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Como o design pode transformar o sistema de saúde

Na semana passada, tive a oportunidade de assistir a uma apresentação de Stacey Chang, fundador e diretor executivo do Design Institute for Health, que vem revolucionando o atendimento na saúde no estado norte-americano do Texas. Apesar da formação em engenharia pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology) e pela Universidade de Stanford, atualmente ele trabalha em parceria com a faculdade de medicina da Universidade do Texas, em Austin. O projeto que está sendo posto em prática aboliu salas de espera e os resultados são medidos não pelos procedimentos realizados, e sim pelos indicadores de evolução do quadro do paciente.

Para Chang, responsável pela ideia que parecia inviável à primeira vista, o ensino tradicional de medicina é parte do problema: “ele é baseado em pesquisa, educação e clínica. Como pesquisa e educação não trazem retorno financeiro, há uma ênfase em procedimentos e tratamentos de grande complexidade na parte de atendimento clínico. O resultado disso é a falta de incentivo aos cuidados de prevenção. O modelo atual não funciona mais, é preciso que o ser humano volte a ser o centro do sistema”.

Por isso, a proposta foi radical: a remuneração não vem do número de procedimentos executados, e sim do resultado obtido, ou seja, quando o paciente melhora. O trabalho de convencimento foi intenso e incluiu uma mudança no layout do atendimento, com o fim da sala de espera, como Chang explica: “em vez de os pacientes aguardarem sua vez, cada um é encaminhado para uma sala. O espaço é dele, e não dos profissionais de saúde. A pessoa poderá ser atendida por um médico, enfermeiro, fisioterapeuta, tudo numa só visita, porque o objetivo não é a consulta em si, e sim seus desdobramentos”.

Chang lembra que a natureza das doenças mudou e hoje convivemos com obesidade, hipertensão, diabetes, depressão. Na sua opinião, essas não são enfermidades para serem atendidas em hospitais, que foram concebidos há séculos para dar conta de infecções em massa ou feridos de guerra: “as pessoas vivem com doenças e apesar delas. Temos que repensar a forma de lidar com a situação, porque seu manejo já se dá em casa, às vezes com o uso de celulares e tablets. Precisamos expandir essas fronteiras e passar a cuidar da saúde dentro das próprias comunidades. Em vez de ir a uma clínica, que só reforça a carga negativa do quadro, por que não participar de grupos e discussões em bibliotecas e centros comunitários?”, propõe.

A vizinhança deve ser encarada como um ambiente acolhedor para o que Chang chama de “normalizar a conversa sobre o assunto”: “se falamos com amigos e conhecidos sobre alimentação e exercício, por que não incluir hipertensão e diabetes nesse papo? É um modelo que se aplica a doenças mentais. Se tornamos o assunto natural e conversamos sobre isso, o estigma diminui, o que ajuda o paciente. Infelizmente, o que acontece hoje é que muitas vezes reconhecemos os sinais, mas fingimos não ver e nos omitimos, quando poderíamos intervir preventivamente”.

Fonte: https://g1.globo.com

Os visionários do SUS | Artigo

Os desafios para prestar assistência universal a uma população sedentária que envelhece, engorda e ainda fuma são imensos. Veja artigo do dr. Drauzio sobre visionários do SUS. 

Nasci no Brás, durante a Segunda Guerra. Da rua em que morávamos até a Praça da Sé, são vinte minutos de caminhada.

Quando estava com sete anos, acordei com os olhos inchados, e meu pai me levou ao pediatra.

Ao voltarmos, o futebol ininterrupto que jogávamos com bola de borracha na porta da fábrica em frente, parou e a molecada correu até nós. Queriam saber se era verdade que os médicos davam injeções enormes na bunda das crianças.

Nenhum daqueles filhos de operários, meus irmãos ou eu havia ido ao pediatra; só os fortes sobreviviam, a morte de crianças era aceita com resignação. Em várias regiões do país, a mortalidade infantil ultrapassava uma centena para cada mil nascidos.

Se a assistência médica não chegava ao Brás fabril, o primeiro bairro da zona leste, encostado no centro da cidade que mais crescia na América Latina, que cuidados recebiam aqueles da zona rural, que constituíam mais de 70% da população?

