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Sintomas da Intolerância à Lactose: Conheça todos!

De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, cerca de 35% da população brasileira sofre com os sintomas da intolerância a lactose. Uma condição causada pela deficiência na produção de uma enzima (lactase) responsável por ajudar na digestão do açúcar presente no leite e seus derivados.

A lactase é particularmente fundamental para que os bebês consigam digerir o leite materno, já que esta é a sua única forma de alimento. No entanto, à medida que ficamos adultos e passamos a ingerir outros alimentos, a produção de lactase diminui, pois a ingestão de alimentos que contêm lactose já não é na mesma proporção e tão necessária ao organismo.

Mesmo assim, algumas pessoas também podem desenvolver sintomas da intolerância à lactose em vários níveis, desde o nascimento à ao longo da vida, devido ao envelhecimento, por resultado de alguma doença (infecções virais ou bacterianas) ou após uma cirurgia.

Além dos sintomas da intolerância a lactose serem muito desconfortáveis, a condição impõe limitações na dieta que quando ignoradas, podem acarretar reações ainda mais intensas, além de outras complicações provocadas ​​pela má absorção de lactose.

No artigo abaixo você vai aprender o que é lactose e como identificar os seus sintomas para o seu diagnóstico e tratamento adequados.

Lactose: O que é?

lactose é um carboidrato (açúcar) dissacarídeo formado pela junção de dois monossacarídeos, a glucose e a galactose, normalmente encontrado no leite de animais mamíferos e seus derivados.

Quando ingerimos alimentos que contêm essa substância, o intestino delgado produz uma enzima conhecida por lactase, responsável pela quebra das moléculas desse açúcar novamente em glucose e galactose, para que o organismo possa absorvê-la mais facilmente.

A incapacidade de digerir a lactose presente nesses alimentos lácteos se dá por conta de uma deficiência na produção de lactase, que quando diminui ou é quase nula, faz com que o organismo não consiga absorver a lactose adequadamente, podendo acarretar em diversos sintomas.

Em geral, a pessoa que desenvolve essa condição apresenta diversos níveis de sintomas da intolerância à lactose, sendo uns mais intensos do que outros. Como por exemplo, diarreias, enjoos e cólicas abdominais.

A intolerância à lactose não tem cura, mas há tratamentos disponíveis que podem ajudar a amenizar todos os sintomas e permitir que a pessoa possa conviver melhor com a condição.

Tipos de intolerância à lactose

sintomas da intolerância à lactose: tipos
Os tipos de intolerância à lactose variam de acordo com a causa ou origem.

A intolerância à lactose pode se apresentar de 4 formas diferentes, dependendo da sua origem, sendo que seus sintomas serão os mesmos, são elas:

  • Intolerância à lactose primária: envelhecimento, mais comum na idade avançada;
  • Intolerância à lactose secundária: doença ou ferimento;
  • Intolerância à lactose congênita: hereditariedade;
  • Intolerância à lactose desenvolvimental: prematuridade.

1 – Intolerância à lactose primária

Este é o tipo mais comum de intolerância à lactose, acarretada principalmente pelo envelhecimento natural do organismo. Em geral, o indivíduo nasce com uma quantidade suficiente de lactase para ser capaz de digerir o leite materno, já que esta é a única forma de nutrição após o nascimento.

À medida que a pessoa cresce, essa quantidade de produção de lactase diminui devido ao menor consumo de alimentos lácteos e variedade na dieta que não depende do leite e seus derivados. Essa diminuição de produção acaba levando à alguns sintomas da intolerância à lactose, caso o consumo desses produtos seja maior que a produção na enzima.

Leia mais: Intolerância à lactose na terceira idade: 3 coisas para deixar o seu dia mais leve

2 – Intolerância à lactose secundária

Este outro tipo de intolerância à lactose ocorre quando o intestino deixa de produzir uma quantidade normal de lactase devido alguma doença intestinal, cirurgia ou machucado. Como por exemplo, doença celíaca, doença inflamatória intestinal, gastroenterite, doença de Crohn, ou uma cirurgia ou lesão no intestino delgado.

Nestes casos, a intolerância à lactose desaparece e os níveis de lactase podem ser restaurados ao tratar a condição inicial causadora da deficiência na produção de lactase. Caso contrário, o organismo permanece intolerante.

3 – Intolerância à lactose congênita

Este tipo de intolerância à lactose tem sua origem na hereditariedade, isto é, ela é herdada no nascimento. A condição é considerada uma herança autossômica recessiva, o que significa que ambos os pais precisam transmitir esse gene para que a criança adquira a condição.

