Dicas & Notícias

Arte de não adoecer

Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças como: gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna.  Com o tempo a repressão dos sentimentos degenera até em câncer.  Então vamos desabafar, confidenciar, partilhar nossa intimidade, nossos segredos, nossos pecados.  O diálogo, a fala, a palavra, é um poderoso remédio e excelente terapia.

Tome decisão

A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia.  A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões.  A história humana é feita de decisões.

Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagem e valores para ganhar outros.  As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.

Busque soluções

Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas.  Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo.  Melhor é acender o fósforo que lamentar a escuridão.  Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe.  Somos o que pensamos.  O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença.

Não viva de aparências

Quem esconde a realidade finge, faz pose, quer sempre dar a impressão que está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc., está acumulando toneladas de peso…  uma estátua de bronze, mas com pés de barro.  Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas.  São pessoas com muito verniz e pouca raiz.  Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.

Aceite-se

A rejeição de si próprio, a ausência de autoestima, faz com que sejamos algozes de nós mesmos.  Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável.  Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos, destruidores.  Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas, é sabedoria, bom senso e terapia.

Confie

Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras.  Sem confiança, não há relacionamento.  A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.

Não viva sempre triste

O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida longa.  A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive.  ‘O bom humor nos salva das mãos do doutor’.  Alegria é saúde e terapia.

Fonte: https://terceiraidadeconectada.com

Cientistas brasileiros descobrem como prevenir Alzheimer

RIO – Cientistas brasileiros descobriram um caminho para prevenir e potencialmente tratar o Alzheimer, a doença neurodegenerativa que mais avança no mundo à medida que a população envelhece e para a qual não há cura. A chave é o exercício físico. A irisina, um hormônio produzido pelos músculos quando praticamos exercícios, protege o cérebro e restaura a memória afetada pela doença, revelou o estudo.

Batizada em alusão à mensageira dos deuses, Íris, a irisina era associada apenas à queima de gordura. Mas um grupo de cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) descobriu que, no cérebro, ela é importante para que os neurônios possam se comunicar e formar memórias.

A descoberta tem duas implicações. A primeira é que já se pode dizer que o exercício, mesmo que ainda exista muito o que estudar, contribui para a prevenção do Alzheimer.

— Ainda não sabemos a dose certa de exercício (para que haja esse efeito). Mas ele certamente é fundamental para o metabolismo do cérebro e das doenças provenientes do desequilíbrio deste, como o Alzheimer. Temos que caminhar, nadar, pedalar ou correr. O tipo de exercício não importa. O fundamental é se exercitar, sempre, tornar isso parte da vida, rotina. Não é fácil, mas compensa — afirma Fernanda de Felice, uma das coordenadoras do estudo conduzido pelos institutos de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis e de Biofísica Carlos Chagas Filho, ambos da UFRJ, e da Queen’s University, no Canadá.

Possibilidade de remédios

O outro desdobramento mais distante da pesquisa publicada numa das mais importantes revistas científicas do mundo, a “Nature Medicine”, é a possibilidade de desenvolver medicamentos à base de irisina ou de seus mecanismos para pessoas que estão com a doença ou que não podem fazer exercícios, como deficientes físicos.

— O exercício, por liberar irisina, atua duplamente: na prevenção da perda de memória e na restauração da que foi perdida — observa Sérgio Ferreira, que é outro autor do trabalho e professor dos institutos de Biofísica e de Bioquímica Médica da UFRJ

A origem do estudo está nas pesquisas de Felice, neurocientista da UFRJ e da Queens’s University, no Canadá, sobre a associação entre os hormônios e o Alzheimer. Há dez anos, ela começou a obter os primeiros indícios da relação entre este tipo mais comum de demência e o diabetes. Os diabéticos, especialmente os do tipo 2, têm maior risco de desenvolver a doença, causadora da resistência à insulina, que no cérebro também está associada à comunicação entre os neurônios. O estudo com a irisina, que também atua sobre o metabolismo cerebral, foi um desdobramento dessas pesquisas.

