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Saiba quais cuidados tomar para manter uma boa memória

Você sabia que a ansiedade, depressão e até o uso contínuo de medicamentos podem ser prejudiciais para manter uma boa memória? Por conta disso, é importante prevenir e detectar indícios de problemas relacionados à memória e outras funções cognitivas, uma condição conhecida como Comprometimento Cognitivo Leve (CCL).

Para a aposentada Rute Ferreira, de 75 anos, a memória já não é mais tão boa quanto antes. “Não chega a prejudicar o que estou fazendo, mas às vezes começo a falar ou sei que tenho que fazer algo, mas fico alguns minutos pensando o que era”, conta.

De acordo com o psiquiatra Fabio Armentano, a maior parte das queixas relacionadas ao esquecimento vem de pacientes da terceira idade, mas também podem ocorrer na população mais jovem.

“Quando o paciente se queixa, nós fazemos uma investigação completa, que inclui avaliação médica e pode envolver testes das funções cognitivas, além de exames laboratoriais e de neuroimagem, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética. O CCL tem uma série de causas possíveis, desde a depressão, a ansiedade e o efeito de medicações para o sono, até problemas clínicos como o hipotireoidismo, a deficiência de vitaminas e a diabetes descompensada”, explica.

Não há medicamento específico para o CCL e o tratamento normalmente é focado nos fatores que, possivelmente, geram o esquecimento. Por isso, cada caso é avaliado individualmente e, muitas vezes, o acompanhamento é multidisciplinar, envolvendo psicologia, terapia ocupacional, psiquiatria, entre outras áreas.

Os pacientes portadores de CCL apresentam queixas de alterações na memória, atenção ou capacidade de orientação, mas que não causam prejuízos de suas funções do dia a dia. Apenas uma parcela dos pacientes portadores de CCL, cerca de 10%, vai piorar e evoluir para um quadro de demência, como a doença de Alzheimer. A maioria ficará estabilizada e outros podem até melhorar.

Independentemente da idade, é importante procurar um médico quando perceberem que os esquecimentos são frequentes e prejudicam o dia a dia.

“É comum não lembrarmos de algumas coisas, às vezes. Já ocorreu com a maioria das pessoas esquecer o que foi fazer ao entrar na cozinha, por exemplo, mas normalmente recordamos depois de passado algum tempo. Quando estas falhas acontecem sempre ou de uma forma a atrapalhar as atividades, está na hora de procurar atendimento”, explica Armentano.

Dicas para melhorar a memória

1) Mantenha-se ativo. É importante que, mesmo na terceira idade, as pessoas tenham responsabilidades e mantenham seus papéis dentro da comunidade ou da família.

2) Não abra mão de seus momentos de lazer. Esta é uma das formas mais eficazes de cuidar da saúde mental.

3) Exercite-se. Vários estudos comprovaram que atividade física contribui para melhora do desempenho relacionado ao aprendizado e à memória.

4) Mantenha uma dieta balanceada e um estilo de vida saudável, diminuindo a chance de desenvolver obesidade, hipertensão arterial, diabetes e aumento do colesterol. Estas doenças podem prejudicar as funções cerebrais.

5) Mantenha vínculos sociais. Os aspectos afetivos são extremamente importantes e auxiliam muito a memória.

6) Exercite sua memória, o que vai muito além de preencher palavras-cruzadas. Ouça música, escreva. Ao ler um livro ou jornal, faça comentários, análises ou compartilhe informações, falando sobre o que leu. Ao assistir um filme ou novela, por exemplo, experimente contar o enredo para outras pessoas.

7) Treine sua capacidade de foco, tentando concentrar-se na tarefa que está realizando naquele momento. Muitas vezes, a queixa de memória é, na verdade, relacionada com a dificuldade de se manter concentrado e isso ocorre cada vez mais nos tempos atuais, em que temos que dar conta de diversas coisas ao mesmo tempo. Lembre-se: não é possível memorizar aquilo em que não se prestou atenção.