Neste caso, a criança herda um gene defeituoso de seus pais, desenvolvendo uma incapacidade de produzir a enzima lactase acarretando na sua completa ausência fazendo com que o bebê seja intolerante ao leite materno.

Apesar ser um tipo muito raro, a intolerância à lactose congênita deve ser diagnosticada e tratada precocemente, para que não se torne uma condição fatal.

4 – Intolerância à lactose desenvolvimental

Já este tipo de intolerância à lactose ocorre em casos de bebês prematuros, devido a imaturidade na produção de lactase que começa apenas na 34⁰ semana de gravidez. Sendo assim, não costuma ocorrer com frequência e, geralmente desaparece sozinha um tempo depois do nascimento.

Diferença entre Intolerância e alergia a lactose

Muita gente não sabe, mas intolerância à lactose não é o mesmo que ter alergia à lactose. Além disso, embora não estejam relacionadas, ambas ocorrem juntas, dificultando ainda mais o diagnóstico.

Como vimos, a intolerância à lactose é uma deficiência na produção de lactase, a enzima responsável pela quebra desse açúcar no organismo. Por outro lado, a alergia ao leite é causada por uma reação do organismo à caseína, a principal proteína presente no leite, que quando em ingerida através do leite de vaca, provoca uma reação do sistema imune como se estivesse sendo atacado por algum microorganismo estranho.

A alergia à laticínios e a certas proteínas do leite de vaca e seus derivados costuma afetar aproximadamente 5% das pessoas, sendo mais comum em crianças. Quem possui alergia a lactose deve evitar todos os alimentos que contenham leite e derivados. Já os intolerantes podem consumir pequenas quantidades desses alimentos sem provocar perigo à saúde.

Apesar dos sintomas de alergia serem muito semelhantes aos sintomas da intolerância a lactose, suas reações podem ser fatais. Além de vômitos, cólicas, diarréias, dores abdominais, prisão de ventre, sangue nas fezes e refluxo, a alergia ao leite também pode causar erupção cutânea, urticária, dermatite atópica, eczema, dor de estômago, asma, chiado, rinite e anafilaxia.

Já os sintomas da intolerância à lactose costumam ser menos graves, dependendo da quantidade consumida e podem variar de pessoa para pessoa.

Fatores de risco

sintomas da intolerância à lactose: fatores de risco
Existem alguns fatores de risco para desenvolver os sintomas da intolerância à lactose.

Embora qualquer pessoa, em qualquer idade e sexo, possa desenvolver intolerância à lactose, alguns fatores são considerados de risco, como por exemplo:

  • Idade avançada: as chances aumentam conforme a pessoa envelhece;
  • Hereditariedade: fatores genéticos podem levar à intolerância à lactose;
  • Etnia: é mais comum em negros, asiáticos, hispânicos e indígenas;
  • Prematuridade: bebês prematuros têm mais chances devido a menor quantidade de lactase no organismo;
  • Doenças gastrointestinais:condições que afetam o intestino delgado podem alterar a produção de lactase.

Idade avançada

O envelhecimento natural do organismo pode levar ao desenvolvimento de sintomas da intolerância à lactose à medida que vamos variando a nossa dieta. Isso porque a produção de lactase vai diminuindo com o tempo, fazendo com que a condição seja mais comum na idade mais avançada.

Hereditariedade

Fatores genéticos podem influenciar no aparecimento de sintomas da intolerância à lactose congênita, caso os pais da criança sejam portadores do gene que causa a deficiência.

Etnia

As chances de desenvolver sintomas da intolerância à lactose são muito maiores entre pessoas de descendências asiáticas, negras, hispânicas e indígenas, devido à falta de hábito no consumo leite após a infância.

Os povos nórdicos, por exemplo, estão mais acostumados a consumir leite e seus derivados há muitas gerações, diminuindo a incidência da condição entre essas pessoas por seleção natural.

Ou seja, no passado os indivíduos de cultura ao consumo do leite e seus derivados não desenvolveram intolerância à lactose e não propagaram genes deficientes, assim viveram mais do que indivíduos intolerantes que passaram seus genes adiante.

Prematuridade

Em geral, os bebês prematuros costumam apresentar uma quantidade menor ou nula de lactase no organismo, devido à imaturidade do organismo na produção da enzima, que costuma ocorrer apenas após o terceiro trimestre de gestação.