O metabolismo cerebral é uma caixa que a ciência mal começou a abrir. Dentro dela, está a chave para compreender como o cérebro conversa o tempo todo com o restante do organismo.

— Se quisermos entender uma doença com a complexidade do Alzheimer, precisamos compreender a integração entre o cérebro e o corpo. O cérebro não funciona sozinho, não flutua no vácuo — diz Sérgio Ferreira.

O exercício funciona com um gatilho para os músculos liberarem irisina. Ela vai para o tecido adiposo branco, a chamada gordura ruim, e a transforma em bege, uma forma intermediária de gordura menos nociva. A irisina é uma “maestrina” do metabolismo. Ela atua positivamente sobre o equilíbrio de ossos e pulmões, e o grupo de brasileiros comprovou agora que também está ativa no cérebro.

Quem tem Alzheimer tem menos irisina

A primeira descoberta do grupo foi ver que havia menos irisina no cérebro de pessoas com Alzheimer. Isso foi feito com análises do post-morten de tecido cerebral e de líquor de pacientes vivos. O achado foi confirmado no cérebro de camundongos geneticamente alterados para desenvolver a doença humana.

O prosseguimento do estudo com roedores mostrou que a concentração de irisina afeta a memória. Menos irisina, menos memória. E se os animais doentes receberem irisina, a memória é recuperada.

O terceiro passo foi mostrar que a irisina também é produzida pelo cérebro, e não apenas pelos músculos. Isso foi feito com experiências com camundongos levados a nadar uma hora por dia durante cinco semanas. O exercício não só aumentou a concentração de irisina como também tornou os animais mais aptos a aprender.

E então veio a dúvida. Será que era apenas a ação da irisina ou havia alguma outra substância ativada pelo exercício. Camundongos foram mais uma vez geneticamente alterados para se tornarem insensíveis à irisina. Nesses roedores, o exercício não fazia efeito. Foi a comprovação de que sim, era ela a substância ligada ao exercício que atuava sobre a memória.

— O próximo passo será saber o quanto de exercício ao longo da vida é necessário para conseguir uma ação protetora contra o Alzheimer — afirma Sérgio Ferreira.

Os cientistas também não descobriram ainda como a irisina atua para impedir que as placas de beta-amiloide características da doença ataquem os neurônios.

Além da possibilidade de prevenir a demência, o estudo abre uma porta para desenvolver uma nova droga. A classe de drogas mais recente contra a doença têm 15 anos — e não resolve. Seus efeitos são temporários, efetivos apenas para metade dos pacientes, e os remédios podem ser usados apenas  por cerca de um ano e meio.

Risco para 25% dos que têm mais de 75 anos

A necessidade de desenvolver um remédio eficiente aumenta no ritmo em que a expectativa de vida se eleva. Segundo Ferreira, 25% das pessoas com mais 75 anos correm risco de desenvolver Alzheimer. Esse percentual sobre para 40% para quem tem mais de 85 anos. 

Esta é uma doença cruel, de evolução lenta, terrível para o paciente e a família, destaca Ferreira, cujo pai morreu devido ao Alzheimer.

— Eu havia começado a estudar a doença quando meu pai foi diagnosticado. Parei essa linha de pesquisa por alguns anos, mas acabei voltando — conta ele, que estuda o Alzheimer há 20 anos.

O trabalho só foi possível porque Fernanda de Felice conseguiu financiamento no exterior. Após amargar quatro anos sem dinheiro para a pesquisa, ela foi para o Canadá, onde conquistou um financiamento de US$ 150 mil — o equivalente a mais de R$ 550 mil — da Sociedade Canadense de Alzheimer. Foi a vitória do mérito, destaca ela. Apenas três bolsas foram concedidas para 200 concorrentes de alto nível.

— Venci mesmo não sendo canadense. Sem esse dinheiro, o trabalho não existiria, mesmo com o pagamento do Brasil a bolsas de alunos(concedidas pela Faperj e pelo CNPq) . Essas não são pesquisas baratas. Medicina custa caro — frisa ela.