Sarampo, caxumba, catapora, difteria e tosse comprida eram “doenças da infância”, tão inevitáveis quanto a noite e o dia. Qualquer episódio de febre que deixasse a criança apática enlouquecia as mães, apavoradas pelo fantasma onipresente da poliomielite. O som metálico das próteses que acompanhava os passos de meninas e meninos era ouvido em toda parte.

São Paulo insistiu em seu delírio de grandeza. Nos vinte anos seguintes, afluíram milhões de migrantes que fugiam da miséria. No fim da década de 1960, eram 300 mil novos habitantes por ano que se aglomeravam na periferia inchada, carente dos serviços públicos mais elementares.

Nessa época, fiz internato e residência no Hospital das Clínicas, que recebia pacientes do país inteiro. Sofriam de tuberculose, esquistossomose, Chagas, leishmaniose, malária, filariose. A prevalência de vermes intestinais na idade escolar ultrapassava 90%. Tínhamos uma ala exclusiva para tratar de crianças subnutridas. No Emílio Ribas, havia uma enfermaria para os casos de varíola, erradicados do mundo nos anos 1990.

No pronto-socorro de Pediatria, os bebês com diarreia e desidratação eram atendidos numa sala com trinta berços, ao lado dos quais as mães passavam os dias e as noites em vigília. Morriam quatro ou cinco em cada plantão de 12 horas. No final, íamos embora deprimidos e revoltados contra a perversidade daquela ordem social.

Em 1988, o SUS passou a fazer parte da Constituição. Nós nos tornamos o único país com mais de 100 milhões de habitantes que ousou oferecer saúde para todos.

Apesar de termos nos esquecido de onde sairiam os recursos para tamanho desafio, dos descasos, das interferências políticas que geram desmandos administrativos e corrupção, hoje são raras as crianças sem acesso a pediatra.

Em contraste com as imagens de Unidades de Saúde caindo aos pedaços e prontos-socorros com doentes no chão, as equipes do Saúde da Família atendem, de casa em casa, a maior parte do país continental. Temos o maior programa gratuito de vacinações e de transplante de órgãos, do mundo. A distribuição universal de medicamentos para a aids não só impediu que a epidemia se transformasse em catástrofe nacional, como serviu de base para o combate em países da África e da Ásia.

Se pensarmos que, nos tempos desassistidos de minha infância, o Brasil tinha 50 milhões de habitantes, enquanto hoje somos 200 milhões, a assistência médica deu um salto quantitativo e de qualidade muito superior ao de outras áreas sociais, apesar do subfinanciamento e de todas as deficiências gerenciais.

No século 21, os desafios para prestar assistência universal a uma população sedentária que envelhece, engorda e ainda fuma são imensos. Não se trata apenas de continuar com as vacinas, saneamento básico e o combate às doenças infectoparasitárias, agora lidamos com as bactérias resistentes e as complexidades da hipertensão, diabetes, ataques cardíacos, derrames cerebrais, Alzheimer.

O atual modelo estatizado, paquidérmico e perdulário do sistema único precisa ser repensado. Existem formas mais modernas de administrar e de obter recursos para impedir que o SUS se transforme num sonho fracassado dos visionários que o criaram no século 20.

Exercício: faça o que puder, mas faça

O governo norte-americano divulgou, em meados de novembro, a segunda edição de recomendações para combater o sedentarismo. Com o título de “Physical Activities Guidelines for Americans”, essas diretrizes vêm substituir a versão anterior, de 2008, e são resultado de dois anos de estudos que não deixam dúvidas sobre a relação entre atividade física e o quadro geral de saúde. A primeira constatação das pesquisas foi a de que ficar sentado representa um problema maior do que simplesmente não se exercitar. Ainda não há como quantificar o limite de tempo para o sedentarismo, mas, como esse blog já noticiou, há uma espécie de reação em cadeia provocada pela inatividade que conduz ao risco aumentado para doenças crônicas, como diabetes, demências e acidentes vasculares encefálicos (popularmente conhecidos como derrames).