8) Pessoas na faixa de 30 ou 40 anos, com dificuldades, devem tentar treinar a memória, aumentando sua concentração, realizando uma tarefa de cada vez. É muito comum o perfil do adulto jovem distraído, que necessita melhorar seu nível de atenção.

A TERAPIA OCUPACIONAL PARA OS IDOSOS

terapia ocupacional (TO) é uma área de conhecimento, especialmente voltada à prevenção e tratamento de pessoas que possuem alterações cognitivas, afetivas, perceptivas ou psicomotoras, sejam elas decorrentes ou não de distúrbios genéticos, por doenças que foram adquiridas ou traumas. O objetivo da terapia ocupacional é restaurar e reforçar as habilidades e capacidades funcionais do paciente, proporcionando mais independência e autonomia, de modo que seu desempenho funcional fique mais fácil no trabalho, em casa ou durante atividades de lazer, melhorando a sua qualidade de vida. Considerando que a TO ajuda na recuperação de perdas físicas, mentais e sociais, podemos dizer que na vida do idoso sua atuação é indispensável, visto que todas essas perdas ocorrem durante o processo de envelhecimento. A maior das dificuldades que os idosos enfrentam é a perda física, sendo, por exemplo, fragilidade óssea, perda da elasticidade do tecido, diminuição da força, artrites, etc. Caminhadas, exercícios, dança, entre outras, são algumas das atividades que a terapia ocupacional usa para auxiliar na manutenção das funções corporais. Vale ressaltar que os atendimentos devem ser feitos por um profissional devidamente habilitado e que esteja dentro de uma equipe multidisciplinar, afinal, não basta apenas o terapeuta, mas também um enfermeiro que possa ser presente no dia a dia, um arquiteto que possa adaptar a residência e um psicólogo que resgate a autoconfiança do idoso. Essas atuações aumentam ainda mais os efeitos positivos dos atendimentos de TO. Para isso existe Casas de Repouso como o Residencial em Família. Nós possuímos uma equipe multidisciplinar, que vai desde terapeutas, nutricionistas, médicos, etc., para promover uma grande melhora na qualidade de vida dos idosos. Clique aqui e acompanhe nossas atividades diárias por meio do nosso Facebook. Se quiser saber mais sobre os nossos serviços, ligue-nos ou envie uma mensagem, estamos à disposição para atender você e sua família da melhor forma.

Fonte: https://www.casaderepousoemfamilia.com.br

Botox: Idade ideal e outras dúvidas

O botox é a abreviação para toxina botulínica, que é uma substância utilizada para paralisar uma determinada região, e por isso, possui diversas utilizações, sendo útil para tratamento de doenças como microcefalia, paraplegia, espasmos musculares e até mesmo para atenuar rugas faciais.

Após a aplicação do botox, a região fica ‘paralisada’ por cerca de 6 meses, sendo possível que o efeito comece a diminuir um pouco antes ou depois, sendo preciso uma nova aplicação de botox para a manter resultados.

Dúvidas mais frequentes sobre a aplicação de Botox

1 – Eficácia e mecanismos de ação

A ação da toxina é ameniza rugas dinâmicas, aquelas provocadas por vícios de expressão, que aparecem quando os músculos da face estão em movimento, e também as rugas estáticas, que aparecem mesmo quando o rosto está parado. Porém, diferente do que muita gente pensa, o Botox não age na flacidez da pele. “A toxina botulínica é injetada no músculo e sua ação é paralisar o movimento muscular. Ao evitar essa movimentação, ela impede a contração muscular, que é o que forma a ruga”, orientam os dermatologistas.

2 – Contraindicação

Não podem fazer uso da toxina botulínica as gestantes, mães que amamentam, pessoas com doenças autoimunes, doenças neurológicas e que atingem os músculos; alérgicos à proteína do ovo ou que estejam fazendo uso de medicamentos com aminoglicosídeo.