Sérgio Ferreira diz que a falta de investimento no Brasil faz com que muitas descobertas não tenham desdobramentos:

— Praticamente não se faz pesquisa clínica no Brasil. Dependemos do que vem do exterior. Isso acontece porque nunca houve apoio oficial para a pesquisa. Ela custa caro, mas, se o Brasil quer inovar e ser independente da área farmacêutica, deveria investir.

Quando escreveu que uma mente sã num corpo saudável (do latin, “mens sana in corpore sano”) era o que se deveria desejar na vida, o poeta romano Juvenal pensava em outras coisas. Dois mil anos depois a ciência prova que ele estava certo.

Doença afeta 35 milhões no mundo

O mal de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa incurável e a mais comum causa de demência. Ela provoca perda da memória e da capacidade cognitiva. Os pacientes podem sofrer variações de humor, ficar desorientados e ter delírios.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 35 milhões de indivíduos no mundo têm a doença. No Brasil, há 1 milhão de pessoas afetadas.

A evolução da doença até a morte costuma levar, em média, de oito a dez anos.

No cérebro dos pacientes, há acúmulo de placas de proteína beta-amiloide. Essas placas causam a morte dos neurônios e causam o declínio das funções cerebrais. Os remédios existentes apenas amenizam os distúrbios e fazem efeito por pouco tempo.

Fonte: https://oglobo.globo.com

Filhos têm obrigação de cuidar dos pais idosos

A advogada Antonieta Nogueira avalia caso de Dona Pipi, de 78 anos, mostrado no último episódio de ‘O conciliador’, com Max Gehringer. Ela é especialista em direito do idoso. Ela deu mais informações sobre o tema abordado: o dever dos filhos em relação aos pais idosos. Antonieta explica o que diz a respeito o Estatuto do Idoso:

‘O Estatuto do Idoso só veio confirmar algumas atribuições que já existiam na Constituição Federal, com referência à responsabilidade dos filhos e os cuidados dos pais. Uma determinação que se tem: que os pais ajudam e são responsáveis na criação dos seus filhos e, em contrapartida, os filhos amparam seus pais na velhice. Qualquer contrariedade no sentido de colocar o pai num asilo, ou promover maus tratos ou qualquer ofensa física, verbal ou moral, isso é punido. Sobre a questão do abandono, a pessoa não necessariamente precisa abandonar o idoso. O abandono pode ser caracterizado pelo simples fato de se chegar ao imóvel, constatar que o idoso não está sendo medicado adequadamente, ou se ele não está tendo a higiene adequada. Isso já é uma questão de abandono’.

A advogada avaliou também o caso de Dona Pipi, de 78 anos:

‘A princípio, a vontade do idoso deve ser sempre respeitada. Nesse caso específico, trata-se de uma idosa consciente e lúcida. Ela tem condições de fazer sua opção. O excesso de zelo dos filhos não está indo ao encontro da vontade da idosa. Às vezes, por excesso de amor, os filhos pecam um pouco e não atendem à necessidade principal que é a vontade dela. Dona Pipi tem um companheiro, e ela tem essa preferência de ficar ao lado do companheiro. Há uma diferença muito grande, sobretudo nessa fase da vida, na questão do afeto: o afeto que ela recebe dos filhos e do companheiro é diferenciado. Nada impede que os filhos, mesmo distante delas, prestem auxílio a ela, de maneira que Dona Pipi permaneça em seu lar. Ao menos que ela não tivesse condições para isso. Se ela estivesse numa situação de dependência, aí seria outro caso – inclusive, de os filhos ingressando em juízo’.

Sobre a mediação com idosos, Antonieta Nogueira ainda destaca:

‘A cautela que nós temos é uma avaliação de toda a estrutura familiar. O que ele conquistou até hoje chegando nessa trajetória da vida, qual a relação afetiva que ele tem com o patrimônio e com a cultura, e qual o nível de conhecimento dele para a gente chegar numa negociação. O que nós vamos respeitar numa negociação é essa diferença entre gerações. Os valores atribuídos na geração atual são muito diferentes dos valores atribuídos na geração anterior. É essencial que se tenha esse olhar na hora de fazer a avaliação numa negociação’.