A recomendação para se exercitar não tem como objetivo apenas fortalecer o corpo, mas também garantir que o cérebro continue funcionando bem em todo o curso de vida. Para todas as idades, a atividade física traz benefícios para o aprendizado, a qualidade de sono e a redução da ansiedade. Na edição anterior das diretrizes, ainda havia a compreensão de que a atividade física deveria ter pelo menos dez minutos de duração para produzir algum efeito no organismo: era a “regra dos dez minutos”. Embora os especialistas continuem recomendando 150 minutos de exercícios por semana, sugerem que pequenas quantidades de movimento – como subir escadas, por exemplo – devem ser somadas para atingir esse objetivo. É uma mudança significativa de abordagem, com o propósito de não desencorajar quem não consegue atingir esse patamar. Faça o que puder, mas faça – é o recado.

Um outro aspecto relevante é que as diretrizes valem para todas as idades, dando o recado de que as pessoas não devem abrir mão da atividade física porque envelhecem. É claro que doentes crônicos precisam fazer os ajustes necessários de acordo com suas condições de saúde, mas a recomendação, para jovens e velhos, inclui musculação, exercícios aeróbicos e de equilíbrio. A soma dessas ações também previne osteoartrites e sarcopenia, que é a perda de massa e de força muscular. O resumo da ópera é claro e serve para todos: o nível de atividade é uma questão de saúde, e não de idade, lembrando que sete das dez doenças crônicas mais comuns teriam um desfecho mais favorável com a prática de atividade física.

Fonte: https://g1.globo.com/

Álcool e idosos, uma questão de saúde pública

O uso de substâncias psicoativas entre idosos vem preocupando os profissionais da área da saúde e novos dados têm indicado que o tema merece atenção do poder público. De acordo com a publicação Álcool e a Saúde dos Brasileiros – Panorama 2019, entre 2010 e 2016, houve um aumento de 6,9% e 6,7%, respectivamente, no número de internações e de óbitos parcial ou totalmente atribuíveis ao álcool entre os brasileiros com 55 anos ou mais.

No Brasil, o mesmo levantamento apontou que essa população é a maior vítima do consumo nocivo de álcool, representando 38% das internações e 62,5% das mortes relacionadas ao uso da substância. Os números são similares no Estado do Mato Grosso do Sul – 37,8% e 61,4%, respectivamente.

A ingestão de bebida alcoólica nessa faixa etária pode provocar efeitos mais acentuados comparativamente aos jovens de mesmo sexo e peso. Isso acontece porque o envelhecimento costuma diminuir a tolerância do corpo ao álcool, em razão de uma série de alterações fisiológicas, como mudanças na capacidade de metabolização hepática e função renal, bem como na composição corporal, com maior tendência à desidratação.

Diante desta sensibilidade, a recomendação é que pessoas acima de 65 anos, se decidirem beber, se limitem a três doses de álcool em único dia, sem ultrapassar sete doses por semana. Vale frisar que uma dose de álcool é equivalente à ingestão de 350 ml de cerveja, 150 ml de vinho ou 45 ml de destilado (vodca, uísque, cachaça, gin ou rum). É importante ressaltar que pessoas com problemas de saúde que possam ser agravados pelo álcool não devem beber.

Abusar do consumo de bebidas alcoólicas nessa fase da vida pode trazer consequências preocupantes. Destaco, entre elas, deficits no funcionamento cognitivo e intelectual, prejuízos no comportamento global, aumento do número de doenças e agravos a outros problemas de saúde comuns à idade. Além disso, os idosos ficam expostos a um maior risco de quedas e lesões e podem sofrer ainda outros impactos pela interação do álcool com medicamentos mais comumente utilizados na terceira idade.

Um artigo científico reportou que o padrão Beber Pesado Episódico* (BPE), quando é consumida grande quantidade de álcool em curto período de tempo, e os transtornos relacionados ao álcool (abuso e dependência) em idosos estão mais associados ao sexo masculino e a ser economicamente desfavorecido. Em paralelo, as idosas representam um subgrupo que merece atenção específica, já que, para elas, a progressão do uso à dependência tende a ocorrer mais rapidamente e as consequências adversas iniciam-se mais precocemente. Além disso, elas estão especialmente mais propensas que os homens a utilizar medicamentos de uso controlado, como tranquilizantes, analgésicos, sedativos, estimulantes e antidepressivos. Apesar de a incidência de transtornos relacionados ao uso de álcool em idosos ser estimada em 1% a 3%, pesquisadores alertam que o diagnóstico é subestimado.