Doenças gastrointestinais

Algumas doenças gastrointestinais também podem causar intolerância à lactose devido aos distúrbios causados no intestino que afetam a produção da lactase. Como por exemplo abaixo:

1 – Doença de Crohn

A doença de Crohn é uma doença inflamatória do trato gastrointestinal que afeta predominantemente a parte inferior do intestino delgado e grosso, causando uma redução nos níveis de lactase no organismo acarretando na intolerância à lactose. Os principais sintomas da intolerância a lactose pela doença são: diarréia, cólica abdominal, sangramento retal e febre.

2 – Gastroenterite

A gastroenterite é outra doença que causa uma inflamação aguda no intestino, comprometendo o sistema gastrointestinal em geral e reduzindo os níveis de lactase no organismo. É mais comum ocorrer no verão em locais sem tratamento de água, rede de esgoto e água encanada.

3 – Doença celíaca

A doença celíaca é uma doença autoimune relacionada à intolerância ao glúten que acarreta na inflamação do organismo em uma reação exagerada à essa substância, deixando inclusive o intestino mais sensível à outras substâncias, como a lactose. Seus principais sintomas da intolerância à lactose incluem diarréia, vômito, anemia e dores intestinais.

Principais Sintomas da Intolerância à Lactose

sintomas da intolerância à lactose: sintomas
Os sintomas da intolerância à lactose podem variar para cada pessoa.

Os sintomas da intolerância à lactose costumam ser bastante desagradáveis, porém variando de intensidade de acordo com a quantidade de alimento ingerida.

Normalmente, costumam se apresentar de forma amena entre trinta minutos a duas horas após a ingestão de alimentos ou bebidas que contenham lactose. Dentre os principais estão:

  • Diarreia;
  • Náusea e vômito;
  • Dores abdominais;
  • Inchaço abdominal;
  • Flatulência;
  • Azia estomacal;
  • Distúrbios intestinais (prisão de ventre, por exemplo).

Existem também relatos da presença de fezes mais ácidas que podem provocar ardência ao evacuar e assaduras. Normalmente, as crianças apresentam também perda de peso e crescimento mais lento em comparação às demais.

Lembre-se: No caso de qualquer um dos sintomas da intolerância à lactose citados acima, procure um médico para avaliar melhor a situação.

1. Diarreia

A diarreia é um dos sintomas da intolerância à lactose mais comuns, devido à deficiência na digestão desse açúcar que acaba chegando intacto ao intestino acarretando uma reação fisiológica intestinal caracterizada pelo aumento da frequência de evacuação, textura ou volume das fezes.

Isso porque o intestino possui diversas bactérias em sua flora intestinal que fermentam a lactose, transformando-a em ácido lático e gases não absorvíveis. Estes, por sua vez, agridem as paredes internas do intestino fazendo com que o corpo reaja induzindo a diarreia para eliminar mais rapidamente as substâncias que estão prejudicando o organismo.

Para piorar a situação, a lactose é uma substância osmótica que atrai água, fazendo com que o intestino aumente a quantidade de água no cólon, contribuindo ainda mais para esse aumento de conteúdo líquido nas fezes e da formação da diarreia.

Vale lembrar também que é preciso ingerir uma grande quantidade de lactose para provocar a diarreia e nem todos os carboidratos que causam isso são da lactose.

2. Náuseas e Vômitos

Normalmente, náuseas e vômitos se apresentam como sintomas da intolerância à lactose em pessoas que rejeitam o açúcar do leite logo nas primeiras etapas da digestão. Nestes casos, a dieta restritiva à lactose deve ser seguida à risca para evitar refluxo gastroesofágico.

3. Dores abdominais

As dores abdominais e inchaço são sintomas de intolerância à lactose mais comuns, devido a incapacidade de quebrar a lactose, que passa pelo intestino intacta até atingir o cólon não sendo absorvidas pelas células de suas paredes.

A flora intestinal, por sua vez, liberam suas bactérias naturais que fermentam e degradam a lactose transformando-a em ácido lático. Nesse processo, são liberados ácidos graxos de cadeia curta, assim como os gases hidrogênio, metano e dióxido de carbono, que provocam o aumento de ácidos e gases acarretando em dores no estômago e cãibras ao redor do umbigo e na parte inferior da barriga.

Essas dores abdominais podem ser:

  • leves: desencadeiam leve desconforto e passam rapidamente;
  • médias: facilmente amenizadas por analgésico e antiespasmódico;
  • intensas: podem exigir medicamento por via endovenosa.

4. Inchaço abdominal

Os inchaços abdominais acontecem por conta de uma maior quantidade de gases produzidos pela fermentação do açúcar e um aumento de água no cólon, fazendo com que a parede do intestino seja esticada (distensão abdominal).