Fonte: https://terceiraidadeconectada.com

Saiba quais vacinas o idoso deve tomar além da dose contra a gripe

A prorrogação da campanha de vacinação contra a gripe deu aos moradores do Rio mais 15 dias para se imunizar contra o vírus. Dentre as pessoas que devem ser protegidas estão os idosos, mais frágeis a doenças infecciosas por causa do envelhecimento.

— Com o passar dos anos, o sistema imunológico envelhece, assim como o resto do corpo, ficando menos eficaz. Isto deixa o idoso mais suscetível a contrair doenças virais e bacterianas — explica a infectologista Cláudia Murta, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

De acordo com a geriatra Roberta França, o calendário vacinal dos idosos não é tão divulgado quanto o das crianças, o que gera desinformação e a falsa sensação de que as pessoas com mais de 60 anos não precisam se vacinar.

— A dose contra herpes zóster, por exemplo, é um tipo de imunização destinada apenas ao idoso. A falta de conhecimento sobre o calendário vacinal e informações falsas sobre as vacinas fazem com que os idosos deixem de se proteger — diz a especialista.

Mesmo idosos que apresentam boas condições de saúde devem se vacinar. As doses de imunização preparam o corpo para enfrentar doenças que costumam afetar gravemente as pessoas da terceira idade, como gripe e pneumonia.

— O objetivo de se vacinar não é apenas garantir que aquele idoso viva mais, é também proporcionar a ele uma qualidade de vida melhor. Além de matar, essas doenças podem deixar sequelas que vão tirar a independência desses idosos — alerta Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Idosos infectados pelo vírus HIV, com imunodepressão grave por doença ou uso de medicação, em tratamento de câncer ou submetidos a transplantes de órgãos devem procurar por seu médico antes de tomar qualquer vacina. Algumas doses, como a da febre amarela, podem não ser recomendadas a pessoas que apresentem as características acima.

Como se imunizar

Oferecidas no SUS

Gripe – Sempre que houver campanha de vacinação

Hepatite B – 3 doses, de acordo com a situação vacinal

Febre Amarela – dose única, verificar situação vacinal

Dupla Adulto (previne difteria e tétano) – Reforço a cada 10 anos

Pneumocócica 23 Valente (previne pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo Pneumococo) – reforço a depender da situação vacinal – A vacina está indicada para grupos-alvo específicos, como pessoas com 60 anos e mais não vacinados que vivem acamados e/ou em instituições fechadas

Oferecidas nas redes privadas

Herpes zóster – Uma dose. Vacina recomendada mesmo para aqueles que já desenvolveram a catapora

Hepatite A – Duas doses, no esquema 0 – 6 meses. Na população com mais de 60 anos é incomum encontrar indivíduos suscetíveis. Para esse grupo, portanto, a vacinação não é prioritária.

Meningocócicas conjugadas ACWY/C – Uma dose. A indicação da vacina, assim como a necessidade de reforços, dependerão da situação epidemiológica.

Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) – Uma dose. A indicação da vacina dependerá de risco epidemiológico e da situação individual de suscetibilidade.

Fonte: https://extra.globo.com

Como a tecnologia ajuda idosos a se aprimorarem para trabalhar

“Aposentadoria” é um termo relativamente nebuloso no Brasil, ainda mais com pautas como a reforma da Previdência tomando o noticiário político praticamente toda semana. Diante dessa instabilidade, é natural que o público pertencente à terceira idade, ou seja, a partir dos 60 anos, queira continuar trabalhando ou empreender de alguma forma.

A questão é: diante de um mercado de trabalho em constante estado de mudança, como aqueles que já cumpriram seus deveres podem voltar ao setor produtivo sem perder a relevância? A resposta parece óbvia: cursos de capacitação e extensão, por meio de empresas que, como o Canaltech já mostrou no passado, vêm crescendo em ofertas de ensino à distância e aplicações voltadas ao aprendizado de forma modernizada.