3 – Riscos e desvantagens

“Entre os maiores riscos da toxina botulínica está o exagero na dosagem e a aplicação em regiões erradas, que pode resultar em assimetria, isto é, um lado ficar diferente do outro, pálpebra caída e em casos mais extremos, pode provocar botulismo, uma doença grave que paralisa os músculos”, resume o cirurgião plástico Fausto Viterbo, professor da Faculdade de Medicina de Botucatu (SP), da Universidade Estadual Paulista (Unesp). “Quando mal aplicado provoca aquele efeito máscara, que não é natural e nenhuma mulher quer. Do ponto de vista da saúde também pode prejudicar movimentos necessários para a sobrevivência como piscar, mastigar, deglutir e até respirar”.

4 – Regiões que podem ser tratadas

Pessoas que ao falar se expressam com sinais faciais em abundância, com o tempo, ficam com a pele cheia de rugas por causa desses hábitos de expressão. Sendo assim, as regiões do rosto mais beneficiadas pela técnica são as rugas da testa, glabela (entre as sobrancelhas), pés de galinha e qualquer ruga que se forme na região dos olhos.

5 – Envelhecimento avançado

A possibilidade de tratar rugas antigas e muito profundas divide a opinião dos especialistas. Alguns acreditam que o procedimento com Botox age melhor nas peles com um grau de envelhecimento suave e médio. Outros defendem que o método pode ser eficaz para qualquer nível de ruga.

6 – Como corrigir os exageros

Se o paciente sentir que a dose aplicada foi além do suficiente ou que a região tratada não ficou exatamente como ela queria, há duas maneiras de corrigir: Esperar o efeito passar, já que é temporário, ou lançar mão de outro procedimento para descontrair o músculo como a eletroestimulação com micro choques que fazem o músculo voltar a funcionar.

7 – Quanto custa?

O valor da aplicação geralmente é cobrado de acordo com o número de ampolas utilizadas no procedimento. Por sessão é cobrado, em média, de R$ 1.000 a R$ 1.500 reais, mas é preciso ver caso a caso.

Fonte: https://www.felizmelhoridade.com.br

Os brasileiros precisam se movimentar mais, os números preocupam

Um levantamento do Ministério da Saúde apontou que 53% da população brasileira está acima do peso ideal e que 45,8% não pratica atividade física suficiente. Com o cotidiano agitado resta pouco tempo para seguir a risca qualquer que seja a rotina de exercícios.

Mas, quando falamos de uma melhor qualidade de vida tudo é válido, uma simples caminhada ou até frequentar diariamente academias, o importante é sempre estar em movimento.

A OMS estabeleceu padrões ideais  para a prática de exercicios físicos. Adultos entre 18 e 64 anos devem se exercitar no mínimo por 150 minutos de atividades físicas aeróbicas moderadas ou pelo menos 75 minutos de atividades intensas.

Bem-estar geral

Além dos ganhos físicos, as atividades regulares fazem bem para o todo. Na prática, nosso corpo libera duas substâncias a dopamina e serotonina, ambas trabalham em conjunto e auxiliam o organismo a gerar a sensação de bem-estar, satisfação e prazer.

“Com a liberação destas substâncias temos mais disposição e isto vale na prática de qualquer atividade. Além dos ganhos musculares o corpo fica mais relaxado e mais saudável permitindo uma melhor disposição para o dia a dia.”, comenta Rafael Zimak, gerente técnico da Bodytech do Shopping Iguatemi Ribeirao Preto.

Além disso, a prática ajuda também no combate dos sintomas da depressão, estresse e ansiedade, no controle de peso –  evitando assim a obesidade; e no aparecimento de doenças como diabetes, hipertensão e outras relacionadas ao coração e, são um método eficaz contra qualquer tipo de câncer.

Jovens e Crianças

Com a chegada da tecnologia, crianças e jovens perderam o hábito de brincar, correr e pular. Agora, eles dão preferências aos celulares, tablets, videogames ou televisão que, além de terem um gasto energético quase nulo, são por vezes aliados ao consumo de alimentos calóricos e nada nutritivos.