Esses dados mostram que parte considerável dos idosos brasileiros consome bebidas alcoólicas e sabe que esse comportamento, especialmente se excessivo e frequente, na terceira idade, pode aumentar os riscos de complicações da saúde e mortes. Somado a isso, há o contexto do envelhecimento da população brasileira – alavancado pelo aumento da expectativa de vida, diminuição da natalidade e avanços dos serviços de saúde, incluindo o acesso e a disponibilidade de tratamentos. É notável, portanto, que os idosos sejam alvo de campanhas e políticas públicas específicas de prevenção ao uso nocivo de álcool.

*Beber Pesado Episódico é um padrão de uso nocivo que equivale ao consumo de 60 g ou mais (cerca de 4 doses ou mais) de álcool puro em uma única ocasião ao menos uma vez no último mês. Uma (1) dose corresponde a cerca de 14 g de álcool puro, o equivalente a 350 ml de cerveja, 150 ml de vinho ou 45 ml de destilado (vodca, uísque, cachaça, gin ou rum).

Fonte: https://www.correiodoestado.com.br

Sintomas de trombose nas pernas: Saiba como identificar a doença!

Você sabe identificar sintomas de trombose nas pernas? Ao cortar ou perfurar a pele, o sangue começa a escorrer. Para evitar essa perda, o corpo humano conta com um poderoso sistema de coagulação que envia plaquetas para o local, a fim de formar um “trombo” (coágulos) e bloquear o sangramento.

Sob condições saudáveis, esse trombo se dissolve após um tempo e o vaso rompido pelo ferimento é recanalizado, normalizando a circulação. No entanto, há quem possua alguns distúrbios e forme trombos em uma ou mais veias, sem que haja sangramentos. À essa condição, chamamos de Trombose ou Trombose Venosa Profunda (TVP).

Em geral, esses trombos costumam se formar nos membros inferiores do corpo, como pernas e pés. Há também quem apresente trombose arterial (trombos nas artérias), bloqueando totalmente os vasos, podendo ocasionar um acidente vascular cerebral ou AVC, caso a obstrução seja nas artérias do cérebro. Já quando a formação de trombos provoca hemorróidas, a condição é chamada de trombose hemorroidária.

No caso da trombose venosa, o perigo está na embolia pulmonar, que ocorre quando esses coágulos se deslocam e migram até os pulmões através da circulação sanguínea, podendo ser fatal. Por esta razão, saber identificar os sintomas de trombose nas pernas ou em qualquer outro local do corpo é extremamente importante.

Dor nas pernas, inchaço e mudanças na coloração da pele, por exemplo, são apenas alguns sinais de trombose, principalmente nas mulheres. Isso porque estamos mais expostas aos fatores de risco da doença, como o uso da pílula anticoncepcional, gravidez e tratamentos hormonais.

Para efeito de esclarecimento, o artigo abaixo irá se concentrar na trombose venosa profunda, explicando tudo sobre a doença, para que você seja capaz de identificar logo os sintomas de trombose nas pernas e pés e evitar que algo pior aconteça. Confira!

Chamamos de trombose venosa profunda (flebotrombose) ou de apenas trombose, a condição em que o organismo provoca a formação de coágulos de sangue (trombo) que bloqueiam o interior de um ou mais vasos sanguíneos ou artérias, de maneira parcial ou completa, impedindo a passagem de sangue e prejudicando a circulação sanguínea.

Em geral, esses coágulos sanguíneos se formam nas veias das pernas, pés e pélvis, impedindo que o sangue coletado desses membros inferiores seja transportado de volta ao coração, por exemplo, assim congestionando as veias.

Os primeiros sinais da trombose são apresentados através de inchaços, sensação de tensão, dores e aumento da temperatura nas pernas, endurecimento da pele e mudanças de coloração (vermelho-escura ou arroxeada). Ainda assim, a trombose pode ser também completamente assintomática.