“Vivemos um momento em que o desemprego é muito grande. A absorção de mão de obra acima de 50 anos torna-se cada vez mais difícil. Assim, para uma população (terceira idade) que está em crescimento e que tem potencial de trabalho, o empreendedorismo e negócio próprio pode ser um caminho”, comenta a professora Ivete Palange, conselheira da Associação Brasileira de Educação à Distância (ABED)

Ela reconhece, porém, a infelicidade da baixa incidência de cursos voltados à terceira idade. “Pelos dados do nosso censo, realizado em 2016, a maior incidência nos cursos está entre 30 a 40 anos. Acima disso, o número de alunos matriculados é pequeno, tanto em cursos regulares de formação como em cursos corporativos”.

Palange ainda acha, porém, que o ensino à distância, que hoje é dotado de ferramentas tecnológicas que flexibilizam o aprendizado, pode ser o melhor caminho para que “vovôs e vovós” possam seguir atuando no mercado, mesmo diante das dificuldades de manuseio de alguns dispositivos e plataformas: “O mundo da educação a distância não tem dado destaque a este público de terceira idade, mas ele se mostra promissor. E quando relaciona jovens com pessoas de terceira idade se consegue bons resultados”.

“As pessoas idosas não têm a velocidade dos jovens, mas têm experiência. Assim, elas podem dominar a tecnologia desde que as orientações sejam mais específicas e que se leve em conta um tempo maior para a aprendizagem num primeiro momento”, ela comenta. Incluir aplicativos requer conversar com idosos e aferir como é o seu processo de aprendizagem tecnológica, de contar com um tempo maior para o processo de familiarização. Mas a partir do que ele domina, explora com desenvoltura”.

A opinião da professora é compartilhada pelo diretor da PUC Virtual, o professor Marcos Kutova, que dirige a área de ensino à distância da Pontifícia Universidade Católica, em Minas Gerais. “Quem se formou há mais tempo não teve a oportunidade de conhecer novas tecnologias. Nos cursos EaD, não tem um ritmo imposto para a turma toda. Esse é um diferencial para quem está afastado do mercado de trabalho há um tempo e precisa de um tempo maior para desenvolver conceitos e técnicas”.

Segundo o diretor, cerca de 0,5% dos 119 alunos EAD da instituição, somando-se graduação e pós latu sensu, correspondem à idade de 60 anos ou mais. A PUC Minas, segundo Kutova, não direciona seus cursos por idade, mas sim por especialização, no intuito de aumentar a vida útil profissional de uma pessoa, seja ela jovem ou idosa: “Oferecemos cursos, por exemplo, de planejamento estratégico, gestão de pessoas. Para quem tem mais de 60, a graduação é um tempo longo e começar uma profissão nova pode ser muito difícil. Temos a expectativa de ampliar a permanência nas carreiras que eles já desenvolveram. O aumento da expectativa de vida faz com que muitos possam trabalhar até mais tarde. A especialização deixa o profissional idoso mais competitivo no mercado de trabalho, pois ele pode fazer uma conexão entre a experiência acumulada ao longo de décadas e as novas técnicas adquiridas no curso”.

O professor da Fundação Getúlio Vargas e especialista em tecnologia para a educação, Arthur Igreja, porém, enxerga no setor inúmeras oportunidades, argumentando que o aprendizado na terceira idade pode ser mais flexibilizado devido ao tempo possivelmente maior dedicado aos cursos e aulas: “Normalmente, é uma faixa etária com horários um pouco mais abertos. Se renovar, se oxigenar e ganhar novas competências e sabedoria também estão entre os benefícios. Além disso, para pessoas com problemas de mobilidade também tem inúmeras vantagens. EAD tem tudo a ver com o público da terceira idade”.