Segundo o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a obesidade infantil está aumentando com o passar dos anos.  O problema já é considerado de alto risco entre os profissionais da área pois ao chegar na fase adulta com excesso de gordura e obesidade, crianças e adolescentes têm mais riscos de desenvolver diversas doenças como hipertensão e diabetes. 

“Outros aspectos importantes também são observados como a deficiência das capacidades motoras, falta de equilíbrio, coordenação e a flexibilidade, entre outros pontos que podem comprometer o desenvolvimento”, explica Rayane Paulino, coordenadora Acqua/Kids da Bodytech do Shopping Iguatemi Ribeirao Preto.

Aos 40 anos

Segundo um estudo divulgado na Revista Científica Americana Jama, pessoas que começam a se exercitar na meia idade, perto dos 40 anos,  têm o risco de mortalidade reduzido para 32% a 35% se comparada àquelas que não praticam nenhum exercício. 

Um dos benefícios da prática esportiva a partir desta faixa é a redução da perda cognitiva e de memória que ocorre naturalmente com o passar dos anos. Outras vantagens observadas são a melhora da postura corporal, coordenação motora, mobilidade articular, capacidade de equilíbrio, entre outros.

Terceira Idade e longevidade

Um levantamento realizado pelo IBGE revela que, em 2050, a população de idosos vai triplicar no Brasil. Passará de 19,6 milhões, em 2010 – 10% do total da população – para 66,5 milhões de pessoas – 29,3% do povo brasileiro.

Não resta dúvidas que, um dos motivos para este aumento, está em uma mudança de comportamento e o aumento de índices das pessoas que cresceram e envelheceram sabendo da necessidade de uma prática esportiva.

Ela por sua vez, deixou de ser feita apenas por recomendações médicas e está virando hábito de vida. Entre os benefícios para a melhor idade, quando se trata por exemplo da musculação, estão mais volume, atividade e resistência dos músculos; mais sustentação à estrutura óssea evitando seu desgaste; auxílio na locomoção, equilíbrio e as atividades da vida diária em geral.

Fonte : https://wsports.com.br

“Não se curem além da conta. Gente curada demais é gente chata.”

Nise da Silveira nasceu em Alagoas, no dia 5 de fevereiro de 1905, e foi uma das mais importantes psiquiatras no Brasil. Em 1926, ao se formar na Faculdade de Medicina da Bahia, onde era a única mulher em uma turma de 157 alunos, Nise apresentou o estudo: “Ensaio sobre a criminalidade da mulher no Brasil”. No ano seguinte, ao mudar-se para o Rio de Janeiro com o marido e colega de turma, o sanitarista Mario Magalhães, começou a atuar como psiquiatra e iniciou uma coluna sobre medicina para o jornal A Manhã. “Na época em que ainda vivíamos os manicômios e o silenciamento da loucura, Nise da Silveira soube transformar o Hospital Engenho de Dentro em uma experiência de reconhecimento do engenho interior que é a loucura”, explica Christian Ingo Lenz Dunker, psicanalista e professor titular do Instituto Psicologia da USP.

Envolvida com os círculos marxistas da época, Nise foi denunciada por uma colega de trabalho, que era enfermeira, e presa pelo chefe da polícia política do Estado Novo, Filinto Müller, de 1934 a 1936. No presídio Frei Caneca, dividiu a cela com Olga Benário, a militante comunista alemã que à época era mulher de Luís Carlos Prestes, e conheceu o escritor Graciliano Ramos, que a retratou em seu livro Memórias do cárcere. “(…) lamentei ver a minha conterrânea fora do mundo, longe da profissão, do hospital, dos seus queridos loucos. Sabia-se culta e boa. Rachel de Queiroz me afirmara a grandeza moral daquela pessoinha tímida, sempre a esquivar-se, a reduzir-se, como a escusar-se a tomar espaço”, retratou o escritor. Em liberdade, porém colocada na clandestinidade, Nise entrou em contato com leituras de Spinoza e publicou o livro Cartas a Spinoza.