De qualquer forma, uma trombose venosa profunda deve ser imediatamente tratada por um médico, pois o perigo é grande caso se formem trombos em veias profundas do músculo da perna ou da bacia. Isso porque esses coágulos podem soltar fragmentos das paredes da veia que podem ser levados aos pulmões através do fluxo sanguíneo, causando complicações bem mais graves.

Como por exemplo, uma embolia pulmonar ou até um AVC, caso os coágulos obstruam artérias no cérebro (trombose cerebral). Em ambos os casos, as condições podem até levar à morte.

Tipos de trombose

A trombose pode ser classificada em dois tipos distintos trombose aguda e trombose crônica, de acordo com o seu desenvolvimento. Na trombose aguda, o corpo mesmo se encarrega de dissolver os coágulos formados naturalmente através de mecanismos próprios.

No entanto, durante o processo de dissolução do coágulo, o interior das veias pode ficar prejudicado e destruir a estrutura das válvulas, impedindo que sangue seja retornado e acarrete em inchaços, varizes, escurecimento, endurecimento da pele e até feridas.

Importante: A condição conhecida por tromboflebite não é um tipo de trombose, mas uma inflamação dos coágulos formados durante a trombose, em que causa o fechamento parcial de uma veia superficial e sintomas como calor na região, vermelhidão e varizes ou veias dilatadas.

Sintomas da trombose

Segundo hematologistas da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), mais de 300 mil pessoas nos Estados Unidos e mais de 500 mil na Europa  a cada ano sofrerão de trombose venosa profunda e embolismo pulmonar. No Brasil, por exemplo, não há registros precisos da incidência da doença, mas calcula-se que um ou dois a cada mil habitantes possa vir a ter trombose.

Para piorar as estatísticas, uma pesquisa realizada pelo Ibope em 2010 revelou que 44% da população brasileira não sabe como identificar os sintomas da trombose, fazendo com que a doença se torne ainda mais perigosa, principalmente para as mulheres.

Isso porque, na metade dos casos, a trombose não costuma manifestar nenhum sintoma. No entanto, existem alguns tipos de trombose, dependendo do local onde os vasos ficam obstruídos, que apresentam os seguintes sintomas:

Sintomas de trombose nas pernas

A trombose nas pernas ocorre porque o sangue flui mais lentamente nas veias do que nas artérias, por isso que a trombose venosa profunda ocorre principalmente nas veias.

Apesar da trombose nas pernas ser o tipo mais comum, devido a circulação do sangue mais lenta, os coágulos podem se formar em qualquer outro local, como braços, mãos, pés, coxa, virilha, fossa poplítea, panturrilha, por exemplo.

Os sintomas mais comuns são:

  • Dores repentinas nas pernas, que pioram aos poucos, principalmente nas panturrilhas, podendo irradiar até os pés e tornozelos;
  • Pele endurecida;
  • Sensação de tensão e tumefação;
  • Sensação de queimação e aumento da temperatura local, que pioram com o tempo;
  • Mudanças na coloração da pele no local afetado (vermelha, azul ou arroxeada);
  • Edemas (inchaços) no local afetado com sensação de peso, por vezes mais de 3 cm;
  • Veias dilatadas nas pernas;
  • Sensibilidade ou dor ao toque.

Sintomas de trombose arterial ou cerebral

A trombose arterial ou cerebral é o tipo que obstrui as artérias do cérebro, causando sintomas de AVC, como formigamento ou paralisia num lado do corpo, boca torta, dificuldade para falar ou alterações na visão, por exemplo. Pode acontecer também nas artérias do coração, causando infarto do miocárdio, entre outros problemas.

Sintomas de trombose hemorroidária

​A trombose hemorroidária ocorre quando uma hemorroida interna ou externa se rompe ou fica comprimida pelo ânus, impedindo que o sangue flua, acumulando no ânus e formando um coágulo. Os sintomas são inchaço e intensa dor na região anal.

Costuma ocorrer com mais frequência durante prisão de ventre e a gravidez, mas também pode ocorrer em situações de aumento de pressão abdominal, como esforços exagerados e levantamento de peso.