Arthur conta de um caso específico de sua experiência: “Algo que me chamou muito a atenção foi uma pós-graduação para a terceira idade que conheci em Santa Catarina. O curso tem como objetivo ensinar legislação, direito do idoso, cuidados com a saúde no momento em que o corpo tem uma nova característica, toda uma proposta fazendo uma analogia com a chegada da vida adulta. Tem muito viés para o lado trabalhista, mas também de adquirir conhecimento”.

Para ele, um eventual crescimento na oferta de cursos à distância ou plataformas destinadas a este público é algo consequencial, inerente ao crescimento das possibilidades de ensino como um todo, que vão se tornando atraentes a todas as idades: “Eu penso nisso como algo provocado: a pirâmide brasileira está invertendo, temos cada vez mais idosos. É um mercado para o qual muitas pessoas começam a voltar os olhos e entender como podem explorar. É muito interessante ver que a terceira idade pode ser tão produtiva. E eles mesmos se questionam se tem a ver voltar a estudar e se capacitar. Seja por uma demanda de mercado ou uma descoberta individual, esses interesses vão se encontrar, mas ainda é algo puxado pela oferta”.

Os três especialistas concordam que cursos voltados ao mercado empreendedor, em especial o de pequenos negócios e serviços, é onde reside o maior potencial de sucesso para que a terceira idade encontre a boa produção de negócios. Enquanto Marcos Kutova argumenta que a graduação comum seja algo mais longo e que pode levar o aluno idoso ao desinteresse, Arthur Igreja aponta que a criação de um negócio próprio coloca o idoso em uma posição vantajosa em relação a profissionais mais jovens: “Com toda certeza há espaço para empreendedorismo. São pessoas que acumularam mais experiências e vivências, e isso é algo que falta aos jovens. Então, para empreender é fundamental ter essa capacidade. Faz muito sentido, sim, ter cursos voltados ao empreendedorismo justamente para despertar esse lado. Pode ser também a realização de um sonho. Algo que foi guardado durante a vida toda e agora é chegada a hora de colocar em prática”, ele diz.

Os três também concordam que, ainda que a incidência de cursos destinados especificamente a este setor da população seja relativamente baixa, ele ainda é um onde empresas e fornecedoras de conteúdo de aprendizado voltam sua atenção. Como o próprio Arthur Igreja já apontou mais acima, a população brasileira está chegando cada vez mais à terceira idade e, com isso, a busca por experiências que deram certo em outros países pode se intensificar: “Há uma experiência na Índia em que vovós inglesas foram convidadas a orientar, por computador, crianças indianas que estavam aprendendo inglês. Esta experiência foi um sucesso de aprendizagem de idioma”, comenta a professora Ivete Palange.

Uma coisa é certa: aplicativos, sozinhos, não servirão de muita coisa, segundo os três especialistas. Para eles, a questão do ensino mais didático se faz necessária, a fim de que o idoso tenha uma orientação mais específica à sua capacidade de atenção e aprendizado, sobretudo no que tange ao uso das plataformas: “Os aplicativos podem trazer grandes contribuições para a atualização de idosos. Mas, é preciso também prever alguns encontros presenciais. O sistema híbrido tem se mostrado efetivo no processo de EAD e acredito que para este público ele também poderá ter boa aceitação. Uma parte do conteúdo pode ser desenvolvido a distância e outra presencialmente”, posiciona Palange.

“Os apps são recursos muito importantes no apoio a aprendizagem e para desenvolver habilidades técnicas. Não pensamos em transferir para os apps a responsabilidade pela formação das pessoas. Muitas das ações na educação podem ser substituídas pelos apps, mas há a necessidade de interação pessoal”, opina Kutova.

Arthur finaliza, dizendo que a pluralidade de ofertas é o que trará maior interesse deste público, que poderá escolher aquela que melhor se adequa à sua rotina e capacidade. Para ele, esse ou aquele modelo apenas não atenderá à demanda que pode crescer nos próximos anos: “Alguns vão querer encontrar isso em escolas e universidades. Porém, outros, seja pela conveniência, mobilidade ou custo vai optar pelo EAD”.