Em alguns casos, o inchaço e a dor abdominal podem provocar náusea e até vômito, porém estão mais associados à sensibilidade e não à quantidade de lactose que foi ingerida. Sendo assim, a frequência e gravidade dos sintomas da intolerância à lactose vai variar significativamente para cada pessoa.

5. Flatulência

Como já dissemos, o aumento de gases ocorre devido à fermentação da lactose pela flora intestinal no cólon, que provoca um aumento na produção dos gases hidrogênio, metano e dióxido de carbono, aumentando ainda mais a flatulência (sem odor), dependendo do indivíduo.

6. Distúrbios intestinais

Distúrbios intestinais como a prisão de ventre também podem ocorrer, apesar de ser um sintoma oposto à diarreia e menos comum. Porém, nesses casos, os movimentos intestinais são prejudicados pela lactose não digerida que produz gás metano e dificulta a evacuação.

Em geral, prisão de ventre é caracterizada por menos de três evacuações em uma semana, sendo comuns as fezes duras e pouco frequentes, sensação de evacuações incompletas, desconforto estomacal, inchaço e esforço excessivo.

7. Azia estomacal

A azia estomacal pode estar presente entre os sintomas da intolerância à lactose deivdo a má digestão do açúcar e acúmulo de ácidos no estômago que acabam provocando esse refluxo e sensação de queimação.

8. Outros sintomas relacionados

É verdade que os sintomas da intolerância à lactose mais comuns são de natureza gastrointestinal, porém há relatos de outros sintomas como dores de cabeça, fadiga, perda de concentração, dores musculares e articulares, úlceras na boca, problemas para urinar, eczema, mesmo podendo ter outras causas.

Como se faz para diagnosticar a intolerância à lactose?

sintomas da intolerância à lactose: diagnóstico
O diagnóstico da intolerância à lactose é rápido e simples.

O diagnóstico da intolerância à lactose é feito através de uma avaliação clínica rápida, através do relato e análise dos sintomas descritos pelo paciente.

O médico procurará saber se você ingeriu algum alimento ou bebida que continha leite em sua composição, quais os sintomas apresentados, quando começaram e a sua frequência, por exemplo.

É importante ressaltar que os sintomas da intolerância a lactose também são comuns a outras doenças. Por isso, é importante conseguir indicar todos os alimentos que você costuma ingerir com certa frequência, horário, quantidade e reações para ajudar no diagnóstico.

Fonte: https://www.aterceiraidade.net

Artigo: Novos caminhos para o velho

RIO — O aumento da longevidade e a diminuição de nascimentos trazem grandes modificações para a distribuição demográfica no Brasil do século XXI. Nos anos 1940, a expectativa média de vida de um brasileiro era em torno dos 40 e poucos anos; hoje, na primeira década do século XXI, vai além dos 70; viver 100 anos já não nos parece uma meta inatingível.

Entretanto, famílias com dez filhos, que eram comuns, tornaram-se uma raridade, ao mesmo tempo em que casais com um só filho, ou sem filhos, são encontrados com frequência. Somos uma sociedade que vem envelhecendo depressa, com tendência a acelerar ainda mais esse fenômeno.

Não é fácil se adaptar a situações novas, que geram uma verdadeira revolução, mas, neste caso, é imprescindível. Precisamos rever com urgência nossos valores em relação ao envelhecimento e ir em busca de bons caminhos para uma velhice com a melhor qualidade de vida possível.

Fonte: https://oglobo.globo.com

USP retira coágulo de artéria no cérebro e devolve movimentos a vítimas de AVC

Chamada de cateterismo cerebral, técnica capaz de reduzir sequelas já foi aprovada pela Anvisa.

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto (SP) estão utilizando uma técnica capaz de reduzir quase que totalmente as sequelas do Acidente Vascular Cerebral (AVC), como a paralisia facial e a perda de alguns movimentos.

Popularmente chamado de cateterismo cerebral, o tratamento consiste em desentupir as artérias grandes do cérebro até 24 horas após os primeiros sintomas. O método já foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Com o tratamento endovascular, às vezes, a gente vê respostas dramáticas. Pacientes que ficariam sequelados pelo resto da vida voltam a andar com esse tratamento. Então, é uma alternativa terapêutica muito interessante”, diz o neurologista Octávio Pontes Neto.

