era mais simples, afinal era ele o portador de uma doença incurável.

Mas, e quando este outro passa a ser eu?

Não refletir sobre questões como esta quando o outro passa a ser eu, leva, muitas das vezes, a pessoas que quando buscam fazer valer as próprias vontades para comprar, vender, doar bens, casar, firmar uma união estável etc., tornam-se seres absolutamente frustrados ao se confrontarem com regras impostas pela legislação que consideram exatamente o discurso biológico. Passam a serem consideradas pessoas velhas demais para poderem decidir por si, e são vetadas de fazer o que desejam a seu bel prazer.

E então, estas mesmas pessoas, que até então consideravam o outro como velho, passam, automaticamente, a serem consideradas como incapazes de fazer valer as próprias vontades.

“Surge uma realidade comum a todos (o velho que era o outro agora sou eu): o tempo cronológico tem um peso suficiente para afirmar que o discurso biológico não é coisa do passado. Em muitas situações, um corpo velho é considerado velho para poder decidir, já que é um corpo velho é um corpo doente e esta doença, por sua vez, é irreversível aos olhos de quem assim o vê.”

Há muitas chancelas que acabam por ratificar este tipo de pensamento, já que a legislação estabelece, por exemplo, em anos cronológicos, a impossibilidade de poder se escolher o regime de casamento daquele que quer casar ou manter uma união estável.

E então uma iminente necessidade de mudança surge: passamos da hora cronológica de rever todos os vetos que nos são impostos em decorrência de nossas idades. O discurso biológico no século XXI tem seu peso, mas está longe de poder ser o único a conceituar quem é o velho, o que ele quer e o que ele precisa decidir.

Na medida em que os anos passam não deixamos de ser quem somos, e exercer nossos atos, efetivando nossas mais íntimas convicções, é apenas e tão somente o reflexo direto disso, ainda que muito nos seja vetado a este respeito apenas porque biologicamente estamos velhos demais para isso.

Respeitar em condições de igualdade os aspectos sociais e psicológicos do envelhecimento é garantir uma autonomia sempre o mais abrangente possível para todo aquele que envelhece, também de maneira biológica.

Ver a velhice como doença incurável ainda é o pensamento de muitos e há muitas razões concretas para isso.

Por isso, antes que o velho seja você, se me permite um conselho, reflita sobre a dimensão de sua autonomia que você deseja ter respeitada.

Se no final das contas o reflexo de sua autonomia for a sua concordância sobre a velhice ser realmente uma doença incurável, você precisa estar esclarecido sobre os três elementos da frase: velhice, doença e incurável. Sobre cada um deles, há igualmente os mesmos três aspectos a serem considerados. Velhice, doença e incurável precisam ser pensados à ótica biológica, social e psicológica.

Caso não faça isso, já há aí uma violação de sua autonomia. Um discurso impositivo e uma ideia “comprada” estão lhe tolhendo de cara a possibilidade de decidir por si o que melhor lhe parecer ao longo tempo cronológico que você irá viver, e isso só irá agravar ainda mais a velhice que você encontrará pelo caminho, já que de maneira autônoma só lhe restará acatar o que lhe é imposto.

Envelhecer com propósito retarda limitações físicas e declínio cognitivo

Sociedades se beneficiam da longevidade quando enxergam idosos como capital humano experiente, dizem especialistas

Todas as manhãs, Olga Quiroga, de 80 anos, se levanta às 5 horas para sair do Jardim São Savério, na região sudeste de São Paulo, e ir ao Largo São Francisco, no centro. Quando chega ao edifício, cumprimenta o porteiro que gira a manivela do antigo elevador para levá-la ao quarto andar. É ali, na sala número oito, que funciona o pequeno escritório da pedagoga aposentada. Dezenas de pastas e folhas de papel almaço escritas à mão tentam catalogar os cerca de 600 idosos que esperam por uma vaga em residências compartilhadas. Há três décadas, desde que deixou o mercado de trabalho, Olga se dedica ao movimento por moradias.

A chilena radicada no Brasil não sabe, mas segue à risca orientações de estudos recentes sobre longevidade. Envelhecer com propósitos e se manter ativo, com uma rede sólida de relacionamentos, adia a deficiência física e o declínio cognitivo, além de diminuir as chances de desenvolver depressão. Os benefícios podem, ainda, se tornar coletivos. “Sociedades que enxergam a população idosa como capital humano experiente, e não um fardo, conseguem redirecionar esses indivíduos para posições em que eles se mantêm produtivos”, diz Paul Irving, presidente do Milken Institute, organização americana de estudos econômicos e de saúde.

A ideia popular que relaciona sabedoria à passagem do tempo tem fundamento científico. Com o envelhecimento, o cérebro humano aumenta sua capacidade de solucionar problemas e atinge maior estabilidade emocional. Para a professora da Faculdade de Psicologia da PUC-SP Ruth Lopes, ignorar essas habilidades é um desperdício material. “O corpo perde agilidade, mas há otimização do raciocínio. “É uma estupidez Essa potencialidade não encontrar locais de expressão é uma estupidez, ainda mais se pensarmos num país com tantas carências, como o nosso.”

Uma opção eficaz, defende a professora, é aproximar a experiência grisalha da sociedade civil organizada e da vida pública. Assim, o idoso é visto como sujeito, uma peça que permanece útil para a comunidade. “Ele pode assessorar ou prestar serviços públicos, por exemplo. Em muitos casos, a pessoa mais velha tem tempo e está disposta a isso.”

É o caso de Olga. A presidente do Grupo de Articulação para a Moradia do Idoso na Capital (Garmic) gosta de “incomodar” figuras da Câmara Municipal, pedindo mais tempo de fala nas reuniões da comissão permanente do idoso. “Eles são em sete, nunca estão todos, mas quando vêm, ficam trocando figurinhas entre si, e discursam por 40 minutos e depois nos dão três minutos”, disse. Ela conta que recebeu proposta de emprego no gabinete de um dos vereadores, mas entendeu como uma provocação, e preferiu seguir seu trabalho voluntário.

Fonte: https://infograficos.estadao.com.br