Fonte : https://canaltech.com.br

Campanha do Agasalho – Amigo Solidário

Em 2018 a campanha do Agasalho do Instituto Pinheiro durou 60 dias. Contamos com o apoio dos condôminos dos edifícios New Times, New Place, New Classic, New Empire, New Word e Torre de Távora – todos na região da Vila Mariana. 

Assim, foram arrecadadas mais de 1500 peças de roupas. As de adulto foram encaminhadas à ONG Anjos da Noite que se encarregou de distribuí-las aos moradores de rua. As infantis foram encaminhadas ao Lar de Abrigo Infantil LALEC.

Por certo outras ações como esta serão planejadas pelo Instituto no futuro. Confira aqui outras ações realizadas.

Agita a Praça

1º edição do Agita a Praça. O Instituto Pinheiro, com a ajuda de alguns apoiadores, agitou a Praça Sete Campos, no bairro do Pedreira – Zona Sul de São Paulo. Evento ocorreu em março/2018 conforme anunciado.

A ação proporcionou atendimento único para cerca de 400 pessoas. Assim levamos atendimento único a uma população carente de atenção. Dentre os diversos tipos de atendimentos tivemos:

  • atendimento da UBS local;
  • corte e escovação de cabelo;
  • orientação bucal;
  • esmaltação;
  • atendimento oftalmológico;
  • vacinação contra febre amarela;
  • muito mais.

Assista ao vídeo abaixo e confira tudo o que aconteceu no evento. Está incrível!
https://www.youtube.com/watch?v=pSs_cPLMajI&t=109s

Por fim, também fomos agraciados com uma bela apresentação musical. A apresentação ficou por conta da turma de música da Associação Casa dos Curumins. Confira como foi no vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=Nv40Fqi2OD8

Certamente planejaremos uma nova edição de eventos como este, que visam o atendimento gratuito a diversos serviços para idosos. Enquanto o próximo Agita a Praça não acontece, que tal se inscrever em alguma das nossas atividades?

Trajes que simulam velhice começam a ganhar espaço no mercado

Trajes especiais que simulam os efeitos do envelhecimento não são novidade – o primeiro protótipo surgiu na fábrica de automóveis Ford, nos anos 90 do século passado. Mas o interesse pelo assunto tem multiplicado as iniciativas e já existem diversas empresas – nos Estados Unidos, Alemanha, Austrália, Polônia e Japão – que fabricam essas vestimentas sob encomenda. Em Santa Catarina, o Senac desenvolveu um modelo similar, e uma empresa da área farmacêutica brasileira importou dois conjuntos, para chamar a atenção. Pela internet, é possível encomendar os trajes, que não são baratos: custam mais de dois mil dólares cada.

Os clientes costumam ser hospitais e entidades que formam cuidadores de idosos, mas em muitos casos, estudantes muito jovens também acabam experimentando as vestes, que transformam o ato de subir um lance de escada, atravessar um cruzamento ou colocar um copo sobre a mesa em desafios.

Consta que a primeira simulação de idade aconteceu ainda nos anos 70 do século passado, numa clínica geriátrica alemã: consistia em colocar pesos nos braços, elásticos entre as pernas e óculos cheios de vaselina diante dos olhos de estudantes de medicina para lhes dar a impressão sobre o que significava ser velho e doente.

No caso da Ford, o objetivo foi identificar problemas no design dos automóveis que poderiam dificultar o uso pelos mais velhos. O primeiro veículo a incorporar mudanças a partir do uso do Third Age Suit foi o Ford Focus 2000.

Os engenheiros da empresa dizem que ao longo do tempo, as pesquisas permitiram aumentar o tamanho das portas e torná-las mais fáceis de abrir, para que motoristas e passageiros pudessem se sentar primeiro no assento e depois trazer as pernas para dentro. Também aumentaram o tamanho dos botões, facilitando a localização dos controles nos sistemas de ar condicionado e nos assentos mecânicos, o que ajuda qualquer pessoa com artrite, problemas no túnel do carpo (uma condição que dificulta a manipulação de objetos e é mais frequente com idade ou com perda de sensibilidade nos dedos). Os cintos de segurança também são agora mais fáceis de encaixar e as telas de controle de áudio, navegação, odômetro e velocímetro são mais fáceis de ver.