A arte e os psicóticos

Em 1944, Nise passa a trabalhar no Hospital Pedro II, antigo Centro Psiquiátrico Nacional, no Rio de Janeiro. Totalmente avessa ao choque elétrico, cardiazólico e insulínico, à camisa de força e ao isolamento, entre outras técnicas torturantes, Nise implanta, com o psiquiatra Fábio Sodré, a Terapia Ocupacional no tratamento psiquiátrico. Nesse mesmo ano, cria a Seção de Terapêutica Ocupacional e Reabilitação (STOR) do Centro Psiquiátrico Pedro II. Nise dirigiu o STOR, famoso por oferecer um atelier de pintura aos pacientes como forma de reabilitação, até sua aposentadoria, em 1974. Por meio das artes plásticas, a psiquiatra foi pioneira ao defender que a comunicação com os esquizofrênicos graves só poderia ser estabelecida inicialmente em nível não verbal, daí a importância dos desenhos.

Um das maiores contribuições de Nise foi o Museu de Imagens do Inconsciente, criado em 1952 para reunir a rica e complexa iconografia concebida por seus pacientes no STOR. Outro feito da psiquiatra foi introduzir entre os psicóticos o convívio com gatos e cachorros, a fim de promover a afetividade entre os internos e os animais. “Entre seus gatos e cartas, entre Espinoza e Jung, entre mandalas, pinturas e imagens do inconsciente, ela sempre recebia os errantes, visionários e candidatos a curadores de almas. Com a mesma benevolência e inquietude de quem sabia que a verdade do homem não pode ser pensada sem sua loucura”, afirma Christian.

Nise fundou o primeiro serviço de egressos psicóticos, a Casa das Palmeiras, em 1956, a primeira instituição que desenvolveu um projeto de desinstitucionalização dos manicômios no Brasil. Durante a ditadura militar que vigorou no Brasil de 1964 a 1985, criou em 1968 o Grupo de Estudos C. G. Jung. Foi membro fundadora da Sociedade Internacional de Psicopatologia da Expressão, com sede em Paris. Voraz leitora de Machado de Assis, costumava afirmar que seu primeiro contato com a psicologia havia sido com a obra do escritor.

Nise da Silveira publicou dez livros e escreveu uma série de artigos científicos que muito contribuíram para os estudos da psiquiatria. Morreu, aos 94 anos de idade, no dia 30 de outubro de 1999.

Um pensamento de Nise que merece ser eternamente lembrado: ” Não se curem além da conta. Gente curada demais é gente chata. Todo mundo tem um pouco de loucura. Vou lhes fazer um pedido: Vivam a imaginação, pois ela é a nossa realidade mais profunda. Felizmente, eu nunca convivi com pessoas ajuizadas”.
“É necessário se espantar, se indignar e se contagiar, só assim é possível mudar a realidade…”
Nise da Silveira

Fonte: https://www.revistapazes.com

Cinco temperos que podem substituir o sal na preparação dos alimentos

Temperos que podem substituir o sal. Aqui estão eles.

VôVó,  o uso exagerado de sal é o maior impactador para o aumento da pressão arterial, que atinge metade dos idosos brasileiros.

“O sal não é inimigo da nossa saúde.

É a forma como usamos o sal no cozimento que é errada”, diz a professora Isabel Kasper Machado de Gastronomia da Unisinos e da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.

O alto consumo de sal por dia é um dos maiores problemas para os idosos.

Com o tempo, o sabor não é sentido da mesma forma e a tendência é que as pessoas passem a usar mais sal na preparação dos alimentos.

O uso exagerado de sal eleva a pressão arterial e causando outros problemas de saúde, como a hipertensão.

Alguns idosos são orientados a não usar tanto sal na comida, em função da doença, e, por não sentirem o sabor da comida como antes, se alimentam menos, favorecendo o aparecimento de outros problemas, como a anemia – comenta a nutricionista Melissa Rosa, especialista em envelhecimento humano.

Segundo o Ministério da Saúde, a hipertensão é responsável por 50% do total de infartos que ocorrem no Brasil, 80% dos acidentes vasculares cerebrais e 25% dos casos de insuficiência renal.