Leia mais: Remédio para Hemorroida e Pomadas: Conheça os Melhores Tratamentos

Importante: na presença de um ou mais sintomas de trombose nas pernas, é fundamental procurar  um médico urgente, antes que a trombose se agrave levando a tipos mais sérios, como a embolia e o AVC.

Causas da trombose

Já vimos que a trombose ocorre na presença de coágulos sanguíneos em uma ou mais veias grandes das pernas outros locais dos membros inferiores, que bloqueiam o fluxo de sangue causando os inchaços e dores na região. Portanto, a obstrução dos vasos sanguíneos é a sua principal causa.

Os seus maiores riscos são as embolias, que podem afetar o cérebro, os pulmões, o coração ou outras áreas do corpo, causando lesões mais graves. São muitos os fatores de risco que contribuem para o entupimentos dos vasos e favorecem a ocorrência da trombose.

Assim, quanto mais fatores de risco se apresentarem, maior será probabilidade de desenvolver a trombose. Entre eles:

1 – Problemas de circulação

A imobilidade prejudica a circulação, pois a falta de movimentos seja por acamamento por mais de 3 dias, prolongadas internações hospitalares, gesso ou talas e pós cirurgia por mais de 1 hora, especialmente cirurgia de artroplastia joelho ou quadril.

Até mesmo permanecer sentado por longos períodos, com as pernas na mesma posição impedem que os músculos da panturrilha se contraiam, dificultando a circulação de sangue.

A falta acentuada de líquidos ou doença venosa pré existente (insuficiência venosa crônica) também causam uma má circulação sanguínea ou circulação lenta.

2 – Danos nos vasos sanguíneos

Em alguns casos, danos na parede dos vasos sanguíneos, provocados por cirurgia, lesão ou inflamação podem dificultar o fluxo sanguíneo, aumentando as chances de coágulos.

A anestesia, geralmente aplicada antes dos procedimentos cirúrgicos dilatam as veias e facilitam a formação dos coágulos.

Alterações das veias dos membros inferiores, causadas pela idade, como as varizes também podem contribuir para o aparecimento da trombose.

3 – Hereditariedade

Algumas pessoas possuem a predisposição genética para a trombose ou carregam no sangue distúrbios sanguíneos que facilitam a coagulação sanguínea, chamada de hipercoagulabilidade ou trombofilia.

O transtorno gera uma tendência acentuada para coagulação sanguínea, devido a fatores coagulantes em excesso ou desequilíbrio entre coagulação e dissolução de coágulos provocado por medicamentos.

Não costuma ser uma condição ameaçadora, no entanto, quando combinada a outros fatores de risco de trombose, o risco é maior.

4 – Condições de saúde específicas

Alguns tipos de câncer e tratamentos costumam aumentar a quantidade de substâncias no sangue que facilitam a coagulação. Infecções gastrointestinais, como colites ulcerosas, também podem ser fator de risco.

A insuficiência cardíaca congestiva, por exemplo, costuma não bombear a mesma quantidade de sangue, aumentando os riscos de coagulação. Assim como marcapasso e cateter nas veias podem inflamar os vasos sanguíneos e diminuir o fluxo do sangue.

Condições em que a medula óssea começa a produzir glóbulos sanguíneos em excesso (policitemia vera) tornam o sangue mais denso e lento do que o normal, pode se tornar um risco a formação de coágulos.

Da mesma forma, situações onde o sangue fica mais viscoso ou a circulação mais lenta, como em caso de macroglobulinemia de Waldenstrom; mieloma múltiplo; doença de Behçet; infarto agudo do miocárdio; AVC; doença pulmonar, diabetes e paralisia dos membros, entre outros, podem contribuir também para o desenvolvimento da trombose.

5 – Obesidade

A obesidade é um fator de risco para a trombose, pois o excesso de peso e o acúmulo de gorduras pressionam e entopem as veias, dificultando a passagem do sangue, principalmente nos vasos da pélvis e das pernas.

Além disso, ainda podemos citar como fatores de risco:

  • Idade mais avançada (igual ou superior a 65 anos), os riscos dobram a cada 10 anos a partir dos 20 anos de idade;
  • Colesterol alto;
  • Casos de levantamento de peso excessivo ou esforço físico invulgar;
  • Gravidez e pós parto;
  • Terapia de reposição hormonal com estrogênio;
  • Uso de anticoncepcionais ou medicamentos que interfiram na coagulação;
  • Álcool e Tabagismo, que afetam a circulação de sangue, facilitando a coagulação.