Uma das empresas mais bem sucedidas no campo dos chamados trajes empáticos, ou simuladores de idade é a alemã Produtk & Projekt, do design alemão Wolfgang Moll, que desenvolveu a vestimenta chamada GERT _ GERontologic Test Suit – a partir de 2005.

Moll estudou design industrial com foco em ergonomia na Universidade de Essen e passou quase 10 anos em uma agência de design trabalhando para a indústria automotiva. Seus trajes estão na faixa dos dois mil dólares e tem diversos acessórios, para o caso de outros problemas, como deficiências.

Há um simulador de tremor que reproduz o tremor das mãos; seis óculos que simulam os distúrbios visuais mais comuns; galochas que replicam uma marcha instável; joelheiras reforçadas para imitar uma maior restrição de mobilidade dos joelhos e um simulador que oferece sensação semelhante à que sofrem as vítimas de AVCs.

Quem usa um traje completo tem a sensação de aumentar sua idade entre 30 e 40 anos.

Também na Alemanha, em Munique, está a SD&C, do doutor Roland Schoeffel, um ex-funcionário da Siemens, que resolveu estudar o assunto depois de acompanhar nessa companhia, as limitações do idosos diante dos eletrodomésticos. A SD&C aluga seus trajes por curtos períodos também.

Nos Estados Unidos, várias universidades tem estudos sobre o assunto. Um dos centros mais reconhecidos é o AgeLab do MIT, em Cambridge, um programa multidisciplinar, criado em 1999, que trabalha com empresas, governo e ONGs para melhorar a qualidade de vida das pessoas idosas e de quem que cuida delas.

A veste desenvolvida no AgeLab chama-se Agnes (sigla em inglês para Age Gain Now Empathy Suit). Seu público-alvo são estudantes, desenvolvedores de produtos, designers, engenheiros, marketing, planejadores, arquitetos, engenheiros de embalagem e outros que queiram entender melhor as condições dos idosos. Não difere muito dos outros trajes.

Algumas empresas já se deram conta de que entender as necessidades dos velhos não é útil apenas para o pessoal da área de saúde: o Barclays Bank usa o processo de simulação de idade para treinar seus funcionários de serviço e algumas empresas britânicas já usam o GERT para o desenvolvimento de produtos.

A Zmorph, uma fabricante polonesa de impressoras 3D lançou há pouco o Age Simulator, desenvolvido em parceria com a universidade de Poznan, para ser fabricado em casa, digamos assim.

O traje foi desenhado após muitas horas de análise do movimento de uma mulher de 75 anos que realizava atividades diárias – caminhando, dobrando-se, agachando-se, sentando em uma cadeira, levantando-se, subindo escadas ou alcançando objetos da prateleira. Cada pequeno detalhe em seu movimento foi notado e transferido para o design do traje.

Mas há uma grande barreira para o crescimento desse mercado: velhos não costumam comprar produtos para idosos. Nos anos 50, a Heinz tentou comercializar uma linha de alimentos senior, que se assemelhava a uma comida de bebês para idosos e fracassou redondamente.

O mesmo insucesso ronda os dispositivos que alertam os cuidadores e parentes quando um velho cai. Segundo Joseph Coughlin, fundador e diretor do AgeLab, disse ao repórter Adam Gopnik, da revista The New Yorker, há poucos dias, nos EUA esse dispositivo não alcança nem 4% do mercado acima dos 65. A razão é simples:

“Em outras palavras, muitos idosos prefeririam se debater no chão, aflitos, do que apertar um botão – um que convoque assistência, mas cujo impacto real é admitir que ele é um velho. Não compramos produtos apenas para realizar certas tarefas, mas pelo que eles dizem sobre nós. Essas pulseiras ou pingentes beges ou azul claro dizem: ‘Velho caminhando’.”

Fonte : https://terceiraidadeconectada.com