No mundo todo, a hipertensão preocupa.

De acordo com uma pesquisa da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, um em cada cinco jovens adultos já são hipertensos no país.

Para o IBGE, mais da metade dos idosos brasileiros com mais de 75 anos já foi diagnosticado com o problema.

Para os cardiologistas, diminuir o consumo de sal é a medida que causa maior impacto na redução da pressão arterial.

Para a professora Isabel, a questão é saber usar o sal, principalmente na preparação de comidas em casa.

– Começar a preparação dos alimentos com uma pitada de sal, usando a ponta dos dedos e não uma colher, é a melhor forma de construir o sabor.

Os franceses, conhecidos pela preparação dos melhores pratos na gastronomia, usam muito pouco sal porque o insumo é de boa qualidade e as técnicas para construção do sabor são levadas muito a sério – explicou.

Usar ervas e especiarias como temperos é uma das sugestões da nutricionista especialista em cocção.

– No entanto, usar kits de ervas é um péssimo hábito porque mascara o verdadeiro sabor dos alimentos e faz com que o sabor seja corrigido com mais sal e gordura no final do cozimento.

Isabel explica que ervas são as partes das folhas de plantas aromáticas e as especiarias são formadas pelo resto, como o caule.

– Usar ervas frescas torna o aroma muito mais encantador. Assim como moer na hora da preparação. Quando compramos algo já moído, o verdadeiro sabor e perfume se perdem.

Conheça cinco temperos que podem melhorar o sabor dos alimentos.

Usá-los desobriga o aumento de sal na preparação da comida.

Alho e cebola

Isabel conta que o alho deve ser usado no início da preparação, mas nunca deve ser colocado junto com a cebola na panela.

– A cebola precisa de muito mais tempo para cozinhar do que o alho.

Como ela tem muita acidez, o ideal é picá-la com uma faca bem afiada (nunca uma faca de serrinha), esquentar uma panela com um fio de óleo e, então, colocar a cebola.

Quando ela ficar transparente, aí o alho pode ir para a panela.

Se os dois forem colocados juntos, o alho vai queimar e dar um sabor amargo ao alimento.

Para consertar, só com mais sal, prejudicando o sabor verdadeiro e, principalmente, a saúde de quem vai comer.

Alecrim

De sabor intenso, não se deve usar muito da erva na preparação da comida.

Se usado num assado no forno, como uma batata que será coberta por papel alumínio, basta um ramo no meio da fôrma e retirá-lo quando elas estiverem assadas.

– O vapor vai criar o sabor, por isso o ramo não precisa parar no prato de quem vai comer as batatas.

Dentro do molho, um ramo também basta.

Cominho

Também é uma erva muito intensa, mas se bem usado pode realçar o sabor do feijão e de diferentes vegetais, como a batata.

– É preciso ter cuidado com o cominho.

Meia colher de chá basta para uma preparação simples.

Louro

Um dos temperos favoritos da nutricionista, o louro pode ser usado em carnes, feijão e ensopados.

Isabel explica que basta uma folha para complementar o sabor do que será preparado.

Pimenta da jamaica

Facilmente encontrado no Mercado Público, a pimenta da jamaica é uma bolinha preta nada forte que abre o sabor do que será preparado.

– Um guisadinho comum fica maravilhoso com essa especiaria.

O ideal é moer na hora.

Um pilão simples num copo pode ser usado se um  almofariz não estiver disponível.

Isabel conta também que aromatizar o sal pode ser uma ótima forma de usar menos quantidade na comida.

Ela ensina que basta misturar um ramo de alecrim e duas pimentinhas da jamaica em um pouco de sal grosso e colocar tudo numa frigideira até que eles fiquem levemente amornados.

Depois, leve tudo ao liquidificador, bater e colocar num vidro fechado por três dias.

Além disso, ela explica que o sal fino não é a melhor escolha porque é fácil de perder a noção da quantidade.

– Moer na hora sal grosso ou comprar sal moído são as melhores opções para não errar a mão.