Risco em potencial para as mulheres

Homens e mulheres idosos apresentam quase o mesmo risco de sofrer uma trombose venosa profunda. No entanto, mulheres mais jovens estão mais suscetíveis à trombose.

Fonte: https://www.aterceiraidade.net/

Projeto De Geração promove troca de experiências entre crianças e idosos

Respeitar os mais velhos e aumentar a autoestima dos idosos. Foi por meio dessas diretrizes que nasceu o projeto De Geração para Geração, desenvolvido em uma escola pública do município de Indaial, em Santa Catarina.

O projeto social promove troca de experiências entre crianças e idosos em escola, além de aumentar a autoestima dos idosos.

Malvina Ribeiro é assistente social e vive em Indaial, cidade catarinense com menos de 70 mil habitantes. Até o ano passado, desenvolvia atividades como agente de saúde do município. Foram nove anos dessa experiência marcada pelo convívio com a comunidade.

Um dia, percebendo o desânimo de uma das colegas, já veterana no grupo, ela teve uma ideia: envolvê-la em uma atividade nova que lhe desse a oportunidade de falar sobre seus aprendizados. A troca passou a acontecer com as crianças, que também passavam pela unidade de saúde local.

‘A gente viu o benefício dessa interação de uma idosa e uma pessoa mais jovem. Aí, resolvemos levar isso para comunidade. Ter esse olhar diferenciado para comunidade, procurar esses idosos que estavam se sentindo desvalorizados em casa. Resolvemos levar eles na escola para terem essa interação com as crianças’, afirmou Malvina Ribeiro.

Maria Terezinha Batista, que foi motivada por Malvina a investir nessa relação com os pequenos, virou parceira e uma das idealizadoras do projeto social. ‘Muitas crianças não sabem o que é um sapo, o que é uma enxada, o que é um ninho de passarinho com ovos. Eles não sabem como plantar uma planta, como colher. São essas coisinhas que a gente está contando para eles’, disse.

Agora, uma vez por mês, os idosos visitam a escola e trabalham algum tema com os alunos. As crianças ensinam lições de informática e também ajudam no uso do celular. Já os idosos levam objetos antigos, relatam histórias de vida e da época de estudantes, quando o professor era considerado parte da família.

Fonte: https://terceiraidadeconectada.com

Aos 80 anos, mulher assina com agência de modelos

Uma senhora de mais de 80 anos provou que nunca é tarde para correr atrás de seus sonhos. Beate Howitt, que sonhou nos anos 50 com a carreira de modelo, assinou seu primeiro contrato profissional depois de ser abordada por um olheiro enquanto fazia compras em Oxford, na Inglaterra. “Foi sensacional. Eu sempre sonhei com isso. Claro que parte de mim ficou surpresa de pensar que alguém quisesse ver esse rosto de senhora. Mas eu nunca me vi como uma pessoa velha. Sempre vivi o momento. Agora é um novo capítulo que está se abrindo na minha vida”, contou em entrevista ao britânico “Daily Mail”.

A inglesa, que é uma das agenciadas da MOT Models, contou que chegou a ser reconhecida na rua depois de estrelar um anúncio publicitário. “Fui ao banco recentemente e a mulher do caixa disse: ‘você não estava na TV?’. Coisas assim me mostram que nunca é tarde demais”, afirmou Beate, que estava há dez anos aposentada depois de uma carreira como professora.

Ela lembra que fazia compras em uma loja de lenços de seda quando foi convidada pelo gerente para participar de um desfile beneficente. “Eu estava nervosa, mas adorei a ideia de estar em uma passarela”, contou. Durante sua estreia como modelo, ela chamou a atenção da designer Bianca Elgar que a convidou para estrelar uma campanha para seu site. Assim que as fotos foram lançadas, a profissional escreveu Beate secretamente em um concurso de modelos promovido pela revista “Goldie”. O resultado? Ela não apenas ganhou, como estampou a capa da publicação e ainda garantiu seu primeiro contrato com uma agência de grande porte.