Ele explica que a técnica consiste em introduzir um microcateter em uma artéria na perna do paciente e avançar até a área entupida do cérebro, onde o coágulo que impede a passagem do sangue é aspirado ou retirado com um stent, dispositivo usado para desobstruir os vasos.

Segundo Pontes Neto, o procedimento pode “limpar” 80% dos vasos sanguíneos afetados e é mais eficaz que o tratamento convencional, com o uso de medicamentos para dissolver os coágulos que se formaram no cérebro e causam o AVC.

Entretanto, o resultado do tratamento depende da extensão e do tempo em que a lesão ocorreu. O neurologista explica que, quando ocorre um AVC, os neurônios sofrem com falta de oxigênio e morrem em uma taxa de 1,9 milhão por minuto.

“É como se fosse uma fogueira queimando um canavial e a gente tem que correr, como um bombeiro, tentando apagar o incêndio, tentando abrir a artéria o mais rápido possível para restaurar o fluxo sanguíneo para o cérebro”, diz.

Microcateter é introduzido na artéria cerebral para retirada de coágulo  — Foto: Reprodução

Microcateter é introduzido na artéria cerebral para retirada de coágulo — Foto: Reprodução

O médico afirma que o sucesso da técnica depende ainda de um bom fluxo colateral, ou seja, que outras artérias estejam levando sangue à área do cérebro afetada pelo AVC. Além disso, é importante que o infarto seja identificado em estágio inicial.

“Não é qualquer paciente com AVC isquêmico, mas aquele que tem oclusão de uma grande artéria do cérebro, em que a gente não consegue desentupir só com remédio na veia. Então, muitas vezes, além de receber o remédio, vai ser submetido a esse cateterismo”, completa.

Fonte: https://g1.globo.com

Idoso com alzheimer e sua esposa ganham concurso

Um ensaio fotográfico ganhou repercussão nas redes sociais ao demonstrar o amor e o carinho de um casal de idosos. Paulo Silva, de 81 anos e Benedita Silva, de 76, foram clicados pelo fotógrafo Daniel Cruz após ganharam uma promoção. A escolha, segundo o fotógrafo, teve relação com a bela história dos idosos.

Os dois tem mais de 50 anos de casados, 7 filhos, 20 netos e 2 bisnetos. Há mais de 11 anos, o senhor Paulo foi diagnosticado com Alzheimer, e passou a ter dificuldades com a memória de fatos recentes. Mesmo assim, como costuma ser comum em casos de Alzheimer, ele conserva as memórias mais antigas, e se lembra da história do casal desde o início.

O fato chamou a atenção do fotógrafo. Em entrevista ao G1, Daniel comentou que o ensaio o emocionou bastante: “A história é muito boa. A única coisa que não se perdeu na memória dele foi ela. Foi uma coisa que tocou muito meu coração e que me arrancou muitas lágrimas durante o ensaio.”, afirmou.

ensaio casal alzheimer
ensaio casal alzheimer
ensaio casal alzheimer
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Fonte: http://alzheimer360.com

Nadadora de 91 ganha medalha de prata em competição

Uma nadadora de 91 anos Patrícia Wornall, moradora da cidade Australiana Sunshine Coast, se tornou a competidora mais velha do campeonato Pan Pacific Games de 2018.  Patrícia sonhava em sua juventude participar de um bale aquático, como a atriz Esther Willians.

Será a primeira vez que Patrícia participará de uma competição depois de 70 anos, a última foi no ensino médio quando venceu na categoria corrida. Segundo ela se inscreveu na competição apenas por diversão, o que acabou dando a ela a chance de participar como atleta.

De acordo com Patrícia ela sempre acreditou que seu condicionamento físico estava excelente para sua idade, então pensou “ vou me divertir”.

Depois de mudar-se para a Austrália há 18 anos, ela voltou a nadar o ano passado, em uma piscina aquecida perto de sua residência, treinando duas vezes por semana para os jogos. Seu treinador Joanne Efendi ficou impressionado com sua boa forma física.

Os amigos de Patrícia estão impressionados com sua forma física, e alto astral que ela apresenta na competição.

De acordo com seu treinador, ela está trabalhando na sua força e resistência, Patrícia é uma mulher muito determinada, que não compete desde o ensino médio, mas tem foco naquilo que deseja.

Patrícia aprendeu a nadar ainda menina, mas foi o balé aquático sua verdadeira paixão. Ela acompanhava os filmes de Hollywood e se apresentava para uma pequena plateia em um clube local.