E, sempre, use uma pitada no início da preparação com as mãos.

Para as saladas, ela indica uma mistura que pode tirar o sal da receita: uma colher de sopa de suco de laranja, bergamota ou limão e mais três colher de azeite de oliva extra virgem.

– Juntos, eles formam um creme muito saboroso que não precisa de sal para dar um toque especial na salada.

Fonte: https://www.avovo.com.br

Sesc Vila Mariana – Passeio

Levamos 40 idosos atendidos ao Sesc Vila Mariana para conhecer a exposição “Do Toque ao Clique“.

A exposição, com curadoria de Leão Leibovich foi inédita no Brasil. Reuniu um acervo com mais de 60 peças sonoras históricas, além de mídias musicais e aparelhos eletrônicos.

Entre as peças expostas estavam caixas de música, piano-barril, orquestrion, pianola, fonógrafo, gramofone, entre outras construídas em sua maioria ao longo dos séculos XIX e XX e, que permitem traçar um panorama histórico e social da música mecânica programada e automática ao redor do mundo.

Certamente a visita ao Sesc Vila Mariana foi um passeio muito agradável e educativo, confira outras atividades similares aqui.

Limites e possibilidades do sexo na velhice

‘Câncer de próstata, que me deixe impotente. Seria o equivalente à morte para mim’.  J, publicitário, 63.

‘Medo de perder a libido, medo de ficar seca, medo de não ter mais tesão. Muito real. Muito’. Melita, jornalista, 55.

‘Eu não tenho fantasia nenhuma. Já me entreguei, e não sinto tesão nenhum. Sinto falta de um parceiro, mas não encontro. Os homens da minha faixa de idade querem meninas novas, eu tenho preconceito com homens mais jovens do que eu. Também não consigo me masturbar, então estou broxada’. Miriam, bancária, 56.

‘Solidão real é punheta’. Zé, motorista de Uber, 63.

Estas são algumas respostas a uma das treze perguntas que a jornalista Tania Celidonio apresentou a centenas de pessoas, brasileiros e brasileiras, quase todos de classe média, via internet, garantindo o anonimato aos que topassem responder. A questão específica no caso era ‘Quais são os fantasmas da velhice? E o que é real, mesmo que fantasmagórico?’

Duzentas e cinquenta pessoas – a maioria mulheres – responderam ao questionário, que virou um livro, ‘Mistérios da Libido na velhice’, editado pela própria autora, e disponível eletronicamente nas boas lojas do ramo por 12 reais.

Tania Celidonio é paulistana, mas mora no Rio. Depois de flertar com a História e a Música, como ela própria diz, foi repórter e editora, nas rádios Globo, Eldorado e TV Cultura, além de roteirista, editora e diretora de programas em diversas produtoras. Tem um blog sobre cinema e, por seis meses, resolveu investigar um universo pouco noticiado: o sexo na velhice.

O grande mérito de Tania é não ter ido além do que poderia, com um painel necessariamente parcial e impressionista. Ela própria admite a limitação: ‘O objetivo nunca foi realizar uma pesquisa científica, quantitativa ou qualitativa. A meta era reunir um número considerável de pessoas que se dispusessem a refletir sobre o passado e o presente de suas relações afetivas, amorosas e sexuais’.

O material coletado pode virar uma peça de teatro agora. São quatro atores e pequenos monólogos. Tania informa que está em busca de um diretor ou diretora.

As respostas selecionadas para o livro mostram que há sim sexo na velhice, e que ele continua sendo complicado, prazeroso, diverso e intenso. Registram ainda que muita gente prefere relembrar os bons tempos que não voltam mais, do que enfrentar o desafio da experiência nem sempre exitosa e chegar ao prazer.

Maria de Paula Oliveira, empresária, 64 anos (nomes são todos fictícios) resume a história: ‘A velhice acalma o sexo’. Sentido oposto tem a experiência de Rosângela, publicitária, um ano mais velha: ‘A qualidade do sexo é melhor agora’. Maria, dona de casa, 71 anos, admite: ‘Eu quero sempre mais, mas não tenho. Gosto de garotos, gosto muito do belo, mas o medo não deixa’.