“Estar na capa foi sensacional. Quem não gostaria? Eu também achei hilário: uma senhora na capa de uma revista”, admitiu. “Quando você tem 80 anos é realmente surpreendente. Eu sempre quis ter um projeto de vida e queria saber como fazer isso possível. Eu estava falando com Deus e dizendo: “Eu tenho toda essa energia, por favor, abra outra porta para mim.”.

Ao jornal, a diretora da MOT Models comentou sobre o novo momento do mercado. “Há uma evolução acontecendo no mundo da beleza. Muitas marcas querem mostrar essa diversidade de idade.”

Beate Howitt precisou deixar a Alemanha nos anos 40 com a família para fugir da guerra. Já na juventude precisou adiar o sonho de ser modelo por imposição de seus pais. “Eles achavam que modelar era uma profissão muito precária e que eu precisava de um trabalho com uma renda mais estável. Também pensei em ser aeromoça. Mas novamente eles não deixaram. Então precisei deixar de lado todos os meus sonhos. Hoje me considero abençoada.”

Fonte: https://universa.uol.com.br

Mulheres Independentes

As mulheres fortes independentes não aceitam ser controladas, porque sabem o seu valor e querem pessoas que as respeitem ao seu lado.

As mulheres independentes são diferentes. Elas têm sua própria identidade, não aceitam se esconder à sombra de ninguém e lutam todos os dias por seus objetivos de vida. Não são todas pessoas que conseguem ter mulheres assim ao seu lado, principalmente em um relacionamento romântico.

Por muito tempo, as mulheres foram ensinadas a se submeterem aos desejos de outras pessoas, e essa “regra” por muitos anos limitou as vidas de muitas de nós, que se viram obrigadas a abandonar os seus sonhos e autenticidade. De fato, por muito tempo as mulheres tiveram que fingir se sentirem confortáveis com vidas medianas, quando na verdade sabiam que tinham tudo o que era preciso para conquistarem sua felicidade por conta própria.

Hoje em dia as coisas estão diferentes e estamos caminhando para uma mudança. Temos mais espaço para nos expressarmos verdadeiramente, exigir nossos direitos e escolher nossa felicidade acima de qualquer coisa. Muitas coisas ainda precisam mudar, mas grandes conquistas já foram feitas.

Agora, temos a escolha de não depender apenas de nós mesmas para termos nossas coisas e realizarmos nossos sonhos. Salvo casos particulares, nós escolhemos sozinhas as pessoas com as quais queremos viver nossas vidas, e o fazemos por amor. Além disso, a sociedade está mais aberta a apoiar as mulheres, o que muito contribui para aumentarmos nossa autoconfiança, senso de liberdade e independência.

Cada vez mais as mulheres estão despertando sua luz interna e nutrindo sua essência, tornando-se as únicas mestras de suas vidas.

Essas mulheres são esclarecidas, motivadas em sua jornada, educadas e respeitosas consigo mesmas, definindo limites saudáveis e escolhendo, com cuidado, quem querem em suas vidas.

As mulheres fortes e independentes sabem que uma relação, seja romântica, familiar ou social, só vale a pena se for sustentada pelo amor e que nada compra a sua liberdade e felicidade.

As mulheres fortes e independentes não aceitam ser controladas porque sabem o seu valor, e querem pessoas que as respeitem ao seu lado.

Os parceiros sábios que valorizam as mulheres independentes ao seu lado são grandes exemplos de amor verdadeiro, altruísmo e respeito. Eles mostram o que o verdadeiro amor é, permitir que a outra pessoa cresça e conquiste seus próprios sonhos, sem se sentirem ameaçados ou inferiorizados.

As mulheres já foram magoadas antes, mas amadureceram e aprenderam a se colocar em primeiro lugar. Como consequência, seus relacionamentos melhoraram. Elas sabem que o amor é construído todos os dias por duas pessoas comprometidas e que não há espaço para egoísmo e orgulho em relacionamentos verdadeiros.

As mulheres independentes são fortes, e isso não é para qualquer um

Fonte: https://www.agrandeartedeserfeliz.com