Segundo ela sua vida se resume na seguinte frase “ É sobre se divertir e curtir a vida e se vai ganhar medalha ou não isso não é seu objetivo e sim competir”. No dia 13 de novembro de 2018, ela competiu no Pan Pacific Games e ganhou medalha de prata.

E aí eu te pergunto…..A idade é um fator impeditivo para você realizar seus sonhos…. Eu tenho certeza que não, pois se você quer algo de fato, não deixe isso para depois, se arrisque, tente, se cair levante, envelhecer é só uma palavra que pode ser substituída por outra que é VIVER.

Fonte: https://envelhecieagora.com

Lar de idosos: um espaço compartilhado com jovens

Com o custo da moradia subindo proibitivamente e os governos cortando os gastos com assistência médica e social, começam a surgir vários modelos de lar de idosos intergeracional.

Uma das primeiras pessoas a ter essa “ideia genial” foi Gea Sijpkes, diretora do Humanitas, lar de idosos em Deventer, no coração da Holanda. Em dezembro de 2012, Gea procurava um modo de melhorar a vida dos moradores e ocupar os quartos vazios em função da redução dos subsídios governamentais.

Ela sabia que numerosos estudos na União Europeia, no Canadá e nos EUA mostravam indícios de que o isolamento e a solidão estavam ligados a doenças físicas e ao declínio cognitivo. Por exemplo, um relatório de 2014 do Conselho Nacional de Idosos do Canadá (NSC) constatou que até 44% dos idosos que moravam em casas de repouso receberam o diagnóstico ou tinham sintomas de depressão.

“O isolamento social não é uma questão apenas individual”, disse Tamara Sussman, professora-adjunta de Serviço Social da Universidade McGill, em Montreal, consultora do relatório do NSC. “Os idosos não costumam ter oportunidades para se mostrar fora da doença. Esse modelo lhes dá a oportunidade não só de socializar como de mudar de ideia e atitude. Além de transmitir experiência e conhecimentos à nova geração.”

Uma ideia maluca na Holanda

Gea já sabia que a saúde dos idosos, seja no combate à demência, seja no controle da pressão arterial, melhora quando eles convivem com pessoas mais novas. E percebeu que lia reportagens constantes sobre estudantes com dificuldade de fechar as contas enquanto cursavam a faculdade.

Então pensou: por que não juntar os dois? Seu negócio era a felicidade – então por que não criar um ambiente rico ali no Humanitas, com idosos e estudantes cuidadosamente entrevistados e selecionados?

Quando propôs a ideia à diretoria da casa de repouso, todos acharam que ela havia enlouquecido. “Para eles, a própria ideia de estudantes com sexo, drogas e rock and roll morando com idosos era maluquice”, explicou ela.

Mas Gea perseverou e, finalmente, convenceu a diretoria a permitir que um estudante morasse seis meses no lar como experiência. Em troca de alojamento e comida gratuitos, o estudante teria de ser um “bom vizinho”. Ele teria de interagir com os moradores pelo menos 30 horas por mês. Poderia servir refeições, ajudar com os computadores ou mesmo abrir garrafas de vinho – uma tarefa que parece simples para quem não tem artrite nos dedos.

“Se não der certo, eu mesma expulso o estudante”, prometeu Gea.

Um novo jeito de lidar com a diferença entre gerações

Deu certo, e o programa está em andamento desde então. No Humanitas, há no máximo seis estudantes de cada vez morando com os 160 idosos. Eles são selecionados primeiro pelos colegas e depois por Gea. Esses jovens ganham mais do que acomodações gratuitas, de acordo com Sores Duman, de 27 anos, estudante de Comunicação. Ele está no Humanitas desde março de 2016, em um apartamento ao lado do de Marty Weulink, de 92 anos. “Somos todos amigos em igualdade de condições. Todos temos coisas a oferecer uns aos outros, seja a sabedoria da experiência, seja conhecimentos técnicos”, disse Sores.

Marty é prática e sentimental ao mesmo tempo. “Sores me ajuda a navegar no iPad para que eu tenha contato com a minha família”, contou ela. “Quando ele passa aqui, conversamos, comemos, bebemos e contamos muitas histórias. Não sei se lhe ensinei alguma coisa, mas eu o considero meu neto!”

Sores ri. “Marty me contou como foi viver durante a Segunda Guerra Mundial”, disse ele. “Morar aqui me ensinou a ser mais paciente, porque tudo se desacelera quando entramos aqui. Eu tinha pena dos idosos porque achava que eles não conseguiam fazer um monte de coisas. Agora, vejo o quanto são capazes de fazer.”