Muitos depoentes parecem ser absolutamente francos. Isabela de Marco, jornalista, 57, assegura: ‘Perdi a libido aos 36 anos. Nunca mais me interessei por sexo e muito menos por romances’.

A Aids é uma espécie de sinal vermelho na avenida da liberação sexual, em que boa parte dos depoentes trafegava. ‘Para mim foi nos anos 1980, em plena juventude. Era um tempo mágico. Talvez por não existir tanta tecnologia, a gente corria perigo. Para se ter uma ideia, eu nunca transei com camisinha – não sei o que é isso. E bem quando a Aids fazia suas primeiras vítimas’. Isabela de Marco, jornalista, 57.

‘Vivi num segundo round após a primeira separação, no fim dos anos 1970. Casamento aberto, muitas separações, relacionamentos rápidos e intensos, até chegar a Aids’.  Angelo Alcântara, cineasta, 65 anos.

‘Minha geração deu de cara com a Aids, e todos ficaram mais caretas e reticentes. Mesmo assim, muitos de minha idade passaram a ter uma relação mais aberta entre namorados e família, por exemplo’. Quase Sessentão, artista gráfico, 59

No campo da memória, há lembranças tórridas, mas nem só:

‘Minhas lembranças são com o meu marido. Se não tivesse relação com ele, ele iria procurar outra pessoa. Então o jeito foi ter’. Luar, dona de casa, 57.

‘Não tenho boas lembranças, achava que sexo era pecado. Quando beijei pela primeira vez na boca, achei que tinha engravidado. Tinha 16 ou 17 anos. Uma fase de muita repressão, pecado, proibições’. Maria, documentarista, 70.

E o que essa gente trouxe do passado?

‘A minha masculinidade por demais machista de só pensar no meu orgasmo em primeiro lugar. O delas ficava pra depois’. Joel, ator, 81

‘Não trago nada. Não gosto de lembrar. As pessoas seguem mentindo’. Isadora Duncan, jornalista, 66

‘Tenho a noção exata do que se sente ao fazermos sexo sem amor, sexo pelo sexo, e o sexo com amor. Sentimentos e sensações absolutamente diferentes’.  Amaranta, roteirista, 68.

Para encerrar um exercício, que o autor deste blog propôs à própria Tania (ela recusou, dizendo que já se expôs demais ao longo da vida): responda às perguntas que seguem abaixo, imaginando que a resposta não seja anônima, mas pública. Dá para falar a verdade ou é melhor fazer como Tania e fugir da raia?

1- Quando você pensa em sexo e relações sexuais no presente as lembranças da juventude parecem muito distantes?

2- A liberação sexual dos anos 1960, 1970 e 1980 provocou muitas transformações pessoais e nos relacionamentos. Você viveu isso?

3-Quais são as lembranças das suas relações afetivas e sexuais na juventude? O que foi mais importante nessas relações?

4- Quais são as experiências da juventude que você trouxe para os dias de hoje?

5- Quais são os fantasmas da velhice? E o que é real, mesmo que fantasmagórico?

6- O que você trouxe da sua juventude para o sexo de hoje? E o que você deixou para trás e não tem saudade?

7- Você acha que na velhice os homens encontram parceiras ou parceiros sexuais com mais facilidade que as mulheres?

8- Ficar velho (a) é uma maneira de se livrar da obrigação de fazer sexo?

9- Ser casado é um estímulo para fazer sexo na velhice? E ser solteiro?

10- Existe um jeito especial de estimular o desejo sexual na velhice?

11- Você usa algum ‘aditivo’ antes ou durante suas relações sexuais?

12- De que forma o sexo afeta as suas relações, seja com parceiros(as) ou outras pessoas em pleno processo de envelhecimento?

13- Como é a sua vida sexual? Você transa com frequência? Sente falta ou vontade de transar mais?

Fonte: https://terceiraidadeconectada.com