Experiência replicada na Finlândia

Quando soube do programa, Miki Mielonen, gerente de projetos da Secretaria da Juventude de Helsinque, Finlândia, pensou: por que não aqui? Para ele, o problema imediato eram os jovens sem teto. Em 2015, mais de 1.000 pessoas entre 18 e 25 anos não tinham residência permanente na cidade. Elas pulavam de sofá em sofá, tentando estudar ou trabalhar. Por que não aproveitar alguns apartamentos vagos em casas de repouso? Elas pagariam um aluguel simbólico e passariam parte de seu tempo com os idosos.

“Podemos adaptar a ideia às nossas necessidades”, disse ele aos colegas. “Não precisamos nos limitar aos estudantes.” Era uma situação em que todos sairiam ganhando, explicou ele. Os jovens pagariam um aluguel modesto por uma quitinete com banheiro. Em troca, levariam sua vitalidade e seus pontos de vista diferentes a idosos marginalizados pelo estado de saúde e pelas condições de vida. Não haveria regras rígidas, mas um compromisso de que os jovens passariam algum tempo com os vizinhos.

A princípio, seus colegas também custaram a acreditar que pudesse dar certo. Um programa desses não seria um convite aos problemas? Como os jovens lidariam com coisas como encontrar um idoso inconsciente ou morto? E o que dizer das festas, a música alta, o cigarro?

“Vamos tentar – de início, só alguns estudantes interessados em preencher essa lacuna”, sugeriu Miki. “Não temos nada a perder.”

Em novembro de 2015, uma postagem no Facebook solicitando inscrições recebeu 312 respostas. Miki e um grupo de especialistas reduziram os inscritos a 22 jovens. Estes passaram por entrevistas rigorosas e escreveram ensaios curtos explicando por que queriam e precisavam morar numa casa de repouso. Em dezembro, três deles foram escolhidos.

Cena cotidiana no novo modelo de lar de idosos

No quarto de Taimi Taskinen, 82 anos, no Lar de Idosos Rudolf, ela leva a cadeira de rodas até a mesinha redonda coberta com uma toalha de plástico e abre seu caderno de esboços. Folheia as páginas e examina estudos que fez de um celeiro a partir de vários pontos de vista, esboços simples em preto e branco que trazem à vida a estrutura de madeira cercada de árvores que parecem se mover com um vento invisível.

Ao seu lado, Jonatan Shaya, o vizinho de 20 anos, que se sentou com ela incontáveis vezes àquela mesinha, conversando e desenhando como se fossem amigos de infância. Na parede dela está o desenho que ele fez de uma mulher sensual com trajes de noite do início do século 20, sob a luz amarela de um poste de rua; ela usa um vestido comprido e listrado, uma estola e um detalhado chapéu com plumas. Além dos estudos do celeiro, os quadros de Taimi mostram passarinhos alçando voo, sombras negras contra o céu azul.

“Estou mais aberta”, disse ela. “Jonatan me inspirou a sair do quarto e conversar com os outros, jovens e velhos.”

Por sua vez, Jonatan, que agora arranjou emprego de confeiteiro em tempo integral, adora ter uma amiga morando no outro lado do corredor. “Na cultura finlandesa, não é comum haver muito contato entre os vizinhos”, observou ele. “O que temos aqui é especial.”

Fonte: https://www.selecoes.com.br

Especialistas afirmam que amizade na terceira idade traz benefícios para saúde

Grupo de amigas de infância de Mogi se reúnem para conversar, cantar e fazer crochê.

Com a idade, chegam os problemas na saúde, a dificuldade na locomoção, o que pode deixar a vida mais difícil. O desânimo vira uma ameaça real à felicidade e, para combater isso, além dos remédios, se manter ativo e com amizades são as opções.

Aos 89 anos, Zezé troca a rotina dentro de casa, em Mogi das Cruzes, por um passeio cheio de interação no apartamento da vizinha que mora no 9° andar. Ela anda sempre impecável e leva um bolo e o kit de crochê. “Eu tenho sempre que estar bem arrumada para gostar de mim mesma.”

Todas moram no mesmo condomínio e são amigas de infância. Doris Salustiano já tem 90 anos e adora a companhia. “A convivência é praticamente diária com elas. Essa nossa união nos deu muita força.”

Para a neuropsicologista Rita Miranda, as amizades são importantes para saúde e para o bem-estar de quem está na melhor idade. “Psicologicamente falando eles ficam com a mente mais aberta, mais espontâneos, mais livres para poder vivenciar o que eles desejam. Eu acredito que eles criam motivação para enfrentar qualquer doença ou dificuldade que possa ter.”

Maria Aparecida Pinheiro Mascarelli diz que elas não se desgrudam, nem mesmo quando uma implica com a outra. “Isso já saiu há muito tempo, mas agora não! Estão todas mansinhas.”

Dina Soares diz que o mau humor e a solidão passam longe. “Esse é tema que a gente não fala nada não. Coisa ruim deixa da porta pra fora.”

Tereza Curi Alves, de 91 anos, explica que o crochê é um pretexto para os encontros. “Somos muito unidas e atenciosas uma com a outra. A fofoqueira aqui e quem gosta de contar as novidades é a dona Dóris. A gente chega aqui, aí tem novidades, a doris já está sabendo na frente”, conta aos risos.

Além do bom humor, o café e a música completam o encontro. Encontro, aliás, que precisa ser registrado com foto e enviado por aplicativo de mensagem. “Não vamos ficar só olhando para o passado. É o nosso futuro e o nosso futuro é hoje.”

A médica geriátrica Fabiana Fonseca também concorda que as amizades são fundamentais nessa fase da vida. “Ela é um agregado à saúde. A gente diz que a amizade sustenta o bom convívio e a saúde do ser humano. Eu vejo que o mundo é muito imediatista e tecnológico demais. Isso distanciou um pouco as pessoas. As pessoas não se veem tanto, mas se comunicam sem muita convivência.”

Com os cuidados com a saúde e com a mente ajudaram no aumento da expectativa de vida, de acordo com a médica.

“A caminhada é o encontro de outras pessoas e, obrigatoriamente, é conhecer novas pessoas. Fazer um amigo todos os dias é renovar a saúde. O importante é não se isolar socialmente para não aumentar a depressão. Só no Brasil são mais de 2 milhões de pessoas com depressão. As atividades nas academias da terceira idade são recomendadas desde que se tenha um profissional de atividade física em conjunto para poder orientar”, completa.

Além do esporte, a médica diz que os idosos podem buscar um hobby. “Um crochê e uma leitura, por exemplo, são opções para você trocar ideia com as pessoas, que nem sempre são da sua idade.”

A médica finaliza dizendo que os idosos precisam se atentar também com a alimentação. “Quanto mais colorido o prato, melhor. Eles precisam comer verduras, saladas e frutas de maneira geral.”

Fonte:https://g1.globo.com

Pilates pelo bem do corpo e da mente dos mais velhos

Pesquisa brasileira revela que a modalidade traz ganhos físicos e psicológicos para quem já passou dos 60

Engana-se quem pensa que pilates é apenas um treino leve e tranquilo para se alongar. “As sessões trabalham as mais diversas aptidões, como a resistência muscular, a postura e a respiração”, esclarece a fisioterapeuta Walkiria Brunetti, de São Paulo.

E olha que bacana: um estudo realizado na Universidade do Sul de Santa Catarina mostra que até sujeitos mais maduros podem se beneficiar da prática. Para chegar a essa conclusão, foram recrutadas 61 mulheres com idade média de 64 anos. Metade realizou aulas durante quatro meses, enquanto a outra parcela não mexeu o corpo ao longo do mesmo período.

Os resultados apontam que as adeptas do pilates apresentavam mais flexibilidade, força, condicionamento e equilíbrio. “Além disso, observamos uma melhora em questionários que medem a satisfação com a vida e a autonomia”, observa a professora de educação física Vanessa Sanders, chefe da investigação.

Porém, antes de se matricular em qualquer academia ou estúdio por aí, fique atento às dicas listadas abaixo.

Alguns pontos para tirar o máximo proveito das sessões

  • Converse com seu médico e veja se você está liberado para fazer os exercícios sem se prejudicar.
  • Priorize locais que oferecem aulas individuais ou com poucas pessoas. Assim, o professor orienta melhor os alunos.
  • Analise o currículo dos profissionais e veja se são formados em educação física ou fisioterapia.
  • Vista sempre roupas leves e que facilitem a movimentação do tronco, dos braços e das pernas.
  • Não há necessidade de pegar pesado logo de cara: a dificuldade das sessões progride aos poucos.
  • Se você sentir dor em algum momento, há algo de errado. Avise o professor e veja se sua postura está ok.

A origem do método

Ele foi criado pelo enfermeiro alemão Joseph Pilates (1883-1967) e une princípios do ioga, das artes marciais e da meditação. Os movimentos e posições podem ser feitos no chão ou com o auxílio de aparelhos específicos.

Fonte: https://saude.abril.com.br